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Para acalmar bolsonaristas, CPI da Covid-19 ouvirá governadores

Decisão tomada pela maioria dos membros da comissão deverá ser aprovada, hoje, em mais uma sessão de depoimentos

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
Omar Aziz e Randolfe Rodrigues falam com a imprensa após o fim da segunda reunião da CPI da Covid 1
1 de 1 Omar Aziz e Randolfe Rodrigues falam com a imprensa após o fim da segunda reunião da CPI da Covid 1 - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Foi uma decisão tomada com dois objetivos por senadores reunidos ontem à noite (24/5), em Brasília, no apartamento de Omar Aziz (PSD-AM): o primeiro, acalmar a bancada governista; o segundo, começar a construir as bases que justifiquem o aumento do prazo de funcionamento da comissão.

Assim, a CPI da Covid-19 deverá aprovar, hoje, a convocação para depor de nove governadores e de 12 prefeitos e ex-prefeitos de capitais. Os governadores, a saber: do Amapá, Amazonas, Rondônia, Roraima, Pará, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Distrito Federal.

Qual foi o critério de seleção? Segundo Aziz, que preside a CPI, “estados e capitais onde a Polícia Federal investiga suspeita de desvio de recursos de combate à Covid.” Se antes a CPI não se esgotaria no prazo de 90 dias, muito menos depois de ampliar a lista de futuros interrogados.

Não era a ideia inicial, embora a decisão do Supremo Tribunal Federal que garantiu sua instalação tenha deixado aberta a possibilidade de a CPI apurar a suspeita de mau uso por governadores do dinheiro repassado pelo governo federal. Mas faz sentido. Bolsonaro não ficou inteiramente satisfeito.

Não gostou de ver na lista os governadores do Amazonas, Rondônia, Roraima, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Distrito Federal, seus amigos e dóceis aliados. E sentiu falta na lista do governador de Alagoas, filho do senador Renan Calheiros (MDB), relator da CPI e seu mais duro crítico.

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