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Cães foram dopados antes da morte do marido de deputada federal no Rio

Policiais investigam as causas do assassinato de Anderson do Carmo de Souza, esposo de Flordelis (PSD-RJ), morto na madrugada de domingo

atualizado

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1 de 1 anderson2 - Foto: Reprodução/Instagram

A Delegacia de Homicídios de São Gonçalo e de Niterói investiga a possibilidade de o assassinato do pastor Anderson do Carmo de Souza, marido da deputada federal Flordelis (PSD-RJ), ter sido motivado por uma desavença em família. As informações são do jornal O Globo.

De acordo com uma fonte ouvida pela reportagem, os assassinos chegaram a dopar o cachorro do casal para chegar à residência. Investigadores da delegacia vão analisar imagens das câmeras de segurança para descobrir a identidade dos autores.

A deputada federal e pastora evangélica Flordelis relatou à Polícia Militar que, ao voltarem de um evento de confraternização, ela e o marido tiveram a sensação de estarem sendo seguidos por duas motocicletas. Essas são as informações que constam no registro feito por ela à polícia, ao qual a reportagem teve acesso.

“A deputada teve a sensação que estava sendo seguida por duas motos. Quando já alojados em sua residência, foi relatado que o mesmo (a vítima) voltou na garagem dizendo que ia buscar algo que havia esquecido no carro e que logo depois foram ouvidos os tiros. Em seguida, familiares desceram e o encontraram baleado próximo ao carro”, diz um trecho do registro.

O corpo do pastor Anderson do Carmo foi velado nesse domingo (16/06/2019). O enterro está marcado para a segunda-feira (17/06/2019). Ele e Flordelis são pais de 55 filhos, sendo quatro biológicos. Eles moravam na comunidade do Jacarezinho quando adotaram, de uma vez, 37 crianças, que sobreviveram a uma chacina que ocorreu na estação Central do Brasil. De acordo com a deputada, essa é a sua maior bandeira.

Perda grande

A deputada, mesmo em primeiro mandato, concorreu, em 2019, à presidência da bancada evangélica da Câmara, em eleição vencida por Silas Câmara (PRB-AM). O presidente anterior, pastor Marco Feliciano (Podemos-SP), não concorreu. Em conversa com a reportagem, ele disse estar chocado com o assassinato. “Estou em estado de choque. O pastor Anderson e a deputada Flor representam o que há de mais humano na sociedade, pais adotivos de dezenas de filhos. A violência no Rio assusta”, disse.

O líder do partido na Câmara, André de Paula (PSD-PE), também lamentou a morte de Anderson. Ao Metrópoles, ele disse que o pastor era muito querido na liderança da sigla e que estava sempre ao lado de Flordelis em todos os compromissos. “Ele participava de tudo com a Flor, é uma perda muito grande”, lamentou o deputado.

Segundo André de Paula, Anderson ajudava na coordenação das atividades de Flor, como é conhecida entre os correligionários. “Estamos todos muito abalados. Ele era uma pessoa muito prestativa, do bem”, disse. O líder comentou ainda a estrutura familiar da deputada. “A construção da família deles é bonita demais. Toda a liderança percebia que a vida de Flor era construída ao lado de Anderson”, lembrou.

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