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O susto que levou Bolsonaro com a operação do FBI contra Trump

Por aqui não tem disso não

atualizado

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Chip Somodevilla/Getty Images
Ex-presidente dos EUA, Donald Trump
1 de 1 Ex-presidente dos EUA, Donald Trump - Foto: Chip Somodevilla/Getty Images

Se houvesse algum tipo de arranjo seguro para garantir a Bolsonaro que ele não seria preso depois que deixasse a presidência, até que ele poderia se conformar com os resultados das próximas eleições, fossem quais fossem. Mas não há. No máximo haveria um arranjo político, e mesmo assim a depender do próximo presidente.

Bolsonaro levou um baita susto quando foi avisado por assessores em São Paulo que agentes do FBI, a polícia federal dos Estados Unidos, executaram um mandado de busca e apreensão na casa do ex-presidente Donald Trump em Palm Beach, no estado da Flórida. Trump lamentou em nota oficial:

“Depois de trabalhar e cooperar com as agências governamentais relevantes, essa invasão não anunciada em minha casa não era necessária ou apropriada”.

A operação do FBI estava relacionada a uma investigação sobre o manuseio dos registros do Arquivo Nacional. As autoridades dizem que o Trump rasgou muitos documentos. Os presidentes americanos são obrigados por lei a transferir todas as suas cartas, documentos de trabalho e e-mails para os Arquivos Nacionais.

Aqui, os presidentes não são obrigados a fazer nada disso e ainda podem decretar sigilo por 100 anos sobre documentos que lhe causariam embaraço. Bolsonaro está cansado de agir assim. Trump sempre foi sua grande referência até ser derrotado há dois anos pelo atual presidente Joe Biden. Tentou aplicar um golpe, sem sucesso.

À falta de Trump, Bolsonaro tem agora como referência o presidente russo Vladimir Putin, a quem visitou, solidário, semanas antes de a Rússia invadir a Ucrânia. Os papéis de Putin prescindem de decretos para ser mantidos em segredo para todo o sempre ou simplesmente destruídos. O modelo russo é mais do agrado de Bolsonaro.

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