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Adilson Barroso, aliado de Bolsonaro, é afastado do Patriota

Adilson é presidente da sigla e quer filiar Bolsonaro à legenda. Dirigentes decidirão se partido terá candidato à Presidência em 2022

atualizado

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Marcos Corrêa/PR
Adilson Barroso-1
1 de 1 Adilson Barroso-1 - Foto: Marcos Corrêa/PR

O Patriota decidiu, nesta quinta-feira (24/6), afastar o presidente da sigla, Adilson Barroso, por 90 dias. Com isso, o atual vice-presidente da legenda, Ovasco Resende, assume o comando do partido interinamente. 

A decisão foi tomada durante convenção nacional do Patriota. A reunião ocorreu em um hotel, em Brasília. 

O caso será encaminhado à Comissão de Ética do partido. Barroso terá direito a defesa. Caso seja necessário, o afastamento poderá ser prorrogado por mais 90 dias.

Além disso, durante a reunião, foi criada uma comissão para decidir se o partido terá uma candidatura própria à Presidência da República.

A convenção foi convocada por Ovasco Resende. Ele, outros 15 dirigentes partidários e quatro deputados federais, estão descontentes com o presidente do partido, Adilson Barroso, acusado de mudar o estatuto da legenda para abrir caminho à filiação do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

No último mês, Barroso realizou duas convenções para alterar o estatuto da legenda, ampliar o número de dirigentes partidários e abrir espaço para acomodar aliados de Bolsonaro. No fim de maio, a legenda filiou um dos filhos do mandatário, o senador Flávio Bolsonaro (RJ).

O grupo dissidente é contra ceder o controle do partido a Bolsonaro, que está sem partido desde novembro de 2019. Quando saiu do PSL, Bolsonaro anunciou intenção de criar uma agremiação própria, o Aliança pelo Brasil. A tentativa, no entanto, foi frustrada, em razão do número de assinaturas necessárias, que não seria obtido a tempo das eleições de 2022.

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