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Butantan não divulgar dados da fase 3 da Coronavac “frustra” nº 2 da Saúde

Na semana passada, Instituto anunciou que imunizante é eficaz, mas que Sinovac pediu adiamento de resultados da fase 3 de testes

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Ministério da Saúde realiza coletiva de imprensa para atualização do cenário de combate ao coronavírus
1 de 1 Ministério da Saúde realiza coletiva de imprensa para atualização do cenário de combate ao coronavírus - Foto: Tony Winston/MS

O secretário-executivo do Ministério da Saúde, Elcio Franco, afirmou nesta terça-feira (29/12) que “foi uma frustração” o Instituto Butantan adiar a divulgação dos resultados da fase 3 da vacina Coronavac, produzida em parceria com a chinesa Sinovac, que iriam indicar a taxa de eficácia do imunizante.

“Infelizmente foi uma frustação para a gente. Ele [Butantan] ia entregar os resultados da conclusão da fase 3 e está em negociação com a Sinovac lá na China para poder entregar esses estudos, que seriam um dado importante pra gente conseguir a autorização para o uso emergencial da vacina do Butantan e facilitar essa aquisição”, disse o secretário, durante coletiva de imprensa no Ministério da Saúde.

De acordo com Butantan, o adiamento ocorreu porque a farmacêutica chinesa Sinovac Biotech, criadora da vacina, resolveu unificar os dados dos testes feitos no Brasil, na Indonésia e Turquia, o que pode levar 15 dias. A consolidação e a análise de dados são critérios exigidos pela agência de regulação de medicamentos da China.

Segundo Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan, isso não afetará o calendário de imunização previsto pelo governo paulista, que mantém o início da vacinação da população no dia 25 de janeiro.

Além da Anvisa, a NMPA (National Medical Products Administration), instituição chinesa responsável pela regulação de medicamentos, também vai avaliar os resultados.

Segundo a Lei nº 13.979/2020, se a NMPA aprovar a Coronavac antes da Anvisa, o órgão brasileiro tem 72 horas para fazer alguma manifestação contrária. Caso não se pronuncie, a vacina será automaticamente autorizada no Brasil.

Segundo o Instituto Butantan e o governo de São Paulo, a terceira fase de testes que mediu a eficácia da Coronavac envolveu 16 centros de pesquisa em setes estados e no Distrito Federal. Mais de 13 mil profissionais de saúde voluntários participaram do teste, dentre os quais 170 apresentaram algum tipo de contaminação — o patamar mínimo é de 154.

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