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Acampamentos bolsonaristas são desmobilizados em pelo menos 23 estados

Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou que acampamentos bolsonaristas fossem desmontados

atualizado

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Hugo Barreto/Metrópoles
Agentes da PMDF e Exército desocupam acampamento bolsonarista no QG do Exército, em Brasília. Ao lado direito, percebe-se uma barreira de contenção de militares e ao fundo, vários ônibus levando detidos os terroristas que participaram da destruição da Esplanada - Metrópoles
1 de 1 Agentes da PMDF e Exército desocupam acampamento bolsonarista no QG do Exército, em Brasília. Ao lado direito, percebe-se uma barreira de contenção de militares e ao fundo, vários ônibus levando detidos os terroristas que participaram da destruição da Esplanada - Metrópoles - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

Após a barbárie a que a capital do país assistiu, na tarde de domingo (9/1), na qual vândalos depredaram prédios dos Três Poderes, em Brasília, acampamentos em quartéis – onde os criminosos estavam se concentrando – começaram a ser desativados em seis estados nesta segunda-feira (9/1).

As ações acontecem em razão da determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes que, ainda no domingo, além da dissolução dos acampamentos bolsonaristas. Ele também decretou que todos os participantes sejam presos em flagrante por diversos crimes.

A sentença ocorreu dentro do inquérito dos atos antidemocráticos, no qual Moraes é relator. Segundo ele, os bolsonaristas devem ser presos por “atos terroristas, inclusive preparatórios”; “associação criminosa”; “abolição violenta do Estado Democrático de Direito”; golpe de Estado; “ameaça”; “perseguição”; e “incitação ao crime”.

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Dentre outras medidas, Moraes também decretou o afastamento do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB) por 90 dias. O magistrado acredita que houve “omissão e conivência de diversas autoridades da área de segurança e inteligência ficaram demonstradas com a ausência do necessário policiamento”.

Em Brasília, onde todo o terror foi promovido pelo apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), nas primeiras horas desta segunda, os criminosos começaram a ser retirados da Base Administrativa do Quartel-General do Exército.

A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) e o Exército Brasileiro desmobilizaram o acampamento bolsonarista que estava montado desde a derrota do ex-presidente, em 30 de outubro. A ação ocorreu de forma pacífica e, segundo a Polícia Federal (PF), resultou na prisão de 1,2 mil pessoas.

O Exército informou que 1,4 mil indivíduos foram retirados do local para passarem por uma “triagem”, e a PF calcula 1,2 mil foram presos até as 10h30 desta segunda-feira (9/1). Aproximadamente 3 mil bolsonaristas estavam acampados em frente ao QG.

São Paulo

Em São Paulo, as ações de desmonte também já tiveram início e, segundo o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), estão agendadas ainda para esta segunda-feira (9/1). Nas redes, Nunes repudiou o cenários que os criminosos deixaram na capital federal.

Os bolsonaristas que acampam em São Paulo estão concentrados em frente à Assembleia Legislativa do estado e ao Círculo Militar, na Zona Sul da capital paulista.

O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, em entrevista coletiva, afirmou que os comandantes das unidades militares poderão ser um empecilho em relação ao prazo que a medida deve ser cumprida.

“A nossa preocupação é fazer que todos os comandantes tenham consciência de que temos 24 horas para cumprir. Ao longo do dia de hoje, da tarde, esse diálogo será iniciado na esperança de que tudo se resolva sem o uso escalonado da força”, disse Derrite.

Rio de Janeiro

No Rio de Janeiro, os bolsonaristas estavam concentrados no Comando Militar do Leste (CML), na Praça Duque de Caxias, Central do Brasil. O Exército Brasileiro intermediou o diálogo com os manifestantes, o que proporcionou uma saída pacífica.

Mesmo assim, foi registrado reclamações e agressõs físicas e verbais contra jornalistas e fotógrafos que registravam o momento.

O prefeito do Rio de Janeiro, nas redes sociais, disse que o município “garantirá o respeito ao estado democrático de direito”.

Minas Gerais

Em Minas Gerais, havia cerca de 100 manifestantes no acampamento da avenida Raja Gabaglia, em Belo Horizonte. O local já estava na mira da Suprema Corte desde a semana passada, quando imagens de agressões a membros da imprensa foram divulgadas.

Por determinação do prefeito de BH, Fuad Noman, agentes de segurança pública atuaram no local para dispersar os manifestantes, desde sexta-feira, que não aceitam os resultados da eleição presidencial.

Além da violência, os bolsonaristas faziam “gatos” de energia elétrica para permanecer no local. Por meio de pronunciamento, o prefeito afirmou que desde outubro, acompanhava “com atenção” o movimento, “sempre com a preocupação de garantir tranquilidade para a população”.

Em Alagoas, os apoiadores do ex-presidente se concentravam na Avenida Fernandes Lima, em frente ao Quartel do Exército, em Maceió.

O grupo começou a deixar o local por volta das 10h30 desta segunda-feira (9/1). A Polícia Militar do estado foi responsável pela condução da desocupação.

Nas redes sociais, o governador do estado disse que além da desocupação, decretou a instauração de processo investigatório para apurar a participação de membros das corporações militares de Alagoas nos atos golpistas

Pará

O acampamento bolsonarista que estava em frente ao 2º Batalhão de Infantaria e Selva, na avenida Almirante Barroso, em Belém também foi desativado na manhã desta segunda-feira. Houve resistência dos manifestantes e cinco pessoas precisaram ser detidas.

Participaram da ação, agentes da Secretaria de Urbanismo (Seurb), Guarda Municipal e Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana (Semob), com apoio da Polícia Militar e Polícia Federal.

Veja a manifestação do prefeito Edmilson Rodrigues:

Paraíba

O acampamento que estava instalado no 1º Grupamento de Engenharia, em João Pessoa, também foi desativado nas primeiras horas desta segunda-feira. Segundo o governador da Paraíba, João Azevedo (PSB), cerca de 30 policiais atuaram.

Tocantins

No Tocantins, as Polícias Militares dos Estados e DF, com apoio da Força Nacional e Polícia Federal desativarão o acampamento que está localizado no 22 º Batalhão de Infantaria do Exército, em Palmas.

Nas redes, a prefeita Cinthia Ribeiro afirmou que a Polícia Militar está à disposição do governo de Tocantins para a retiradas, mas não deu previsão de quando a ação deve começar.

Bahia

Segundo informações do Bahia Notícias, a Polícia Militar iniciou a retirada de acampamentos de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro que ocupavam a Praça Duque de Caxias, em Salvador.

Uma ação determinada pelo governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT) determinou a desmobilização dos acampamentos após os atos de vandalismo registrados em Brasília nesse domingo.

Santa Catarina

O acampamento de bolsonaristas em Florianópolis é desmobilizado por agentes da Polícia Militar de Santa Catarina (PMSC), de acordo com informações do NSC Total, parceiro do Metrópoles.

Erguido após a derrota de Bolsonaro nas urnas eletrônicas, a estrutura montada pelos apoiadores do ex-presidente foi desmontada pela Polícia Militar com apoio do Exército.

Paraná

A desmobilização dos acampamentos de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaor se iniciou nesse domingo (8/1) após os atos de terrorismo registrados em Brasília. Segundo informações do Banda B, parceiro do Metrópoles.

O Segurança Pública do Paraná, Hudson Leôncio Teixeira, declarou que a retirada dos bolsonaristas acontece de forma pacífica.

Mato Grosso do Sul

Em Campo Grande, Mato Grosso, bolsonaristas agrediram jornalistas do Topmídia News, parceiro do Metrópoles, durante desocupação do acampamento montado nas proximidades do Comando Militar do Oeste, nesta segunda.

A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública do Mato Grosso informou que a decisão de Alexandre de Moraes será cumprida no prazo estabelecido.

Sergipe

Bolsonaristas deixaram o acampamento em frente ao 28º Batalhão de Caçadores, na zona norte de Aracaju, capital de Sergipe, nesta segunda. No local, os apoiadores do ex-presidente pediam intervenção federal e protestavam contra o resultado das urnas que deram a vitória a Lula.

Segundo informações do F5 News, parceiro do Metrópoles, ainda há resquícios das manifestações antidemocráticas como faixas e cartazes.

Ceará
O acampamento de bolsonaristas em Fortaleza, capital do Ceará, foi esvaziado nesta segunda-feira e segue por um processo de limpeza e remoção de entulhos.

Em apoio ao governo federal, o governador do Ceará, Elmano de Freitas (PT), enviou 70 policiais militares do Batalhão de Choque para evitar que aconteçam manifestações antidemocráticas como as realizadas no último domingo.

Amapá

A Polícia Militar em parceria com o Corpo de Bombeiros realiza a desmobilização do acampamento de apoiadores do ex-presidente Bolsonaro desde o início da madrugada desta segunda-feira.

Os bolsonaristas estavam acampados em frente ao quartel do Exército em Macapá, capital do Amapá.

Amazonas

Apoiadores do ex-presidente Bolsonaro deixam o acampamento montado em frente ao Comando Militar da Amazônia (CMA), em Manaus, capital do Amazonas. Segundo informações do Manaus Alerta, parceiro do Metrópoles, foi determinada a apreensão de itens que estão no local e estavam sendo utilizados para obstruir as vias públicas.

A Polícia Militar passou horas em negociação com os bolsonaristas que se retiraram, mesmo inconformados com a decisão.

Espírito Santo

O acampamento montado por golpistas bolsonaristas em frente ao 38º Batalhão de Infantaria do Exército em Vila Velha, na Grande Vitória, no Espírito Santo, foi desmontado na tarde desta segunda-feira.

O Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES) determinou a apreensão de faixas, barracas e banheiros químicos usados pelos apoiadores do ex-presidente Bolsonaro.

Goiás

O acampamento de apoiadores em frente ao quartel do Exército em Goiânia, capital do Goiás, na tarde desta segunda-feira.

Com baixo número de bolsonaristas, o local já havia diminuído com após a cerimônia de posse de Lula, no dia 1º de janeiro.

Piauí

Bolsonaristas que estavam acampados em frente ao 25º Batalhão de Caçadores, em Teresina, capital do Piauí, foram desmobilizados pela Polícia Militar após a decisão do ministro Alexandre de Moraes.

Com pedidos antidemocráticos, os apoiadores do ex-presidente Bolsonaro ocupavam a praça Floriano Peixoto desde o resultado das eleições que deram a vitória a Lula.

Pernambuco

Manifestantes antidemocráticos foram retirados do acampamento em frente ao Comando Militar do Nordeste, em Recife, capital de Pernambuco. No local, foram encontrados 15 apoiadores do ex-presidente Bolsonaro.

A prefeitura do Recife com apoio do Ministério Público Federal em Pernambuco (MPF) foram medidas para desmobilizar os acampamentos.

Rio Grande do Norte

A governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), declarou que o governo irá desmobilizar os acampamentos antidemocráticos do estado. Contudo, não há informações sobre a retirada de manifestantes bolsonaristas.

Rio Grande do Sul

Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro que estavam acampados em frente ao Comando Militar do Sul, em Porto Alegre, foram desmobilizados entre o final da noite desse domingo e início dessa segunda-feira.

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), declarou que qualquer manifestação antidemocrática realizada no estado será contida pelas forças de segurança.

Rondônia

Manifestantes bolsonaristas foram retirados de um acampamento montado na 17ª Brigada de Infantaria de Selva, no centro de Porto Velho, capital de Rondônia.

Roraima

Para cumprir a ordem de Alexandre de Moraes, apoiadores do ex-presidente Bolsonaro foram retirados da Brigada de Infantaria de Selva (BIS), em Boa Vista, capital de Roraima.

Os manifestantes estavam acampados no local desde o dia 31 de outubro e protestavam contra o resultado das urnas que deram a vitória a Lula.
Até às 20h desta segunda-feira, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro seguem acampados no Mato Grosso e Acre.

 

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