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Blog com notícias, comentários, charges e enquetes sobre o que acontece na política brasileira. Por <strong>Ricardo Noblat</strong> e equipe

Blog do Noblat

Aroeira – 16 5 2024

Charge do Aroeira

<p style="font-weight: 400;">Que nota você dá ao desempenho do governador Eduardo Leite no caso da tragédia das chuvas no Rio Grande do Sul? Respostas de 6.225 leitores:<br />
0 a 3 &#8211; <strong>79,1%<br />
</strong>4 a 7 &#8211; 14,6%<br />
8 a 10 &#8211; 6,3%</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-enquetes-quadrado-1"></div></div>
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governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, durante entrevista no estúdio Metrópoles - Metrópoles

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Uma nota para Eduardo Leite

<p><i>“É possível, apesar da nojeira das fake news, do comportamento de uns vândalos que só querem destruir a vida dos outros e ofender; esse tipo de gente, mais dia menos dia, vai ser banida da política”.</i> (<b>Lula</b>, em visita ao Rio Grande do Sul)</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-frases-do-dia-quadrado-1"></div></div>
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Imagem colorida de presidente Lula em discurso no Planalto - Metrópoles

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Frase do dia

<p style="font-weight: 400;">O Partido Liberal recebeu, ontem, para consumo interno uma pesquisa sobre <a href="https://www.metropoles.com/colunas/igor-gadelha/michelle-moro-parana">a popularidade da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro</a>, e as chances de ela ser candidata a vários postos nas eleições de 2026, da presidência da República para baixo.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-1"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Uma informação que vazou: se a eleição para o Senado pelo Paraná fosse hoje, <a href="https://www.metropoles.com/brasil/michelle-bolsonaro-ironiza-janja-toque-de-inveja-mas-amem">Michelle</a> seria eleita com 40% dos votos válidos. Por que isso é importante? Porque o <a href="https://www.metropoles.com/brasil/cid-diz-que-michelle-e-eduardo-incitaram-bolsonaro-a-dar-golpe">senador Sergio Moro</a> (Podemos) poderá ter seu mandato cassado.</p>
<p style="font-weight: 400;">A deputada Gleisi Hoffmann, presidente do PT, já admitiu que poderá se candidatar à vaga de Moro. Terá uma parada indigesta caso Michelle se candidate.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-2"></div></div>
</p>

imagem colorida de Michelle Bolsonaro e o marido Jair Bolsonaro

<p>Vinícius Nunes</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-geral-quadrado-1"></div></div>
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Exclusivo: Michelle Bolsonaro está com a bola toda

Exclusivo: Michelle Bolsonaro está com a bola toda | Metrópoles

Da Redação

<p style="font-weight: 400;">É inegável que a ocasião faz o ladrão, mas não é a única coisa que a ocasião faz.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-1"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">O argumento da tentação é moralmente duvidoso – não é só por encontrar uma carteira cheia de dinheiro que somos tentados a roubar – mas funciona, porque todos somos capazes de imaginar o ladrão preguiçoso que é incapaz de dar um passo para roubar, mas não resiste quando é Deus Nosso Senhor a pôr-lhe as pérolas da marquesa no caminho.</p>
<p style="font-weight: 400;">&#8220;Estava mesmo ali à mão de semear&#8221; é uma desculpa que põe os juízes de todo o mundo a bocejar. As pessoas que sorriem quando a ouvem, ou quando lêem Oscar Wilde a dizer que resiste a tudo menos à tentação, já acharão menos graça quando é o violador a dizer que a vítima estava de minissaia.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-2"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Mas o argumento é sempre o mesmo: um homem não é de ferro e a ocasião é que faz o ladrão, pelo que, no fundo, senhor doutor juiz, a culpa não é só minha!</p>
<p style="font-weight: 400;">Na minha vida, tenho-me espantado com pessoas que, não sendo sempre maldosas, são capazes de actos de grande maldade. Se calhar, também elas não resistem à tentação de ser más. A diferença é que não podem ser apanhadas, nem apresentadas a nenhum juiz – precisamente porque só são más quando pressentem que não há maneira de serem castigadas.</p><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Estas maldosas ocasionais são moralmente piores do que as maldosas permanentes, porque estas últimas não têm remédio e é fácil detectá-las e evitá-las.</p>
<p style="font-weight: 400;">São más quando têm a faca e o queijo na mão. Não resistem à vertigem da desigualdade. Abusam sempre que o abuso é possível – e indetectável. Isto é, abusam sempre que o abuso não impede que possam continuar toda a vida a abusar.</p>
<p style="font-weight: 400;">Diriam estas pessoas, caso pudessem ser chamadas à pedra, que é a ocasião que faz a maldade? Que são como criancinhas, com a crueldade das criancinhas, mas também a inocência?</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-3"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">A verdade é que as ocasiões só despertam o que já lá está. Acontece a mesma coisa com o bem: há muita gente que agradece uma oportunidade de ajudar os outros. A tentação nunca tem culpa.</p>
<p style="font-weight: 400;">
<p style="font-weight: 400;">(<em>Transcrito do</em> <strong>PÚBLICO</strong>)</p>
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a-invenção-da-maldade

A ocasião e a maldade (Por Miguel Esteves Cardoso)

<p>Um dos estados mais ricos do Brasil, a devastação atual do Rio Grande do Sul é resultado da “ilusão da abundância”, expressão que intitula um filme (realizado por Erika Gonzalez Ramirez e Matthieu Lietaert) que mostra mulheres liderando lutas por melhor qualidade de vida em vários países. Elas se opõem a “investimentos”, mostrando os danos que causarão, e enfrentam dirigentes políticos, que os defendem com o argumento de que criarão “emprego e renda” e trarão riquezas. É a ilusão da abundância (futura!), uma das muitas que dominam o pensamento atual, de ambos os lados da radical polarização vigente. Outra ilusão é sempre louvar “mais investimentos”, sem dar detalhes destes.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-1"></div></div>
<p>O filme mostra que alguns investimentos podem ser e são nefastos para grupos de pessoas. Os prejudicados podem ser centenas ou bilhões. Diz-se que Deus e o diabo estão nos detalhes, o que se aplica também a investimentos.</p>
<p>O romancista nigeriano Chigosie Obioma defende que as raízes da polarização atual se encontram “no medo de ideias”, temor comum em ambos os polos. Trata-se da recusa em até mesmo ouvir ideias divergentes: quem se rotula de direita não ouve quem é de esquerda, e vive versa. A prática do cancelamento é forma extrema desse medo de ideias; a violência contra os divergentes é sua extrapolação.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-2"></div></div>
<p>Além do mito de se louvar o investimento sem detalhar e avaliar suas consequências, há outro: a ideia de que a abundância para todos será alcançada com mais “desenvolvimento”, igualmente nunca detalhado. Também essa ilusão é compartilhada por ambos os lados da polarização, embora divirjam quanto a como alcançá-la.</p>
<p>Tentar impedir um investimento que fragiliza encostas e impermeabiliza o fundo de vales é, dizem alguns, ser contra o “desenvolvimento”, opor-se à criação de emprego e renda! Quando vem a enchente&#8230;. e muitas mais virão, amplificadas por investimentos na extração e queima de combustíveis fósseis, afetando bilhões de pessoas!</p><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div>
<p>Compartilhar medos e objetivos é evidência de que superar a polarização é possível; tal superação é também necessária para encontrarmos soluções para os perigosos problemas globais. Acabar com o “medo de ideias” é um passo importante nessa direção. Como diz o citado Obioma, “devemos estar sempre abertos à possibilidade de mudar de ideia”, adotando uma ampla abertura mental, tanto moral quanto política, sem apego à ideologia ou dogma. Ou a ilusões.</p>
<p>Questionar cada ação, cada investimento, analisar, detalhar, perscrutar seus efeitos no longo prazo, ter abertura para ir além da simples afirmação de que gerarão “emprego e renda” é essencial, ainda que seja, também, evitado por dirigentes políticos, cegos ao longo prazo.</p>
<p>A situação atual do estado sulino mostra as consequências de se caminhar orientado pela ilusão da futura abundância, no mesmo rumo em que estamos, há décadas! Continuar com o <em>business as usual</em>, será danoso para a vida, levando-nos, a todos, ora a submergir, como no RGS, ora à completa desidratação, como recentemente na Amazônia!!!</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-3"></div></div>
<p>&nbsp;</p>
<p><em><strong>Eduardo Fernandez Silva. </strong>Ex-Diretor da Consultoria Legislativa da Câmara dos Deputados</em></p>
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Chuvas e inundações no Rio Grande do Sul - Metrópoles

Chuvas e inundações no Rio Grande do Sul

A ilusão da abundância (por Eduardo Fernandez Silva)

<p>Em eventos climáticos extremos, a segurança pública não está imune ao colapso. Muito pelo contrário, a depender da intensidade do desastre e do preparo das instituições da região. É comum que as autoridades inicialmente se desentendam sobre a definição de papeis no nível de ‘comando e controle’ da crise. De repente são muitos órgãos municipais, estaduais e federais atuando sobre o mesmo problema, no mesmo local e ao mesmo tempo.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-1"></div></div>
<p>O estresse dos próprios agentes de segurança pode levar até ao uso excessivo da força contra a população, como aconteceu em New Orleans na passagem do Furacão Katrina. Já no Rio Grande do Sul, de uma hora pra outra, a Brigada Militar gaúcha teve que deixar suas viaturas e motos para usar dezenas de barcos e jet skis no patrulhamento das ruas, agora inundadas.</p>
<p>É normal até uma confusão de papeis entre a defesa civil, polícia, bombeiros e Forças Armadas. São inúmeras operações simultâneas de evacuação, resgate (terrestre, aéreo e aquático), combate a incêndios, transporte de equipes, alojamento, policiamento, distribuição de doações etc.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-2"></div></div>
<p>Além dos danos aos equipamentos e instalações de segurança pública, durante os desastres climáticos ocorrem saques, assaltos, furtos, desvios de recursos e mantimentos, invasões, além de fake news e corrupção de servidores públicos. Mas, tudo isso são apenas exemplos de atribulações no nível operacional.</p>
<p>Outro exemplo corriqueiro é o aumento da vulnerabilidade de mulheres e meninas em tragédias climáticas. Segundo a ONU, o risco de morte das mulheres em catástrofes ambientais é 14 vezes maior do que o dos homens.</p><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div>
<p>Contudo, uma mudança do clima em escala global modifica tantos sistemas da natureza que acaba afetando também as dinâmicas econômicas, sociais ou políticas. Tais impactos têm grau estrutural e desencadeiam não só uma crise na ordem pública, mas uma transformação nos fenômenos que provocam e sustentam a criminalidade, agravada pelo aprofundamento das desigualdades sociais, porque as pessoas mais pobres têm menos capacidades de proteção e recuperação.</p>
<p>A agricultura desaparece, moradias são inviabilizadas, infraestruturas destruídas, transportes paralisados, migração em massa, patrimônio e empregos são perdidos etc. Não é à toa que o Secretário Geral da ONU fala em iminência do “caos climático” (cujos desdobramentos são imprevisíveis).</p>
<p>Acontece que o tema da mudança climática ainda é desconhecido para a gestão da segurança pública. No Brasil o Art. 144 da Constituição e a Lei 13.675/2018 que criou o Sistema Único de Segurança Pública, pouco tratam das responsabilidades em relação aos efeitos do aquecimento global. Mesmo assim, nada impede que esse fator urgente seja incorporado à implantação das recomendações atuais do SUSP, quando da criação dos Conselhos, das Políticas e dos Planos de Segurança Pública, e direcionamento dos recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-3"></div></div>
<p>Tudo isso deve funcionar de modo integrado com o restante do planejamento público, como os Planos Diretores das cidades, o Código de Uso e Ocupação do Solo, o Plano de Desenvolvimento Territorial, entre tantos outros instrumentos existentes.</p>
<p>&nbsp;</p>
<p><strong><em>Felipe Sampaio: </em></strong><em>Cofundador do Centro Soberania e Clima; membro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública; chefiou a assessoria especial do ministro da Defesa; dirigiu o SINESP no ministério da Justiça; foi secretário executivo de segurança urbana do Recife.</em></p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="denakop-ad-square-1"></div></div>
</p>

Militares ajudam mulher após a enchente do Rio Guaíba inundarem as ruas da cidade de Porto Alegre no Rio grande do Sul RS - Metrópoles

Militares ajudam mulher após a enchente do Rio Guaíba inundarem as ruas da cidade de Porto Alegre no Rio grande do Sul RS – Metrópoles

Segurança pública e mudança climática (por Felipe Sampaio)

<p style="font-weight: 400;"><strong>20:04</strong></p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-1"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Agora, só amenidades.</p>
<p style="font-weight: 400;"><strong>* </strong>O casal Cosette Alves e João Sayad abriu as portas de sua elegantíssima mansão no bairro de Jardim Europa, na capital paulista, para homenagear com um jantar o ministro José Dirceu de Oliveira e senhora. Foram servidos bacalhau e vinho tinto. Foi o PIB paulista prestando tributo ao ministro considerado por ele, PIB, o mais nacionalista e operativo do governo.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-2"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Estavam lá, entre outros, Lázaro Brandão, do Bradesco,<br />
João Roberto Marinho, da Rede Globo, Horácio Lafer Piva, presidente da Federação das Indústrias, Carlos Mariani, do grupo Mariani, os presidentes da Telefônica e da Portugal<br />
Telecom, Luiz Antonio Maciel, da Ford, e até alguns ex-tucanos como o publicitário Nizan Guanaes e Nelson Biondi, responsáveis pelo marketing da campanha presidencial de José Serra em 2002.</p>
<p style="font-weight: 400;">A atriz Ruth Escobar (essa não perde uma boca livre) e o consultor Antoninho Trevisan também compareceram. Anotem: Trevisan deverá virar ministro de Lula até o fim do ano. José Dirceu fez discurso e disse que o Brasil não vai resolver seus problemas só pelo lado da economia, mas também pelo lado da política, e pregou &#8220;ousadia&#8221;.</p><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Foi uma noite muito agradável.</p>
<p style="font-weight: 400;"><strong>*</strong> O ministro José Viegas, da Defesa, vai ser pai. Sua adorável Érica, ex-apresentadora de televisão no seu país, o Peru, está grávida há duas semanas. Eles se conheceram quando Viegas era embaixador do Brasil em Lima. Viegas é pai de duas moças e um rapaz do seu primeiro casamento. É casado pela terceira vez. Em junho, Érica lançará em Lima um livro de histórias para crianças.</p>
<p style="font-weight: 400;">* Foi um bonito domingo de sol em Brasília. Não se registrou nenhum movimento anormal nas cercanias do Palácio do Alvorada. Tudo indica que a semana promete ser calma.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-3"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">(Em tempo: Lula passou o dia trancado em seu apartamento de São Bernardo do Campo, interior de São Paulo.)</p>
<p style="font-weight: 400;">&#8212;</p>
<p style="font-weight: 400;"><strong>21:57</strong></p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="denakop-ad-square-1"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Lula tem oito funcionários para cuidarem da agenda dele. Não sei quantos cuidam de mantê-lo bem informado a respeito de coisas aparentemente tolas, como esta: no mesmo dia da próxima semana em que ele embarca com enorme comitiva para Pequim, embarca também com o mesmo destino o governador Paulo Souto, da Bahia.</p>
<p style="font-weight: 400;">Lula irá no avião presidencial levando convidados. O governador irá em voo comercial &#8211; não o convidaram para acompanhar o presidente.</p>
<p style="font-weight: 400;">Lula e Paulo Souto se encontrarão em um seminário promovido pelo Bird. Lula abrirá o seminário. Souto foi o único governador convidado pelo Bird para apresentar seus bem-sucedidos projetos de redução de pobreza.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-4"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Souto sabe que encontrará Lula por lá. Aparentemente, Lula não sabe que encontrará Souto.</p>


josé dirceu

HÁ VINTE ANOS – O PIB abre as portas ao ministro José Dirceu

<p style="font-weight: 400;">Se tais iniciativas são apenas para dar uma satisfação ao distinto público, saberemos em breve. Se forem para valer, significa que Israel, além de isolado, está numa encruzilhada: ou suspende a guerra contra o Hamas ou sofrerá retaliações dos seus mais fiéis aliados. A ver.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-1"></div></div>
<p style="font-weight: 400;"><em>“A União Europeia apela a Israel para que termine de modo imediato a sua operação em Rafah [Sul da Faixa de Gaza]”,</em> disse o representante para a Política Externa e de Segurança da União Europeia, Josep Borrell. Que ameaçou:</p>
<p style="font-weight: 400;"><em>“Se Israel continuar a sua operação, deixará em grande tensão as relações entre Israel e a União Europeia. Esta operação está a causar ainda mais obstáculos à distribuição de ajuda humanitária, e a aumentar o risco das pessoas à fome e ao sofrimento”.</em></p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-2"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">A UNRWA, a organização da ONU que apoia refugiados palestinos, diz que o Norte de Gaza sentiu-se aliviado com as entregas de ajuda, mas que a situação no Sul “reverteu” desde que Israel assumiu em Rafah o controle do posto fronteiriço com o Egito.</p>
<p style="font-weight: 400;">O Egito foi o primeiro país do Oriente Médio a assinar a paz com Israel, mas agora, no Tribunal Internacional de Justiça, juntou-se à África do Sul para pedir medidas provisórias contra o modo como Israel age. Não ficou apenas nisso, porém.</p><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">O Egito também trabalhou deliberadamente para obstruir as operações israelenses e para tentar forçar o fim da guerra. Isto é algo que nunca aconteceu<em>,</em> nem mesmo durante as anteriores operações de Israel  no Norte da Faixa de Gaza.</p>
<p style="font-weight: 400;">Os Estados Unidos têm pressionado Israel para deter sua incursão terrestre em Rafah sem um plano credível para retirar a população civil, o que, segundo Washington, levaria vários meses. Estima-se que estejam na cidade cerca de 1,4 milhões de palestinianos.</p>
<p style="font-weight: 400;">O Reino Unido protestou contra <em>“um ataque inaceitável”</em> de colonos israelenses a caminhões de ajuda destinados à cidade de Gaza.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-3"></div></div>
</p>

Benjamin Netanyahu afirmou que Israel pode lugar sozinho

Fecha-se o cerco a Israel que segue a massacrar palestinos inocentes

Guga Noblat

<p style="font-weight: 400;">Os presidentes da Câmara dos Deputados (Arthur Lira, PP-AL) e do Senado (Rodrigo Pacheco, PSD-MG) pularam uma fogueira ao desistir de acompanhar Lula e seus ministros em viagem ao Rio Grande do Sul, flagelado pelas inundações.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-1"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Valeram-se da desculpa de que tinham mais o que fazer em Brasília, onde o Congresso votaria o projeto para suspender por três anos o pagamento da dívida do Rio Grande. O presidente do Supremo Tribunal Federal foi com Lula.</p>
<p style="font-weight: 400;">Esta foi a terceira visita de Lula ao Rio Grande do Sul em menos de 15 dias. Nas anteriores, ele limitou-se a anunciar as primeiras medidas de ajuda ao Estado. Foi elogiado por aliados e desafetos que aprovaram seu comportamento.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-2"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Agora, Lula desembrulhou um novo pacote de medidas mais ambicioso, mas em compensação, deu margem para que o acusassem de tentar politizar a tragédia que afetou 452 dos 497 municípios do Estado, matando até aqui 149 pessoas.</p>
<p style="font-weight: 400;">O trecho mais marcante de um dos seus discursos foi este:</p><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div>
<p style="font-weight: 400;"><em>“Eu vou viver até 120 anos. Já falei para o homem lá em cima: não estou a fim de ir embora. Penso em disputar umas 10 eleições. Mas hoje é um dia feliz porque conseguimos aprovar as coisas que precisávamos. Não é nenhum favor, é necessidade de a gente olhar os 203 milhões de brasileiros como irmãos”.</em></p>
<p style="font-weight: 400;">Lula 3 é dado a atravessar a rua para pisar em cascas de banana. Diz coisas que não combinam com a ocasião. Mas o que abriu a brecha para críticas foi nomear o deputado Paulo Pimenta para ministro da Reconstrução do Rio Grande do Sul.</p>
<p style="font-weight: 400;">Pimenta é conhecido como um dos deputados mais linha dura do seu partido. Foi pela quarta vez o mais votado do PT no  Rio Grande do Sul. É candidatíssimo a governá-lo a partir de 2026, e não esconde.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-3"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Impossível que o PSDB do governador Eduardo Leite tenha gostado da nomeação de Pimenta, que o MDB do prefeito de Porto Alegre tenha gostado, e que os demais partidos alinhados a Bolsonaro tenham ficado satisfeitos.</p>
<p style="font-weight: 400;">O futuro do governo Lula está atrelado à recuperação do Rio Grande do Sul, como o de Bolsonaro esteve à pandemia da Covid-19. Se a recuperação for bem-sucedida, Lula e o PT terão garantido um lugar temporário no céu. Do contrário&#8230;</p>
<p style="font-weight: 400;">O Brasil é o único país onde pesquisas de intenção de voto são apresentadas assim: “Se a eleição fosse hoje&#8230;” Eleição nunca é hoje. Faltam cinco meses e pouco para as eleições municipais deste ano; para a presidencial, faltam 28 meses.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="denakop-ad-square-1"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">É tempo à beça para que tudo possa acontecer, inclusive nada; sem levar em conta o acaso que ninguém domina, mas que costuma aprontar.</p>


Lula em São Leopoldo, no Rio Grande do Sul -- Metrópoles

Lula – Ricardo Stukert – 15 5 2024

No país do “se a eleição fosse hoje…”, Lula investe no seu futuro

<p style="font-weight: 400;">Comecei o dia com uma notícia difícil de passar adiante. Uma criança nepalesa de nove anos foi violentamente agredida por colegas da escola, em Lisboa, no início do ano. O menino ficou gravemente ferido: ficou com hematomas no corpo e feridas abertas. As agressões foram acompanhadas por frases racistas e xenófobas. A fonte da notícia da Rádio Renascença não quis reproduzir algumas dessas frases por serem rudes. Outras são aquilo a que já nos habituámos: “Vai para a tua terra” e “tu não és daqui”.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-1"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">A vítima não foi hospitalizada. A mãe teve medo e foi ela própria que tratou dos ferimentos em casa. Também não apresentou queixa na polícia. Limitou-se a pedir a transferência do filho para outro estabelecimento de ensino. Esta parte é muito importante. É preciso perceber o ponto a que chega o sentimento de desproteção dos imigrantes em Portugal.</p>
<p style="font-weight: 400;">Foram cinco as crianças que agrediram o menino nepalês e outra registou as agressões em vídeo para partilhar num grupo de WhatsApp. Uma dessas crianças interveio mais ativamente nas agressões e terá sido ela a ser suspensa das atividades escolares durante três dias. Do que se sabe não houve mais consequências para as crianças e também se desconhece se estão a ter acompanhamento/tratamento psicológico. O menino nepalês continua a ter pesadelos e medo de ir à escola.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-2"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Já tinha acontecido. A última vez foi no Porto e foi grave O preconceito racial e xenófobo está a passar do discurso político dirigido a todos para as ameaças e agressões dirigidas às pessoas racializadas ou imigrantes. O perigo é real. Imaginem em que contexto familiar vivem aquelas crianças e o que lhes está a ser ensinado ou, no mínimo, aquilo que elas estão a interpretar da atuação dos adultos que as educam.</p>
<p style="font-weight: 400;">Entretanto a ministra da Administração Interna anunciou uma medida que considerou “uma primeira fase” na resposta a estas situações. E qual é a medida? Mais policiamento junto às escolas. Importa fazer várias perguntas: qual a relação entre policiamento e propagação de ideários racistas e xenófobos? Se as escolas têm problemas de racismo e de xenofobia, o que dizer das forças policiais? Mas, sobretudo, será que a ministra tem presente que as agressões tiveram lugar numa escola primária?</p><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Não faz sentido. Não poderia existir uma abordagem mais antiprogressista do problema. Aumentar o policiamento é a velha receita dos políticos conservadores para resolver problemas sociais. Não foi só a ministra da Administração Interna. Também Rui Moreira e Carlos Moedas pediram um aumento de policiamento nas ruas do Porto e Lisboa, na sequência dos ataques racistas a imigrantes no Porto.</p>
<p style="font-weight: 400;">Aumentar o policiamento para prevenir ou reprimir agressões racistas é um tiro ao lado. Basta pensarem que as pessoas racializadas, as associações que as representam e os próprios coletivos antirracistas são os primeiros a denunciar a violência policial e os que  têm uma percepção mais negativa sobre a polícia. A partir daqui, é obrigatório ponderar outras soluções em articulação com o policiamento. Dizer simplesmente que este vai aumentar não tranquiliza as pessoas que o poder político afirma querer proteger.</p>
<p style="font-weight: 400;">Claro que acontece muitas vezes que, em nome do bem-estar dos imigrantes, se defendem políticas e medidas que são contrárias aos seus interesses. O primeiro debate entre candidatos às eleições europeias foi profícuo nesse aspeto. Quem quer restringir a entrada de imigrantes alega precisamente que temos de garantir que os acolhemos nas melhores condições. Soa bem. Mas não são boas notícias para os imigrantes. Significa que já estão cá demasiados.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-3"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">De volta à notícia da Rádio Renascença, destaco as declarações da presidente da Junta de Freguesia de Arroios, Madalena Natividade. A presidente da freguesia mais multicultural do país lamentou que os moradores tenham uma percepção de insegurança na rua, por causa dos imigrantes, e que, por isso, nem possam ir à missa. “Não posso permitir que isso continue a acontecer aqui na freguesia e diariamente.”</p>
<p style="font-weight: 400;">Entre a propagação de mensagem racista e xenófoba da extrema-direita e a falta de preparação da esmagadora maioria dos políticos detentores de cargos públicos para responder aos seus problemas, os imigrantes correm perigo.</p>
<p style="font-weight: 400;">
<p style="font-weight: 400;">(<em>Transcrito do</em> <strong>PÚBLICO</strong>)</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="denakop-ad-square-1"></div></div>
</p>

Foto colorida da bandeira de Portugal e há construções em volta do mastro

Bandeira de Portugal

Os imigrantes correm perigo em Portugal (por Carmo Afonso)

<p>Os preços dos remédios sempre foram um tormento, especialmente para os brasileiros de menor poder aquisitivo. Durante grande parte de nossa história recente, doenças de tratamento contínuo como hipertensão, diabetes e colesterol alto ceifavam vidas porque o custo das medicações eram proibitivos. Há 25 anos o Brasil quebrou esse paradigma, quando Fernando Henrique Cardoso e seu ministro da Saúde, José Serra, entenderam a urgência da democratização do acesso aos medicamentos e regulamentaram os genéricos.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-1"></div></div>
<p>Duas décadas e meia depois é amplamente consensual o sucesso da medida, comemorada em 20 de maio. Os genéricos tiveram impactos positivos na qualidade e expectativa de vida de boa parte dos brasileiros. Ao mesmo tempo possibilitaram ao Estado bancar o programa Farmácia Popular, fundamental, sobretudo, para as camadas mais vulneráveis e dependentes do Sistema Único de Saúde.</p>
<p>Sem exagero, os genéricos também são um exemplo de parceria público privada bem sucedida, onde todos saíram ganhando. A população, por passar a ter o tratamento medicamentoso mais adequado, com preços compatíveis, e a indústria farmacêutica, porque teve seu mercado aquecido. E o Estado pôde cumprir seu papel na universalização do atendimento da população. Nos 25 anos de existência dessa política pública, o Brasil consolidou um sistema de produção e de distribuição dos medicamentos genéricos a partir do parque industrial farmacêutico, da rede de farmácias do país e da capilaridade do SUS.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-2"></div></div>
<p>Esse exemplo de sucesso se traduz em números. Medicamentos genéricos representam 35,7% dos remédios comercializados no país, ofertando um amplo leque ao consumidor, uma vez que são 4.341 produtos registrados na Anvisa e mais 299 em avaliação. Dos vinte mais prescritos no país, quinze podem ser encontrados na versão genérico e 90% das doenças conhecidas também podem ser tratadas por esse tipo de remédio.</p>
<p>O crescimento de seu uso vem se dando de forma expressiva. Basta citar que nos últimos seis anos as vendas cresceram cerca de 75%. Eles representam quase 80% dos medicamentos usados para colesterol, cerca de 74% para hipertensão e 72% para ansiedade, segundo dados do ProGenéricos.</p><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div>
<p>Para que isso acontecesse, o então ministro da Saúde José Serra teve de enfrentar um grande desafio. Esses remédios deveriam ter a mesma eficácia e segurança dos produtos originais, e, ao mesmo tempo, ter um preço no mínimo 35% mais barato, como estabeleceu a Lei 9.787 de 1999 que os regulamentou.</p>
<p>Serra não inventou a roda. Bebeu na experiência dos Estados Unidos, país no qual o conceito foi concebido nos anos 60. Tampouco se orientou por ampliar a presença do Estado no parque produtivo farmacêutico. Ao contrário, consolidou parcerias com a iniciativa privada. Os dados comprovam o acerto dessa estratégia. A concorrência entre as indústrias farmacêuticas puxou os preços para baixo, bem além do que os 35% exigidos pela Lei. Hoje, em média, os genéricos são 60% mais baratos do que os produtos originais. Esse foi o fator fundamental para a expansão do mercado.</p>
<p>Havia, contudo, outra batalha a ser vencida: conquistar a confiança do consumidor quanto à segurança e à eficácia. Ali, no início dos anos 2000, havia muita desinformação e preconceito, tanto do consumidor como de profissionais da saúde. Alardeava-se a ideia de que eles não produziam o mesmo efeito dos remédios originais no combate às doenças. Havia ainda o temor infundado de efeitos colaterais.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-3"></div></div>
<p>Com a liderança de Serra a desconfiança foi vencida. De um lado, a indústria nacional investiu pesado em profissionais qualificados, em equipamentos e em pesquisas para ofertar ao consumidor um produto seguro, eficaz e a preço inferior. Por outro, o Estado cumpriu a contento seu papel regulador por meio da atuação da Anvisa que só aprovava a liberação de um produto após serem submetidos a sucessivos testes.</p>
<p>Diga-se de passagem que Serra é o economista que topou -com grande espírito público e desprendimento- ser ministro da Saúde. Ele reuniu uma grande equipe e também foi o responsável pelo fortalecimento do SUS, pela quebra de patentes de medicamentos e pelo premiado programa de combate a AIDS, considerado o melhor do planeta.</p>
<p>Hoje, 86% dos consumidores têm alta confiança nos genéricos. Sem dúvidas, contribuiu muito para essa ampla aceitação a adoção em larga escala desse tipo de medicamento pelo sistema de saúde pública brasileiro, um dos maiores do mundo.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="denakop-ad-square-1"></div></div>
<p>Os genéricos tornaram-se irreversíveis.</p>
<p>No Brasil enveredou por um caminho sem volta. Por essa estrada, os brasileiros puderam viver mais tempo e ter uma vida com melhor qualidade, resultado de uma política de Estado, com sustentabilidade e credibilidade. Essas são a chave do sucesso dos genéricos.</p>
<p>Em seu artigo “A política como vocação”, Max Weber destaca três características essenciais para o líder político ideal: a paixão, o sentimento de responsabilidade e de percepção. Com os genéricos, Serra e Fernando Henrique são um exemplo disso.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-4"></div></div>
<p>&nbsp;</p>
<p><em>Hubert Alquéres é presidente da Academia Paulista de Educação.</em></p>
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														</script></div></p>

Genéricos

Genéricos, 25 anos de uma política de sucesso (Por Hubert Alquéres)

<p style="font-weight: 400;">Dezoito dias sob atos irresponsáveis do governo do RS, e sob a desumanidade de quem ameaça a população com notícias falsas.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-1"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">O governador Eduardo Leite fez 480 (quatrocentos e oitenta) intervenções no Código Ambiental do Estado, em seu primeiro ano de governo, em 2019. Abriu brechas até para que empresários façam o auto licenciamento, sem precisar recorrer ao órgão competente.</p>
<p style="font-weight: 400;">A denúncia é do repórter Ayrton Centeno, do Brasil de Fato. O Código Ambiental do Rio Grande do Sul levou nove anos para ser aprovado, teve a participação de um dos maiores ecologistas do País, José Lutzenberger (1926-2002). Em uma canetada, Leite retirou artigos e mudou outros. 480.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-2"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Leite não provocou sozinho a tragédia do Estado. Agravou o que já não era bom. Veio a catástrofe. Anunciada. Em 21 de abril, vieram chuvas fortes. Alertas de altos volumes. No dia 27 de abril, Canoas, Novo Hamburgo e Porto Alegre registraram os primeiros alagamentos de 2024. Em poucos dias, dos 497 municípios gaúchos, 435 estavam em situação de emergência.</p>
<p style="font-weight: 400;">Não há previsão otimista para o Rio Grande do Sul num curto espaço de tempo. O rio Guaíba levará mais de um mês para baixar. Quase três semanas de destruição, mortes, trabalho insano de resgate de pessoas e animais. Não há previsão otimista para o Brasil na questão climática. Não há previsão otimista para o mundo.</p><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Não bastasse tanta desgraça, espalham-se fake News, levando pânico à população gaucha. E ao Brasil: “vai faltar arroz”. De tão cruel, não se explica. Pelo menos 20 notícias falsas alarmantes rodaram o País amplificadas por políticos e artistas, segundo levantamento de O Globo. Quase 15 milhões de visualizações. Sete deputados federais responderão à representação judicial movida pelo PSOL.</p>
<p style="font-weight: 400;">No ultimo domingo, a consultoria Quaest divulgou pesquisa que mostra como circulam as notícias falsas sobre a tragédia gaúcha. 31% dos entrevistados acusam o recebimento de fake news &#8211; da família, dos amigos, colegas de trabalho. Desses, a maioria mandou em frente em seus grupos de zap, disseminando a informação.</p>
<p style="font-weight: 400;">Sem qualquer prurido. Assustador.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-3"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">&#8220;Posto mesmo. Se for contra o Lula, não me interessa o teor nem a veracidade. Posto mesmo”. de um entranhado bolsonarista conhecido. É isso.</p>
<p>&nbsp;</p>
<p><em>Mirian Guaraciaba é jornalista </em></p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="denakop-ad-square-1"></div></div>
</p>

imagem mostra o aviao ilhado no aeroporto salgado filho

Exclusivo: Michelle Bolsonaro está com a bola toda

É de causar inveja ao marido

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