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Doria: “Terceira via perderá se entrar dividida nas eleições de 2022”

Candidato do PSDB à Presidência, governador de São Paulo, João Doria, não descarta prévias para escolha do candidato da terceira via

atualizado

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Governo de São Paulo
João Doria, governador de São Paulo, venceu as prévias do PSDB para as Eleições de 2022
1 de 1 João Doria, governador de São Paulo, venceu as prévias do PSDB para as Eleições de 2022 - Foto: Governo de São Paulo

Enviada especial a Nova York — Escolhido candidato do PSDB à Presidência, o governador de São Paulo, João Doria, afirma que os partidos da terceira via vão perder a disputa se não se unirem em torno de uma candidatura única. Em entrevista ao Metrópoles, não descartou a possibilidade de enfrentar mais um processo de prévias.

“Os líderes partidários que advogam nesse centro democrático liberal social sabem que se entrarmos divididos nesta eleição, perderemos. E o Brasil terá uma eleição binária, entre [o ex-presidente] Lula (PT) e [presidente Jair] Bolsonaro (PL), o que é um pesadelo para o Brasil e para os brasileiros”, disse.

Segundo ele, esse é um diálogo que vai se estender até abril. “Certamente para buscar a melhor alternativa que é o fortalecimento em torno de uma candidatura de centro, não de muitas candidaturas de centro”, destacou.

No entanto, além do diálogo, está sendo ventilada uma possibilidade de esses partidos que se colocam como terceira via se unirem e fazerem um processo semelhante às prévias do PSDB. Doria diz que o assunto ainda não foi tratado com ele, mas considera que pode ser uma opção.

“Depende de como ela se qualifica e quais são seus instrumentos e aspectos democráticos que possam fazer dela uma ideia abraçável por todos e não apenas por alguns”, emendou.

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Na entrevista, o governador ressaltou mais de uma vez que é “filho das prévias”, que passou pelo processo três vezes, saindo vitorioso em todas essas etapas. Também sobre as prévias, ele afirmou que agora que o momento é de “fortalecer o PSDB, ainda que posições aqui e acolá possam não ser iguais, o que é compreensível.”

Prévias tucanas

Após o tumultuado processo de escolha do candidato do PSDB que se estendeu por uma semana além do esperado, a legenda e o governador têm pelo menos duas questões para lidar: a desfiliação do ex-governador Geraldo Alckmin e a insatisfação de 46% da sigla — especialmente do deputado Aécio Neves (MG) — que queria que o candidato da legenda fosse o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite.

Quanto a Alckmin e a aproximação com o ex-presidente Lula, adversário histórico dos tucanos, Doria diz ter respeito pelo correligionário, mas enfatiza que “o PSDB, durante 33 anos, combateu o PT, esteve do lado oposto ao do PT”.

“Eu pessoalmente combati o PT, venci o PT em duas eleições aqui em SP e é o que pretendo fazer novamente em 2022.”

Já em relação aos insatisfeitos, Doria minimiza as rusgas. “Toda campanha é difícil e toda campanha gera atritos. É como um campeonato de futebol, você disputa para vencer e ao disputar cada jogo você tem um cartão amarelo, uma advertência a um jogador, isso faz parte do jogo. O PSDB agora vai gradativamente se aglutinando e se fortalecendo a partir do diálogo”, assegura.

Campanha

A partir de abril, quando deixará o governo do estado nas mãos do vice Rodrigo Garcia, Doria planeja colocar o pé na estrada. “Rodar o Brasil é fundamental, dialogar com brasileiros de todas as regiões. (…) E eu gosto do contato com a população, eu fiz isso quando era candidato a prefeito e ao governo e deu resultado.”

Por enquanto, os próximos passos do governador incluem conversas em busca de alianças. Neste domingo (5/12), Doria desembarca no Brasil após quatro dias nos Estados Unidos, onde conversou com investidores já com discurso de candidato.

Ao lado do ex-ministro e secretário do estado de Fazenda Henrique Meirelles, o governador assegurou compromisso com a política que estabelece o teto de gastos. Segundo ele, é possível criar um programa social que suceda o Bolsa Família sem ter que furar o teto.

Além da agenda econômica, o governador deu passos na construção de uma agenda internacional que contraponha à de Bolsonaro. Na entrevista, Doria disse que buscará fazer pontes com países que se afastaram do Brasil, como China e Argentina.

De volta a São Paulo, ele terá encontro com o ex-ministro e também candidato à Presidência Sergio Moro (Podemos).

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