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Bolsonaristas tentam lotar QGs para último dia de diplomação

Com a aproximação da posse e a pressão para desfazer acampamentos, bolsonaristas promovem última grande mobilização

atualizado

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Manifestantes vestidos de verde e amarelo protestam no QG do Exército, em Brasília, contra derrota de Bolsonaro nas eleições. Eles se recusaram a assistir o jogo do Brasil na Copa do Mundo - Metrópoles
1 de 1 Manifestantes vestidos de verde e amarelo protestam no QG do Exército, em Brasília, contra derrota de Bolsonaro nas eleições. Eles se recusaram a assistir o jogo do Brasil na Copa do Mundo - Metrópoles - Foto: null

A duas semanas da posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) tentam dar um último fôlego aos atos que pedem intervenção militar contra a vitória do petista. Nos grupos de WhatsApp e Telegram, bolsonaristas convocam manifestantes a lotarem os quartéis-generais neste domingo (18/12) e na segunda-feira (19/12), data-limite para a diplomação de eleitos em 2022.

Extremistas espalham rumores de que o atual mandatário iria “tomar providências” para anular a eleição de Lula somente depois da diplomação de todos os governadores, senadores e deputados. Segundo eles, o recesso do Poder Judiciário, a partir do dia 20, também “facilitaria” a ação do presidente. Além disso, os acampamentos pró-Bolsonaro são alvo de pressão após atos de vandalismo em Brasília no início da semana.

Esta será mais uma mobilização convocada por bolsonaristas na tentativa de reverter o resultado das eleições. Reportagem do Metrópoles mostrou que, desde a derrota do candidato à reeleição, manifestantes acampados em frente ao Quartel-General do Exército de Brasília marcaram oito atos “decisivos”. Desta vez, a chamada para a movimentação ao redor de organizações militares é apelidada de “Novo 7 de Setembro”.

Com a proximidade da posse e do período de recesso dos órgãos públicos, bolsonaristas incentivam que apoiadores compareçam em peso aos quartéis, a fim de endossar pedidos de intervenção das Forças Armadas.

“O grande dia se aproxima. Precisamos demonstrar, mais uma vez, na frente dos QGs e, quem puder, no Palácio da Alvorada, que queremos a faxina nesse ‘sistema’. Não deixe de ir, pois poderá ser a última oportunidade!”, convoca uma das mensagens replicadas nos grupos.

Ao mesmo tempo, alguns se dizem cansados das reiteradas manifestações que não surtem efeito. Nos grupos, os que demonstram negatividade são tratados como “petistas” e “infiltrados” e, em alguns casos, são banidos.

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Acampamentos

Desde o dia 30 de outubro, manifestantes pró-Bolsonaro fazem vigília em frente a instalações das Forças Armadas em diferentes estados. Diante dos atos de vandalismo que eclodiram na capital na última segunda-feira (12/12), aliados de Lula pediram a retirada dos acampamentos de áreas militares.

No Distrito Federal, o acampamento em frente ao QG registra visitas de, em média, 300 a 500 pessoas por dia útil. Aos fins de semana, o público que questiona a eleição de Lula para presidente da República sobe para 1,5 mil a 2,5 mil cidadãos.

Nesta semana, o Exército ampliou a área que os bolsonaristas ocupam. A equipe do Metrópoles percebeu que, na quarta-feira (14/12), houve uma mudança no controle de trânsito de veículos da área. Agora, a barreira física está mais distante do centro do acampamento, ou seja, foi aberto mais espaço para circulação no local onde os manifestantes estão.

O Exército informou que o Comando Militar do Planalto tomou medidas para “permitir o fluxo de pessoas que moram e trabalham no Setor Militar Urbano” e não especificou qual general teria determinado a instalação da barreira.

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