Equipes dos governadores de pelos menos quatro Estados conversam com deputados federais para a reforma tributária ser adiada na Câmara. As bancadas de São Paulo, Rio de Janeiro, Goiás e Mato Grosso estão sendo consultadas sobre a possibilidade de atrasar a votação.

A expectativa do governo Lula (PT) é que o texto passe pela tramitação já nesta semana. O ministro Fernando Haddad (Fazenda) é esperado amanhã em Brasília para conversar com os congressistas que ainda tenham dúvidas. Entidades do terceiro setor, principalmente sediadas no Rio de Janeiro e São Paulo, pressionam a pasta por mudanças.

Os Estados querem uma compensação maior para a provável perda de receita com a reforma. Ronaldo Caiado bate na tecla que o Centro Oeste não será favorecido com a reforma tributária. O governador de Goiás está pessoalmente em Brasília para articular mudanças no texto.

Tarcísio Gomes de Freitas também embarca para Brasília amanhã (04/07), conforme informou o colunista Igor Gadelha. O governador de São Paulo propõe mudanças em ao menos oito áreas. Ontem, jantou com pelo menos 30 deputados paulistas para discutir o pedido.

Enquanto a temperatura na Câmara sobe, Lula vai ao 6º encontro com o presidente da Argentina Alberto Fernández, em Puerto Iguazú. Recebe amanhã (04/07) a presidência temporária do Mercosul.

Hoje (03/07), Arthur Lira (PP-AL) deve testar a base da Câmara para a votação da reforma tributária com outro tema econômico, a do novo regime do Carf. “Daremos celeridade na votação dessas matérias fundamentais para o desenvolvimento econômico e social do país”, disse o presidente na Câmara nesta manhã.