metropoles.com

Com saída de Valeixo, cúpula da PF deve entregar o cargo

O grupo é formado por oito diretores. Internamente, o ato é considerado de praxe sempre que há substituição no cargo máximo da PF

atualizado

Compartilhar notícia

Reprodução
Ex-diretor-geral da PF Maurício Valeixo
1 de 1 Ex-diretor-geral da PF Maurício Valeixo - Foto: Reprodução

Com a exoneração de Maurício Valeixo (foto em destaque) do comando da Polícia Federal, publicada no Diário Oficial da União (DOU) nesta sexta-feira (24/04), os integrantes da cúpula da corporação devem entregar os cargos. O grupo é formado por oito diretores. Internamente, o ato é considerado de praxe sempre que há substituição no cargo máximo da PF. O único que permanecerá é o corregedor, pois tem mandato.

Atualmente, os delegados que ocupam altos cargos na corporação atuaram com Valeixo na Operação Lava Jato e lidam com apurações delicadas, que podem chegar ao Planalto, como é o caso da operação que investiga as “Fake News”. O caso tramita no Supremo Tribunal Federal (STF).

Um dos delegados que vai sair é Érika Mialik Marena. Ela assumiu o Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI), da PF, na mesma época que o Valeixo virou diretor-geral.

Com a saída de Moro, o nome mais cotado para a direção-geral, e que tem bom trânsito no Planalto, é o delegado da PF Alexandre Ramagem. Atualmente, ele é diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

Conselheiros de Bolsonaro na área militar veem com bons olhos o nome de Ramagem, apesar de ressaltarem o conflito que isso causaria com Moro, por ser uma imposição do presidente. Ele chefiou a segurança de Bolsonaro no período de campanha.

Sem apego, sem vaidade 

Em uma reunião realizada por meio de videoconferência, nessa quinta-feira (23/04), o então diretor-geral da Polícia Federal Maurício Valeixo afirmou aos superintendentes regionais da corporação que não tinha “apego ao cargo” e não iria defendê-lo “com unhas e dentes”. Ressaltou, ainda, que não tinha “essa vaidade”.

A saída de Valeixo, homem de confiança de Moro, vinha sendo cogitada desde o ano passado, quando Bolsonaro quis interferir na gestão da superintendência da PF no Rio de Janeiro. Valeixo ameaçou deixar o comando da PF à época defendendo a autonomia da corporação. Desde então, o delegado vem ensaiando a sua saída, mas sempre aguardando o aval do ministro da Justiça.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?

Notificações