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“Atenção, negacionistas, a vacina funciona”, diz Paes, após eventos-teste

Prefeito do Rio informou que não houve casos graves ou internações por Covid-19 em frequentadores de eventos-teste, vacinados e sem máscara

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Aline Massuca/Metrópoles
Prefeito do Rio, Eduardo Paes, participa de campanha na quadra do Cacique de Ramos
1 de 1 Prefeito do Rio, Eduardo Paes, participa de campanha na quadra do Cacique de Ramos - Foto: Aline Massuca/Metrópoles

Não houve casos graves ou internações em decorrência da Covid-19 em pessoas que frequentaram eventos-teste na cidade do Rio de Janeiro. A informação foi anunciada pelo prefeito Eduardo Paes (PSD) em uma transmissão ao vivo no Instagram nesta terça-feira (19/10). O chefe do Executivo municipal informou que a taxa de contaminação nas realizações foi menor que a média do índice em todo o município.

Paes citou o jogo entre Flamengo e Barcelona de Guayaquil pela semifinal da Libertadores, em 22/9, no Maracanã. Após a partida, que terminou em 2 x 0 para o time do Rio, 24 pessoas testaram positivo para a doença, mas sem gravidade. Para entrar em estádios e outros locais coletivos, é exigido o passaporte da vacina ou o teste negativo feito até 48 horas antes do evento. Qualquer uma das duas comprovações já é suficiente, conforme recente mudança em um decreto municipal.

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O prefeito garantiu que o “resultado surpreendente” é derivado da adesão à vacinação. A cidade já conta com 78% da população adulta com esquema vacinal completo. Em relação à população total, a taxa é de 61%. Paes aproveitou a oportunidade para “cutucar” pessoas que são contra o processo de imunização. “Isso prova que a vacina funciona. Atenção, negacionistas, a vacina funciona! Eu não resisto a essa provocação”, ironizou.

Eduardo Paes explicou que a prefeitura realiza um monitoramento prévio antes de todos os eventos e determina que os organizadores montem um banco de dados de todos os frequentadores. Em seguida, os números são remetidos à prefeitura, que cruza as informações com os dados do Sistema Único de Saúde (SUS) e acompanha por 14 dias.

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou ao Metrópoles que, ao todo, 26 eventos-teste, distribuídos em 34 dias, foram autorizados pelo Instituto Municipal de Vigilância Sanitária (Ivisa) da Prefeitura do Rio. Nesta e nas próximas semanas, acontecerão quatro festas no Alto da Boa Vista, na zona norte (22, 23, 29 e 30/10); uma na Marina da Glória, na zona sul (23/10); e um casamento no Jardim Botânico (5/11), além de mais quatro dias de um festival de rock no centro da cidade, que começou no dia 9/1o.

“Muita gente criticou. Teve capa de jornal criticando torcida comemorando gol sem máscara, essas coisas todas. O objetivo desses eventos é justamente esse: fazer com que a gente possa voltar à normalidade”, disse Paes na transmissão desta terça.

Aulas 100% presenciais

O secretário municipal de Educação, Renan Ferreirinha, também participou da transmissão para falar sobre a retomada das aulas 100% presenciais, sem sistema híbrido e distanciamento social entre as carteiras. Esta foi uma recomendação do Comitê Científico da SMS, que orienta todas as tomadas de decisão relativas ao enfrentamento à pandemia na cidade. Na segunda-feira (18/10), quase metade dos alunos da rede pública – 300 mil – puderam retornar às salas de aula. Os demais, cerca de 344 mil, voltam na próxima segunda-feira (25/10).

Ferreirinha divulgou um dado preocupante: no último bimestre, entre agosto e outubro, cerca de 25 mil alunos, o correspondente a 4% dos estudantes da rede pública municipal, não voltaram às aulas ou não entregaram atividades feitas em casa, no sistema híbrido. O secretário afirmou que uma busca ativa está sendo realizada para que esses alunos não deixem de frequentar o ambiente escolar.

“Isso para a gente é um absurdo. Estamos indo atrás desses alunos através de busca ativa, porque esses são os que têm maior chance de abandonar a escola. Por isso, estamos nos dedicando muito. […] Mas essa não pode ser uma missão só da prefeitura, mas de toda a sociedade. Lugar de criança é na escola. Cada criança fora da escola é uma tragédia para a gente. […] Estamos preparados para receber todos os nossos alunos”, disse Ferreirinha.

“Para quem tem filho em escola particular, com Wi-Fi poderoso em casa e que está no ensino remoto já é ruim, imagine para quem está na escola pública. A importância da escola pública não é só ensinar, mas também oferecer alimentação, proteção à criança. […] Imaginem o futuro dessas 25 mil crianças. Precisamos da ajuda de vocês”, reforçou Paes.

Liberação das máscaras

Eduardo Paes ressaltou que, se 65% da população estiver vacinada com as duas doses, o uso de máscaras será dispensado em locais abertos da cidade. O prefeito projetou que isso pode ocorrer na semana que vem.

“O comitê entende que tem que liberar. Há três meses, foi estabelecida a regra: quando chegássemos a 65% da população com as duas doses, liberaríamos máscaras em locais abertos. Isso deve acontecer na semana que vem. Eu tenho que seguir as orientações. É uma meta até mais conservadora do que em outros locais do mundo”, declarou o prefeito.

A Prefeitura do Rio de Janeiro liberou, na segunda-feira (18/10), 100% do público em teatros, cinemas, centros comerciais e eventos, ainda com a obrigatoriedade do uso de máscaras de proteção. As pessoas precisam também apresentar o “passaporte da vacina” para comprovar que receberam o imunizante contra a Covid-19.

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