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Doria dispara para ser o candidato do PSDB a presidente em 2022

Contagem regressiva para que se conheça mais um aspirante à vaga de Bolsonaro

atualizado

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Gustavo Moreno/Especial para o Metrópoles
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1 de 1 joao_doria_bsb_psdb - Foto: Gustavo Moreno/Especial para o Metrópoles

O que está acontecendo? Perguntou a alguns dos seus assessores o governador Eduardo Leite, do Rio Grande do Sul, ao amargar a perda de votos que imaginava ter conquistado para vencer as eleições primárias do PSDB e se tornar o candidato do partido a presidente da República no ano que vem.

Não foi uma nem duas vezes que ele repetiu a pergunta nos últimos 20 dias. Acusou o golpe de estar sendo tratorado por seu companheiro de partido, o governador João Doria, de São Paulo, que aspira à mesma condição desejada por Leite. O gaúcho insinua que o paulista joga sujo, mas não tem provas.

É possível que hoje, em debate com Doria e Arthur Virgílio, ex-prefeito de Manaus, promovido pelo jornal O Estado de São Paulo, Leite aborde o assunto com delicadeza. Ele é uma pessoa gentil e elegante, mas sabe ser duro quando quer. Vai querer? Os três debateram uma vez e se pouparam de ataques mútuos.

Reza a lenda que o distinto público tem horror à troca de acusações e lamenta pancadaria – grossa mentira. Invariavelmente, quer ver rolar sangue, e que vença o melhor. É assim desde que o homem deu sinal de vida há milhões de anos, na África. No que deixou de andar de quatro e se levantou, partiu para a porrada.

Doria tem tomado votos de Leite até no Rio Grande do Sul. Leite vai a algum estado e logo Doria vai atrás. O governador paulista dispõe de uma equipe de campanha e de muito mais recursos financeiros do que Leite. Por ingenuidade, Leite não achou que Doria os usaria. Feio é perder, dizem políticos em voz baixa.

No mesmo tom de voz, assessores de Doria admitem que em São Paulo, onde é grande o número de filiados ao PSDB, a eleição está pau a pau. Ali, Doria poderá ganhar ou perder por uma margem apertada. Vai disparar quando computados os votos de parlamentares do partido em outros estados.

O voto de um deputado ou de um senador ou de um dirigente partidário vale mais do que o voto de um filiado ao PSDB sem mandato. É principalmente nesse meio que Doria concentra seus esforços. Bruno Araújo, presidente nacional do PSDB, viajou com Doria a Dubai e voltou de lá convencido de que Doria vencerá.

A velha guarda do PSDB paulista é eleitora de Leite, mas não perdeu a esperança de derrotar Doria. O deputado Aécio Neves (MG) sua a camisa para que Leite acabe escolhido. Se não for e se por acaso se eleja presidente da República, Doria promete fazer de tudo para expulsar Aécio do partido.

As eleições primárias do PSDB estão marcadas para o próximo dia 21. Leite poderá surpreender? Difícil é, mas o voto secreto permite surpresas. Não fosse assim, eleições perderiam a graça.

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