Responsável pela citação e envolvimento do nome do presidente Jair Bolsonaro no caso da compra da vacina Covaxin, o deputado Luis Miranda (Republicanos-DF) transferiu seu domicílio eleitoral para São Paulo.

Ele decidiu concorrer à reeleição para a Câmara por aquele estado e mudou seu título eleitoral para a cidade de Osasco (SP). O parlamentar afirmou ter muita proximidade com o estado e que se mudou para lá por essa razão. Ele trocou o DEM pelo Republicanos recentemente. 

Miranda confirmou ao Blog do Noblat sua mudança de reduto eleitoral e afirmou que, apesar de filiado no mesmo partido, não apoiará o nome do ministro Tarcísio de Freitas para o governo paulista.

“Meu compromisso com o Marcos Pereira (presidente do Republicanos) é que terei independência para escolher os candidatos que irei apoiar. A tendência é que eu apoie, para governador, Rodrigo Garcia (PSDB)” – disse Miranda.

O deputado explicou que não se deve estranhar sua mudança de título para São Paulo porque mantém negócios há anos naquele estado e tem imóveis em Osasco e Guarulhos.

“Nasci e fui criado em Brasília, mas minha família sempre teve negócios em São Paulo e, no meu caso, também nos Estados Unidos. Inclusive meu filho conheceu sua esposa em Guarulhos. São Paulo não é estranho para mim. Tenho uma história lá” – afirmou.

Miranda afirmou que não deverá apoiar nenhum nome para a Presidência da República e criticou Bolsonaro. 

“O presidente Bolsonaro mostrou que não me representa. Mostrei a todo o país a sua omissão no caso da Covaxin. Ele  não pode colocar o interesse público acima do interesse particular e político. Para manter esse slogan de que não há corrupção em seu governo, está disposto a encobrir esse tipo de coisa”.

O deputado disse ainda que já gravou vídeos para os programas do Republicanos e afirmou que tem alugado o triplex do Guarujá, que acabou levando o presidente Lula à prisão, para fazer essas gravações com youtubers.

“O triplex é um imóvel que é parte da história. Já dormi lá e vou fazer esses vídeos lá pelo simbolismo do que representa, do que não pode ocorrer na política. Mas vou citar nome de ninguém” – disse Miranda, se referindo à Lula.