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Bolsonaro diz que indígenas são “massa de manobra do MST”

Presidente pediu ao STF para não reinterpretar o marco temporal para as demarcações: “Dobrar área indígena é inviabilizar agricultura”

atualizado

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Igo Estrela/Metrópoles
indígenas em brasília
1 de 1 indígenas em brasília - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou nesta quinta-feira (26/8) que os indígenas que estão em Brasília para se manifestar durante julgamento, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), de ação importante para as demarcações são “massa de manobra do MST” e que “não sabem nem o que estão fazendo aqui”.

“Calcula-se que tenha cinco mil pessoas acampadas aqui em Brasília. É o pessoal do MST e nossos irmãos indígenas, que eles cooptam para fazer volume”, criticou Bolsonaro, que também se mostrou contrário ao desejo dos indígenas de que não seja exigido um marco temporal (no caso, 1988, ano de promulgação da Constituição) para que eles tenham direito a seus territórios ancestrais.

“A alteração do marco temporal é uma grande preocupação nossa. Se for reinterpretar o marco temporal, a ministra Tereza Cristina, da Agricultura, diz que podemos ter dobrada no Brasil a quantidade de terra demarcada para os índios. Isso aí vai inviabilizar a agricultura, vai causar sérios transtornos pra todos nós aqui no Brasil”, continuou Bolsonaro.

“Se começar a termos problemas para produzir, vamos ter problema na balança comercial e a inflação de alimentos, que existe e ninguém nega isso aí, vai aumentar mais ainda”, previu o presidente, na sua live semanal nas redes sociais..

Julgamento ficou para setembro

O STF adiou o julgamento que definirá o futuro das demarcações das terras indígenas no Brasil. O tema é polêmico, e lideranças de povos de todo o país estão acampados em Brasília para acompanhar o debate e protestar contra a tese do marco temporal e o garimpo ilegal. A análise estava marcada para esta quinta, mas acabou adiada.

De acordo com o presidente do STF, ministro Luiz Fux, o caso será julgado no dia 1º de setembro (próxima quarta-feira). Foram confirmadas 39 sustentações orais e, por isso, a expectativa é de que o julgamento não seja realizado em apenas uma sessão.

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