Com orçamento apertado, PRF limita serviços de manutenção em viaturas

Ainda não há previsão de quando as atividades voltarão à normalidade. Serviços para garantir a segurança das viaturas seguem em operação

atualizado 21/11/2022 12:44

Divulgação

Nos próximos dias, viaturas da Polícia Rodoviária Federal (PRF) terão os serviços de manutenção considerados não essenciais limitados. O principal motivo por trás da decisão é a falta de recursos necessários para manter as atividades regulares de conserto dos veículos oficiais. O anúncio foi dado por ofício pela própria PRF e encaminhado em 11/11 para as superintendências regionais.

Na prática, de acordo com o órgão, agora qualquer serviço desse tipo precisará passar por aprovação da Diretoria-Geral para ser executado. Entre os itens de manutenção considerados “não essenciais” estão, por exemplo, lanternagem e funilaria, fornecimento de extintores de incêndio e pintura.

Questionada sobre os impactos das restrições e sobre os riscos de novas limitações mais significativas, a PRF não retornou o contato do Metrópoles até a última atualização desta reportagem.

Confira, abaixo, a lista completa de itens inclusos no ofício que foram restringidos pelo orçamento da corporação:

  • Manutenção mecânica corretiva;
  • Manutenção elétrica;
  • Lavagem, aspiração, lubrificação, polimento e cristalização;
  • Lanternagem e funilaria;
  • Pintura;
  • Estofagem;
  • Chaveiro automotivo, incluindo fornecimento de chaves e cartões de ignição automotiva;
  • Manutenção de ar-condicionado automotivo;
  • Fornecimento de peça, componente e/ou acessório automotivo;
  • Fornecimento de extintores de incêndio e cargas;
  • Reparo e substituição de acessórios veiculares policiais luminosos e sonoros;
  • Plotagem, adesivagem e envelopamento;
  • Blindagem automotiva (serviços, materiais e peças).

No ofício, a PRF destacou que manutenções relacionadas à segurança das viaturas seguem normalmente. O órgão ressaltou, ainda, que está em contato com o Ministério da Justiça, a quem responde na estrutura do atual governo, para normalizar as atividades. Também procurado pela reportagem sobre o andamento desta negociação, o Ministério da Justiça ainda não retornou o contato.

Gastos com viagens 

O ofício que anunciou o corte de atividades ditas não essenciais na Polícia Rodoviária Federal apareceu em um momento em que inúmeras polêmicas rondam o nome do diretor-geral do órgão, Silvinei Vasques. A última envolve o movimento da cúpula da PRF para bancar R$ 144 mil em viagens ao Chile e à Espanha, onde Vasques fará um mestrado no Centro Universitário da Guarda Civil do país.

Nas redes sociais, deputados e senadores eleitos pelo PT compartilharam publicações indignados com a dualidade entre o anúncio de corte de verbas em serviços rotineiros e o possível custeio das viagens de mestrado do diretor da PRF.

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