Até aqui, o crescimento de Bolsonaro nas pesquisas eleitorais é atribuído em grande parte à retirada do páreo presidencial do ex-juiz Sérgio Moro (União Brasil), e à montanha de dinheiro investido pelo governo na compra indireta do voto dos pobres.

Porém, não será surpresa para este blog se pesquisas a serem divulgadas a partir da próxima semana indicarem que Bolsonaro começa a roubar votos de Lula. Principalmente entre os evangélicos que reagiram mal à fala de Lula sobre aborto.

O ex-presidente não compareceu à reunião do Diretório Nacional do PT que aprovou a candidatura de Geraldo Alckmin a vice e a coligação com o PSB. Mas suas orelhas devem ter ardido com as críticas feitas a algumas de suas recentes declarações.

A sobre o aborto foi uma. Outra foi sobre a devolução aos quartéis dos militares que ocupam cargos destinados a civis. Há coisas, segundo foi dito na reunião do Diretório, que se faz, mas que não se anuncia. Pegou mal ele ter falado em cerco a casa de políticos.

É tal o desejo do partido em ganhar a próxima eleição que, ao contrário do que muitos pensam, o PT está hoje à direita de Lula, não à esquerda.