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Backer volta a vender cerveja após morte de 10 consumidores

Clientes da marca consumiram bebidas contaminadas da cervejaria, em Belo Horizonte, no ano passado

atualizado

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Reprodução/Instagram
Cerveja da Backer Capitão Senra
1 de 1 Cerveja da Backer Capitão Senra - Foto: Reprodução/Instagram

A Cervejaria Três Lobos, dona da Backer, anunciou nesta terça-feira (11/5) que vai voltar a comercializar a cerveja Capitão Senra. Segundo a empresa, a Justiça autorizou a retomada das vendas.

“A Cervejaria Três Lobos Ltda. tem pautado sua atuação na estrita observância das normas e no cumprimento das decisões administrativas e judicias. Nesse sentido, voltará a comercializar a cerveja Capitão Senra, iniciativa fundamental para a manutenção do emprego de seus colaboradores e para honrar seus compromissos”, afirmou a empresa nas redes sociais.

 

A marca Capitão Senra já tinha sido relançada em outubro do ano passado, em um evento no Templo Cervejeiro da Backer, no bairro Olhos D’Água, na Região Oeste de Belo Horizonte, a partir de uma parceria da empresa com uma fabricante de cerveja do interior de São Paulo.

Em novembro, a Justiça determinou a suspensão de atividades da cervejaria, inclusive a comercialização da Capitão Senra. Mas, no último dia 22, o juiz Haroldo André Toscano de Oliveira, da 2ª Vara Criminal de Belo Horizonte, revogou a proibição.

O órgão destacou que a cerveja não seria produzida no pátio industrial da Backer, mas sim “sob a responsabilidade de empresa detentora dos alvarás sanitários competentes“. Ou seja, uma terceirizada.

A produção de bebidas na fábrica da empresa, na capital, está proibida devido à contaminação das cervejas da Backer com dietilenoglicol, que veio à tona em janeiro do ano passado, quando a Polícia Civil começou a investigar a internação de várias pessoas com sintomas de intoxicação.

Dez pessoas morreram após consumirem bebidas contaminadas da cervejaria e várias outras tiveram sequelas.

O Ministério Público de Minas Gerais denunciou à Justiça, em outubro do ano passado, 11 pessoas, entre elas os três sócios-proprietários da cervejaria Backer, “por crimes cometidos em função da contaminação de cervejas fabricadas e vendidas pela empresa ao consumidor”.

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