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Lula está fazendo tudo certo até agora

Só não precisava ter viajado ao Egito em jato de um empresário amigo

atualizado

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O presidente eleito Lula discursa em púlpito na COP27, no Egito. Ele fala diante de microfone - Metrópoles
1 de 1 O presidente eleito Lula discursa em púlpito na COP27, no Egito. Ele fala diante de microfone - Metrópoles - Foto: Christophe Gateau/picture alliance via Getty Images

A única vantagem de ser velho é já ter visto muitas coisas, e quando algumas começam a se repetir, você ter pelo menos uma ideia de como poderão terminar. Salvo isso, viva a juventude!

Lula está sob pressão do mercado financeiro para anunciar logo o nome do futuro ministro da Economia. Paciência. Por que deveria fazê-lo? Só por que o mercado não confia nele e não votou nele?

Não anunciará tão cedo. Se anunciasse, o próprio Lula perderia parte do protagonismo que tem hoje e nada ganharia em troca. Se for inteligente, talvez seja o último ministro que anuncie.

Guido Mantega, ex-ministro da Economia dos governos Lula e Dilma, desistiu de fazer parte do grupo de transição liderado pelo vice-presidente eleito Geraldo Alckmin.

Mantega alegou que estava sendo usado por adversários para desgastar Lula. Estava, sim. Mas não desistiu porque quis, mas porque foi aconselhado a fazê-lo. Tornara-se um estorvo.

Lula quer nomear um civil para ministro da Defesa, mas esbarra em dificuldades. O certo: Lula não só quer, nomeará, sim, um civil. Mas por que antecipar o anúncio? O que ganharia com isso?

O ministro da Defesa designou um general bolsonarista para se entender com a equipe de transição do novo governo. O general terá que esperar a ordem de Lula para iniciar o entendimento.

O teto de gastos tem que ser respeitado, e Lula terá de levar isso em conta. Que teto? Ele nunca existiu, nunca foi respeitado desde sua criação. O Congresso permitiu que Bolsonaro o arrombasse.

Haverá um novo teto. O Congresso, que nunca negou nada a um presidente novinho em folha, não negará agora. Está sendo negociado um novo teto, e se chegará a um acordo.

Quando foi eleito presidente em 1989, Fernando Collor confiscou a poupança dos brasileiros, e os que mais sofreram foram os mais pobres. Até Fidel Castro, o ditador de Cuba, espantou-se.

Castro estava em Brasília na hora do confisco. E comentou com amigos: “Nem eu tive coragem para fazer uma coisa dessas”. Nem a justiça teve coragem para declarar o confisco ilegal, e ele era.

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