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Bolsonaro ironiza carreata por impeachment em MS: “Uns 10 carros”

Presidente comentou pela primeira vez os atos contra o governo realizados no fim de semana e minimizou o tamanho das carreatas

atualizado

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Fábio Vieira/Metrópoles
Carreata organizada pelo MBL e o movimento Vem Pra Rua, contra o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da saúde Eduardo Pazuello
1 de 1 Carreata organizada pelo MBL e o movimento Vem Pra Rua, contra o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da saúde Eduardo Pazuello - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

Em conversa com apoiadores na manhã desta segunda-feira (25/1), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ironizou o tamanho das carreatas contra o governo realizadas no último fim de semana. O presidente respondia um simpatizante que dizia ser de Campo Grande (MS).

“Eu vi uma carreata monstro lá [em Campo Grande], de uns 10 carros, contra mim”, disse, rindo, aos simpatizantes reunidos no Palácio da Alvorada.

No fim de semana, diversas cidades do país e a capital federal registraram protestos em carreatas pedindo o impeachment de Bolsonaro. Alguns atos foram convocados pelo Movimento Brasil Livre (MBL) e pelo Vem Pra Rua, movimentos que defenderam o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) em 2016.

Em São Paulo, motoristas foram às ruas protestar contra o governo dois dias seguidos, no sábado (23/1) e no domingo (24/1). O grupo pedia o impeachment do mandatário e a demissão do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, pela condução de políticas públicas na pandemia do novo coronavírus.

Entre os presentes no ato na capital paulista, estava o deputado Alexandre Frota (PSDB-SP), um dos ex-apoiadores do presidente, que agora denuncia as irregularidades do governo.

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No domingo, durante passeio de moto em Brasília, Bolsonaro foi questionado pela imprensa sobre os protestos, mas não respondeu.

Nas redes sociais, apoiadores de Bolsonaro classificaram os protestos como fiasco. O assessor especial para assuntos internacionais da Presidência da República, Filipe G. Martins, relacionou os atos à tentativa de influenciar a eleição interna para a presidência da Câmara, que está marcada para a próxima semana.

Na visão do assessor presidencial, o tiro saiu pela culatra. “Tudo o que esses movimentos conseguiram foi provar que ninguém apóia um impeachment contra um presidente que já está indo para o 3º ano de governo sem envolvimento em qualquer episódio de corrupção e que está implementando uma nova forma de governar”, avaliou.

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