Por falar em militares, onde anda o general Augusto Heleno?
Não é sobre o Centrão que ele antes detestava e agora corteja
atualizado
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Ministro do Gabinete de Segurança Institucional, vítima dos achaques próprios da idade, o general Augusto Heleno, que sempre tratou tão bem Bolsonaro, esperava dele melhor tratamento. Se não foi seu vice, por que não poderia ser agora?
Outra vez não será. E por que Bolsonaro se lembrará dele para ministro caso se reeleja? Bolsonaro esvaziou grande parte dos seus poderes ao nomear o delegado Alexandre Ramagem para a chefia da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
Fora cuidar da segurança pessoal do presidente da República, o Gabinete de Segurança Institucional só tinha importância porque a Abin era diretamente subordinada a ele. Formalmente é, mas Bolsonaro dá mais ouvido a Ramagem do que a Heleno.
O general orienta-se estritamente pelo que dizem as leis; Bolsonaro não cansa de atropelá-las. Heleno alertou os servidores públicos sob seu comando para o risco de usarem o Telegram como canal de troca de informações sensíveis ou sigilosas.
O ex-juiz Sergio Moro e os procuradores da Lava Jato tiveram suas mensagens no Telegram hackeadas e deram-se mal. Heleno queria evitar algo parecido. Ocorre que o Telegram virou o paraíso dos bolsonaristas. Foi mais uma trombada do general.
Se seu estado de saúde permitir, Heleno não descartaria uma embaixada do Brasil na Europa. Seria um justo descanso para ele.