Poucas horas depois de reunir-se, ontem, com o governador Ibaneis Rocha (MDB), Celina Leão (PP) e o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) na sede do Partido Liberal, ao qual também é filiado, o ex-governador José Roberto Arruda declarou a este blog:

“Voltei para o jogo, mas estou no fim da fila. Mais vale um mau acordo do que uma boa demanda. Minha prioridade é a campanha de Flávia para senadora”.

Perguntei se ele estava aberto a uma possível composição com Ibaneis que levasse ao retorno da sua mulher Flávia Arruda à condição de candidata a senadora, e ele respondeu:

“Todas as portas estão abertas. Tenho conversado com muita gente, Paulo Octávio, José Reguffe, e tenho até o próximo dia 30 para decidir”.

Como publicou o Metrópoles, o filho Zero Um de Bolsonaro disse que seu pai quer que Ibaneis, Arruda e Flávia estejam juntos numa mesma chapa. Para isso, a ex-ministra Damares Alves, terá que desistir do Senado e Arruda candidatar-se a deputado federal.

Bolsonaro, pai, está nem aí para a candidatura de Damares ao Senado. Ela tentou se candidatar no Espírito Santo, e Bolsonaro preferiu apoiar Magno Malta; tentou se candidatar no Amapá, e o senador Davi Alcolumbre (União Brasil) fechou-lhe as portas.

Quem de fato apoia a candidatura de Damares ao Senado é Michelle Bolsonaro, a primeira-dama, tão fanaticamente evangélica quanto ela. O presidente deveria primeiro se entender com sua mulher para só depois cobrar que os outros se entendam.

No último fim de semana, Arruda foi à feira. Visitou 7 feiras em um só dia – uma em Vicente Pires, outra em Santa Maria, duas no Gama e três em Samambaia. Diz que foi bem acolhido em todas. Dá impressão de ser menos candidato ao governo do que já foi.