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Blog com notícias, comentários, charges e enquetes sobre o que acontece na política brasileira. Por <strong>Ricardo Noblat</strong> e equipe

Blog do Noblat

26 7 2024

Charge do Aroeira

<p style="font-weight: 400;">O que é a Venezuela? Respostas de 2.033 leitores:<br />
Uma democracia &#8211; 13,6%<br />
Uma ditadura &#8211; <strong>86,4%</strong></p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-enquetes-quadrado-1"></div></div>
</p>

venezuela bandeira

Democracia ou ditadura?

<p><i>“Me criticavam por não sair do armário e agora me criticam porque saí. Acho o Brasil muito reprimido. No carnaval, pode putaria, nudez, homem se fantasiando de mulher. Depois, o falso moralismo.”</i> (<b>Reynaldo Gianecchini</b>, ator, estrela do musical ‘Priscilla, a rainha do deserto’)</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-frases-do-dia-quadrado-1"></div></div>
</p>

Reynaldo Gianecchini posa caracterizado de drag para participar do musical Priscilla, a Rainha do Deserto

Reynaldo Gianecchini

Frase do dia

Evandro Éboli

<p>Brasileiros que enfrentaram a ditadura a partir do golpe de 1964 e que viveram exilados no Chile, do então presidente Salvador Allende, retornarão a Santiago para acompanhar a posse de Gabriel Boric, o ex-líder estudantil de esquerda, que venceu as eleições naquele país.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-quadrado-1"></div></div>
<p>O ex-senador João Capiberibe, filiado ao PSB, é um deles. Perseguido pelo regime militar, ele se exilou no Chile, onde nasceram seus filhos gêmeos, um casal. Um deles é o atual deputado federal e também ex-governador do Amapá Camilo Capiberibe.</p>
<p>João Capiberibe contou ao Blog do Noblat que irá comparecer à posse de Boric com sua família. Outros brasileiros se organizam para acompanhar o evento naquele país.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-mediadobrasil-ad-23178790038" class="div-gpt-mediadobrasil-ad-23178790038" style="min-width: auto; display: block; min-height: 90px;"></div></div>
<p>Quem também viveu no exílio no Chile foram Cesar Maia e José Serra, que casou com uma chilena e também teve dois filhos. Maia, como Capiberibe, tem um casal de gêmeos nascido no Chile. Um deles é o ex-deputado Rodrigo Maia, que presidiu da Câmara dos Deputados.</p>
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<p>Pedro França/Agência Senado</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-geral-quadrado-1"></div></div>
</p>

joão capiberibe

Chile: presidente eleito Boric indica mulheres para 14 ministérios

Gabriel Boric sobre Bolsonaro: “Claramente somos muito diferentes”

Quem é Gabriel Boric, esquerdista eleito como presidente do Chile

Brasileiros que viveram exílio no Chile irão à posse de Boric

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noblat

Com a ditadura militar, vários políticos do Brasil seguiram para Santiago, onde viveram até a queda de Salvador Allende

Brasileiros que viveram exílio no Chile irão à posse de Boric | Metrópoles

Da Redação

<p style="font-weight: 400;">De que me serve espernear a dizer que “só” tenho 69, se 69 já é muito mais do que eu escolheria ter, caso me fosse dado escolher?</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-1"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Foi quando dei comigo a protestar que ainda não tinha 70 anos, não senhora, mas apenas 69, que percebi que tinha sido engolido por uma jibóia.</p>
<p style="font-weight: 400;">A jibóia só nos engole dois centímetros por ano e a princípio, quando somos catraios, parece pouquíssimo.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-mediadobrasil-ad-23178790038" class="div-gpt-mediadobrasil-ad-23178790038" style="min-width: auto; display: block; min-height: 90px;"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Mas o que conta – o que, literalmente, mata – é a progressão.</p>
<p style="font-weight: 400;">Posto de uma forma imediata: de que me serve espernear a dizer que “só” tenho 69, se 69 já é muito mais do que eu escolheria ter, caso me fosse dado escolher?</p><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">E de que me serve festejar loucamente o “ainda” não ter 70, se esse “ainda” já se está a rir atrás dos meus dentes, sabendo muito bem que, num abrir e fechar de olhos, passa um aninho e eis-me, de repente, em julho de 2025, a braços com os 70 aninhos que tanta energia despendi a jurar que não tinha?</p>
<p style="font-weight: 400;">À medida que caía a chuva, fui percebendo o erro de me vincular a uma jibóia progressiva que vai dos zero anos aos anos da nossa morte, avançando seguramente um ano de cada vez. De que me serve dizer que não tenho 80 anos se, não tarda nada, vou ter 80 anos – e isso, com supremo humor negro, se tiver sorte?</p>
<p style="font-weight: 400;">A jibóia consola-nos por não termos “ainda” mais um ano ou dez de idade do que já temos, mas é apenas uma questão de tempo, porque é para lá que caminhamos.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-2"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">No fim da jibóia, morremos: somos engolidos por completo e, se a tripa do monstro nos favorecer, somos distraidamente cagados, reaparecendo na forma de caganitas de memória.</p>
<p style="font-weight: 400;">Agora percebo o que diziam os velhos actores, quando lhes perguntavam a idade: “Isso é coisa a que um actor não pode responder, porque amanhã posso ser chamado para fazer o papel de um jovem personagem.”</p>
<p style="font-weight: 400;">Se tiver 20 anos, não caia na asneira de dizer que só tem 20: isso vincula-o à jibóia e todos os anos, mal chegue aos 50, acrescentarão um anel da jibóia à sua proximidade da morte, rematando sempre com um: “É que já não tens 20 anos.”</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-3"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Desvincule-se já. Em vez da idade, passe a dar o número de sócio da União Zoófila – e mande-os acasalar.</p>
<p style="font-weight: 400;">
<p style="font-weight: 400;">(<em>Transcrito do</em> <strong>PÚBLICO</strong>)</p><div class="m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-mediadobrasil-ad-23178790038" class="div-gpt-mediadobrasil-ad-23178790038" style="min-width: auto; display: block; min-height: 90px;"></div></div>
</p>

Foto colorida de um casal de idosos se apoiando - Metrópoles

Casal de idosos

Desvincule-se já da jibóia! (Por Miguel Esteves Cardoso)

<p style="font-weight: 400;">As eleições para Presidente dos Estados Unidos encontram-se, hoje, indefinidas.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-1"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Após a desistência de Biden, Kamala Harris obtém o número de delegados necessários para a sua nominação. Seguem-se duas principais pesquisas pós retirada da candidatura de Biden: a pesquisa Reuters IPSOS que aponta Kamala Harris 44% e Trump 42% no total do eleitorado; e a pesquisa CNN SSRS que aponta Trump 49% e Kamala Harris 46% entre os eleitores registrados; em situação de equiparidade.</p>
<ol>
<li style="font-weight: 400;">A economia</li>
</ol>
<p style="font-weight: 400;">A economia é a principal variável de uma eleição.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-mediadobrasil-ad-23178790038" class="div-gpt-mediadobrasil-ad-23178790038" style="min-width: auto; display: block; min-height: 90px;"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Há uma forte correlação entre o crescimento do PIB e o resultado das eleições. “<em>It is the economy, stupid</em>,” na célebre frase de James Carville, ao explicar o crescimento de Clinton contra George H. Bush nas Eleições Presidenciais de 1992. Há outros temas, certamente, nas eleições americanas, como o controle de armas; a imigração, que tira empregos das camadas mais baixas da população americana; o aborto e suas questões ético-morais; a Guerra da Ucrânia e a relação com a Rússia; a Guerra Israel-Hamas e a crise do Oriente Médio; a relação possivelmente conflitiva com a China devido à economia, a geopolítica do Mar da China e Taiwan; a inflação, já controlada; e a democracia; dentre outros temas. Mas a economia é a variável mais importante das eleições.</p>
<p style="font-weight: 400;">Paul Krugman, no seu artigo “<em>Por que os americanos ainda estão pessimistas em relação à economia</em>”, de 18 de março no New York Times, diz que o americano tem expressado sua insatisfação para com a economia, embora a economia esteja sólida e em pleno crescimento. Dados recentes do World Bank mostram que durante a administração Biden o PIB cresceu 8,9% de 2020 a 2021, de US$ 21,3 trilhões para US$ 23,6 trilhões; 6,6% em 2022, chegando a US$ 25,7 trilhões; e 6.6% em 2023, chegando a US$ 27,4 trilhões.</p><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Nos Estados Unidos, são os Estados que elegem o Presidente, e não o voto direto popular. Os fundadores da República, temerosos que eram do absolutismo, instituíram o Colégio Eleitoral, na preservação da autonomia dos Estados, com número de Delegados proporcional à população de cada Estado. Os votos do Colégio Eleitoral de cada Estado, são alocados ao candidato que vence no voto popular no respectivo Estado, e não de forma proporcional a nível nacional, podendo haver discrepâncias entre o voto popular e o Colégio Eleitoral.</p>
<p style="font-weight: 400;">Retrospectivamente, o governo George W. Bush (Republicano) apresentou crescimento anual de 4,5% do PIB de 2001 a 2004, e de 4,7% ao ano de 2005 a 2008. Em 2008, o PIB cresceu somente 2,1%, devido à crise financeira do <em>subprime</em>, com Obama (Democrata) vencendo as eleições contra John McCain (Republicando), 365 a 173 votos no Colégio Eleitoral, 52,5% a 45,7% no voto popular.</p>
<p style="font-weight: 400;">O governo Obama (Democrata) apresentou crescimento anual de 4,9% do PIB de 2009 a 2012, e de 3,6% de 2013 a 2016, diminuindo para 2,7% em 2016. Trump (Republicano) venceu Hillary Clinton (Democrata) com 332 a 206 para Trump no Colégio Eleitoral, 48,2% a 46,1% para Hillary no voto popular.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-2"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">O desempenho de Trump (Republicano) na economia, entretanto, foi abaixo do esperado, com crescimento anual de 3,6% durante o seu governo, com o PIB caindo em -1,5% em 2020 devido às políticas para o COVID-19. Biden (Democrata) venceu as eleições, com 306 a 232 dos votos no Colégio Eleitoral, 51,4% a 46,9% no voto popular.</p>
<p style="font-weight: 400;">A economia favorece a eleição de Kamala Harris (Democrata).</p>
<ol start="2">
<li style="font-weight: 400;">Base política de apoio</li>
</ol>
<p style="font-weight: 400;">A economia deveria ter sido suficiente para eleger Biden, a não ser por sua situação de saúde, conforme percebido pelo eleitor.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-3"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Previamente ao debate, as pesquisas indicavam cerca de um a dois pontos de diferença entre Trump e Biden. Dois-terços do eleitorado americano avaliaram que Biden perdeu o debate, e 2/3 avaliaram que Biden deveria ceder a candidatura a outro candidato. Após o debate, as pesquisas indicaram 4 a 5 pontos de diferença pró Trump, inclusive em relação aos demais candidatos do Partido Democrata, a não ser em relação a Kamala Harris, entre 3 a 4 pontos. Paulatinamente, as pesquisas começaram a retornar ao patamar de um a dois pontos de diferença.</p>
<p style="font-weight: 400;">O eleitorado americano está rachado no meio. Esta tendência é um fenômeno mundial, com a diminuição da participação das classes médias no PIB a partir de 1980, conforme indicado no “<em>World Inequality Report</em>”. A taxa anual para cursar a Universidade de Harvard nos anos 70, por exemplo, era de US$ 4.000,00, hoje em US$ 52.000,00, 13 vezes mais do que a 50 anos atrás, com a renda per capita americana aumentando somente 5,6 vezes comparativamente neste período. O “<em>sonho americano</em>” se dissipa.</p><div class="m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-mediadobrasil-ad-23178790038" class="div-gpt-mediadobrasil-ad-23178790038" style="min-width: auto; display: block; min-height: 90px;"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">No primeiro semestre deste ano, a pesquisa IPSOS mostrou que 67% dos americanos gostariam de ter uma eleição sem Biden nem Trump. Adicionalmente, o fato de que 2/3 do eleitorado tenha sugerido a substituição de Biden por outro candidato, indica que Trump não tem apoio majoritário. Em verdade, ambos os candidatos não formam maioria no eleitorado. A tarefa é ganhar o meio, ou através de promessas emotivas ao eleitorado, ou através de políticas racionais de recuperação do poder aquisitivo das classes médias. Não é uma tarefa fácil, posto que a economia ruma no sentido contrário, o da concentração de renda.</p>
<p style="font-weight: 400;">Não é usual os institutos de pesquisa americanos fazerem uso de indicadores de rejeição aos candidatos, o que em muito facilitaria a análise das eleições. A política tende, hoje, para atitudes mais personalistas do que partidárias.</p>
<ol start="3">
<li style="font-weight: 400;">As campanhas e os debates</li>
</ol>
<p style="font-weight: 400;">Em pleitos apertados, a campanha e os debates tornam-se fundamentais.</p>
<p style="font-weight: 400;">Kamala Harris tem a experiência de ter sido Vice-Presidente, mas não tem a experiência de ter concorrido a cargos eleitorais majoritários como cabeça-de-chapa. Trump tem a experiência de ter sido Presidente, mas perdeu as eleições para Biden nas últimas eleições.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-4"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Os debates são fundamentais. Trump é assertivo em suas incisões, e Kamala Harris parece ser mais assertiva do que Hillary Clinton e Joe Biden em suas discussões, dado ter sido Procuradora Geral da Califórnia.</p>
<p style="font-weight: 400;">Trump tem o “<em>dom</em>” de criar estereótipos em relação aos seus adversários, que instigam o eleitor a estigmatizar seus oponentes no âmbito da consciência coletiva, segundo característica parcial que lhe é estendida. Assim, chamou Hillary Clinton de “<em>nasty woman</em>”, Biden de “<em>sleepy Joe</em>”, e agora refere-se à Kamala Harris como “<em>radical left lunatic”</em>. Kamala Harris poderá vir a contrabalançar, diferentemente dos candidatos anteriores de seu partido e do partido do oponente, em expressões como, segundo um analista, um “<em>hysteric and false person</em>”, ou outra caracterização, sempre assistidos por pesquisas e grupos de discussão. Não se trata do mundo ideal, mas por aí andam as coisas.</p>
<p style="font-weight: 400;">A economia favorece a Kamala Harris, a campanha será renhida, e as eleições serão decididas em sua etapa final.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="denakop-ad-square-1"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">
<p style="font-weight: 400;"><em>Ricardo Guedes é Ph.D. em Ciências Políticas pela Universidade de Chicago e CEO da Sensus</em></p>


Imagem colorida de Donald Trump e Kamala Harris - Metrópoles

4-capa—Kamala-e-Trump

As eleições para Presidente dos EUA deste ano (por Ricardo Guedes) 

Vinícius Nunes

<p><span style="font-weight: 400;">O Brasil registra em 2024 um triste recorde. Segundo dados do sistema BDQueimadas, do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), de 1º de janeiro a 24 de julho foram registrados 20.221 focos de incêndio na </span><a href="https://www.metropoles.com/tag/amazonia"><span style="font-weight: 400;">Amazônia</span></a><span style="font-weight: 400;">. Além de um recorde em quase 20 anos, o fogo registrado no bioma nos sete primeiros meses do ano teve um aumento de 43,2% em relação ao mesmo período de 2023 — 14.116 focos de calor.</span></p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-quadrado-1"></div></div>
<p><span style="font-weight: 400;">Nos dias 23 e 24 de julho, a Amazônia teve 1.318 focos de calor. Para se ter noção da quantidade de fogo, esses dois mesmos dias no ano passado registraram 671 focos, um aumento de 96%. Em 2022, os dias tiveram 399 focos.</span></p>
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<p><span style="font-weight: 400;">Segundo o Greenpeace Brasil, vários fatores contribuíram para o aumento do fogo na Amazônia em 2024: a região está mais seca, o que está intimamente relacionado às mudanças climáticas, sendo potencializada pelo fenômeno El Niño. </span></p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-mediadobrasil-ad-23178790038" class="div-gpt-mediadobrasil-ad-23178790038" style="min-width: auto; display: block; min-height: 90px;"></div></div>
<h4><span style="font-weight: 400;">Garimpo ilegal</span></h4>
<p><span style="font-weight: 400;">Um levantamento realizado pelo Greenpeace Brasil revela que o </span><a href="https://www.metropoles.com/blog-do-noblat/amazonia-garimpo-devastou-584-campos-de-futebol-no-primeiro-semestre"><span style="font-weight: 400;">garimpo ilegal</span></a><span style="font-weight: 400;"> continua a se expandir em Terras Indígenas da Amazônia. Entre janeiro e junho de 2024, foram identificados 417 hectares de novas áreas de desmatamento associadas à atividade garimpeira nas Terras Indígenas Kayapó, Munduruku e Yanomami. A TI Kayapó foi a mais afetada, respondendo por 54,4% dos alertas de desmatamento, seguida pela TI Yanomami com 40,63% e pela TI Munduruku com 4,87%.</span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">Até dezembro de 2023, a área devastada pelo garimpo nos territórios Kayapó, Munduruku e Yanomami somava mais de 26 mil hectares, representando mais de 90% das ocorrências de garimpo em territórios indígenas no Brasil.</span></p><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div>
</p>

Floresta amazonica incendio desmatamento crime

Floresta amazonica incendio desmatamento crime amazonia

Número de queimadas na Amazônia já é o maior em quase duas décadas

<p style="font-weight: 400;"><strong>00:10</strong><br />
Tem um grupo de deputados federais, com grande influência na Comissão de Defesa do Consumidor, que inventou um negócio muito lucrativo: convoca para depor representantes de grandes empresas ou associações de empresas. E, em troca de evitar possíveis embaraços para os convocados durante seus depoimentos, achaca-os. Ou tenta achacá-los. Cobram caro, e em espécie.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-1"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">O representante de uma das mais poderosas fábricas de cerveja do país passou recentemente por essa experiência. Não deu o dinheiro que lhe pediram.</p>
<p style="font-weight: 400;">&#8212;</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-mediadobrasil-ad-23178790038" class="div-gpt-mediadobrasil-ad-23178790038" style="min-width: auto; display: block; min-height: 90px;"></div></div>
<p style="font-weight: 400;"><strong>00:13</strong><br />
Existem empresas, e não são poucas, que pagam salários mensais a deputados federais em troca do empenho deles em defesa dos seus interesses. É claro que o pagamento não deixa rastro por escrito. Mas a prática já está sendo investigada. Qualquer dia desses será denunciada em letra de forma.</p>
<div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div></p>

foto colorida mostra plenário da câmara dos deputados MP das Subvenções recesso - Metrópoles

plenário câmara dos deputados tributaria

RECORDAR ENSINA – Deputados federais, como sempre foram

<p><span style="font-weight: 400;">A aplicação de multas por crimes ambientais na </span><a href="https://www.metropoles.com/tag/amazonia"><span style="font-weight: 400;">Amazônia</span></a><span style="font-weight: 400;"> caiu 67,3% no primeiro semestre de 2024, em relação ao mesmo período do ano passado. O levantamento é do InfoAmazonia, que utilizou dados do </span><a href="https://www.metropoles.com/tag/ibama"><span style="font-weight: 400;">Ibama</span></a><span style="font-weight: 400;"> (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais). Segundo a análise, foram 1.543 autuações nos primeiros seis meses do ano, contra 4.723 até junho de 2023.</span></p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-quadrado-1"></div></div>
<p><span style="font-weight: 400;">A queda coincide com a paralisação dos servidores ambientais do Ibama, do </span><a href="https://www.metropoles.com/tag/icmbio"><span style="font-weight: 400;">ICMBio</span></a><span style="font-weight: 400;"> (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), do SFB (Serviço Florestal Brasileiro) e do Ministério do Meio Ambiente. Os servidores estão de braços cruzados desde janeiro e neste mês foram registradas paralisações em 24 Estados e no Distrito Federal. </span></p>
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<p><span style="font-weight: 400;">Os dados ficam ainda mais aterradores se comparados com as aplicações de multa durante o governo de </span><a href="https://www.metropoles.com/tag/jair-bolsonaro"><span style="font-weight: 400;">Jair Bolsonaro</span></a><span style="font-weight: 400;"> (PL), quando houve uma devassa na área ambiental do Brasil. Durante os quatro anos de Bolsonaro no poder, a média de multas aplicadas ficou em 1.859, sendo o pior ano 2021, com 1.840.</span></p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-mediadobrasil-ad-23178790038" class="div-gpt-mediadobrasil-ad-23178790038" style="min-width: auto; display: block; min-height: 90px;"></div></div>
<p><span style="font-weight: 400;">O </span><a href="https://www.metropoles.com/tag/stj"><span style="font-weight: 400;">STJ</span></a><span style="font-weight: 400;"> (Superior Tribunal de Justiça) chegou a proibir a greve, obrigando os servidores ambientais a voltar ao trabalho. A Corte determinou o cumprimento de 100% do serviço em diversas atividades, como licenciamento ambiental, gestão das unidades de conservação, resgate e reabilitação da fauna, controle e prevenção de incêndios florestais e emergências ambientais. </span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">No entanto, servidores continuam com os braços cruzados. O governo diz que a restruturação das carreiras e o aumento de 40% em salários, pedida pelos grevistas, é inviável, o que faria a gestão </span><a href="https://www.metropoles.com/tag/lula"><span style="font-weight: 400;">Lula</span></a><span style="font-weight: 400;"> (PT) ter um déficit desmedido.</span></p><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div>
</p>

Imagem colorida da Amazônia - Metrópoles

Amazonia

Multas por crimes ambientais na Amazônia desabam 67% em 2024

Guga Noblat

<p><span style="font-weight: 400;">Ao longo dos seus 67 meses como presidente do </span><a href="https://www.metropoles.com/tag/banco-central"><span style="font-weight: 400;">Banco Central do Brasil</span></a><span style="font-weight: 400;">, </span><a href="https://www.metropoles.com/tag/roberto-campos-neto"><span style="font-weight: 400;">Roberto Campos Neto</span></a><span style="font-weight: 400;"> evidencia um claro favorecimento à direita conservadora. O blog já </span><a href="https://www.metropoles.com/blog-do-noblat/campos-neto-vira-conselheiro-informal-do-centrao"><span style="font-weight: 400;">mostrou</span></a><span style="font-weight: 400;">, em 2023, que a agenda do banqueiro priorizava encontros com congressistas do PL e do PP, tornando-o um conselheiro informal do Centrão.</span></p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-quadrado-1"></div></div>
<p><span style="font-weight: 400;">Agora, uma nova análise feita pela cientista política Ana Junqueira mostra que o indicado por </span><a href="https://www.metropoles.com/tag/jair-bolsonaro"><span style="font-weight: 400;">Jair Bolsonaro</span></a><span style="font-weight: 400;"> (PL) encontrou-se com o ex-presidente 52 vezes, ao longo de 48 meses. Com o presidente </span><a href="https://www.metropoles.com/tag/lula"><span style="font-weight: 400;">Lula</span></a><span style="font-weight: 400;"> (PT), em 19 meses, apenas uma vez.</span></p>
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<p><span style="font-weight: 400;">O encontro com Lula ocorreu em </span><a href="https://www.metropoles.com/brasil/lula-recebera-campos-neto-no-palacio-do-planalto-pela-primeira-vez"><span style="font-weight: 400;">27 de setembro de 2023</span></a><span style="font-weight: 400;">, por intermédio de </span><a href="https://www.metropoles.com/tag/fernando-haddad"><span style="font-weight: 400;">Fernando Haddad</span></a><span style="font-weight: 400;"> (Fazenda) e a pedido de Campos Neto — um dia depois de o blog mostrar a série de compromissos com o Centrão.</span></p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-mediadobrasil-ad-23178790038" class="div-gpt-mediadobrasil-ad-23178790038" style="min-width: auto; display: block; min-height: 90px;"></div></div>
<p><span style="font-weight: 400;">Na época, Campos Neto dava conselhos sobre política monetária a deputados e senadores e conversava com os congressistas sobre o limite para as taxas de juros no crédito rotativo, que era contra.</span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">Atualmente, segundo análise de Junqueira, Campos Neto tem se encontrado com senadores com poder de decisão e influência sobre a PEC 65, que amplia a autonomia do Banco Central ao torná-lo independente também para gerir seus próprios recursos, contratar pessoal e definir planos de carreiras e salários.</span></p><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div>
<p><span style="font-weight: 400;">Campos Neto encontrou-se com os senadores:</span></p>
<ul>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1"><span style="font-weight: 400;">Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado; </span></li>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1"><span style="font-weight: 400;">Ciro Nogueira (PP-PI), presidente do Progressistas;</span></li>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1"><span style="font-weight: 400;">Carlos Portinho (PL-RJ), líder do PL no Senado e;</span></li>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1"><span style="font-weight: 400;">Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), duas vezes, signatário da PEC e presidente da CCJ.</span></li>
</ul>
<p><span style="font-weight: 400;">Em junho, o blog </span><a href="https://www.metropoles.com/blog-do-noblat/pec-da-autonomia-do-bc-intensifica-a-rixa-entre-lula-e-campos-neto"><span style="font-weight: 400;">mostrou</span></a><span style="font-weight: 400;"> que o presidente do BC tem atuado para aprovar a Proposta de Emenda à Constituição, tendo-o como o principal interessado na aprovação. O governo Lula é contra.</span></p>
<div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-quadrado-2"></div></div></p>

Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, comparece a audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), no Senado Federal

Campos Neto reuniu-se com Bolsonaro 52 vezes; com Lula, apenas uma

<p>É universal a receita dos que estão no poder, ameaçados de perdê-lo, e que dependem do voto para renovar seus mandatos. Em campanha, valem-se de todos os meios para vencer, regulares e irregulares. E no dia da eleição, dificultam o comparecimento às urnas dos que lhe negarem o voto.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-1"></div></div>
<p>Isso é claramente perceptível em países onde a democracia é só de fachada, para enganar os trouxas, como a Venezuela aqui do lado, e em outros onde imperam regimes autoritários que não se envergonham de sua própria natureza, como a Rússia, Hungria e Polônia.</p>
<p>As ditaduras que se assumem como tal não dão satisfação. Algumas usam a máscara de repúblicas populares; outras, de governos de partido único. A ditadura militar no Brasil chamou-se de revolução de 31 de março. Nasceu de um golpe consumado em 1º de abril, o Dia da Mentira.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-mediadobrasil-ad-23178790038" class="div-gpt-mediadobrasil-ad-23178790038" style="min-width: auto; display: block; min-height: 90px;"></div></div>
<p>Para se reeleger, Bolsonaro gastou todo o dinheiro que podia e que não podia gastar, e no dia do segundo turno, a Polícia Rodoviária Federal bloqueou estradas no Nordeste para impedir a passagem de eleitores de Lula. De nada adiantou. A não ser para que ele diga até hoje que perdeu de pouco.</p>
<p>As pesquisas mais recentes dão ao diplomata Edmundo González Urrutia, um sem carisma, candidato da oposição a presidente da Venezuela, uma larga vantagem sobre Nicolás Maduro, o ditador travestido de presidente. Mas nada garante de véspera que ele se elegerá no próximo domingo.</p><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div>
<p>Maduro governa há 11 anos, conta com o apoio das Forças Armadas e controla com mão de ferro a Justiça e a mídia. Parte do seu eleitorado atua em forma de milícias e é pau para toda obra – inclusive a de baixar o cacete que dissemina o medo entre os adversários.</p>
<p>A Venezuela é um estado policial por excelência. Uma das estratégias oficiais do atual governo é desestimular a participação na eleição e conseguir vencer com os votos de sua base. Maduro agiu para que a comunidade internacional não enviasse observadores isentos.</p>
<p>A fraude é uma tentação irresistível para os déspotas, e tanto maior se praticada a salvo do olhar alheio. Da mesma maneira, a coação e a violência. Maduro disse que haverá um banho de sangue se ele for derrotado. No comício de encerramento de sua campanha, voltou a advertir:</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-2"></div></div>
<p><em>“Os próximos 50 anos de paz para a Venezuela dependem do domingo”.</em></p>
<p>Só um desejo extraordinário de mudança será capaz de tirá-lo do poder. Então, Maduro terá perdido acima de tudo para si mesmo. Como Bolsonaro perdeu em 2022.</p>
<div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-3"></div></div></p>

Imagem colorida de Nicolás Maduro - Metrópoles

Nicolas Maduro 2

Receita de Maduro para ficar no poder: coação, violência e fraude

<p style="font-weight: 400;">Uma das vantagens de viver num país pequeno ao qual ninguém liga nenhuma é podermos ser irresponsáveis.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-1"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Quando falamos das eleições americanas, por exemplo, temos a certeza de que a nossa influência sobre os eleitores americanos é absolutamente zero.</p>
<p style="font-weight: 400;">Logo, podemos dizer os disparates que quisermos, que daí não vem mal ao mundo: somos só portuguesinhos de peito cheio a fingir que ainda mandam no mundo, quais periquitos vaidosos, a perorar sobre a nova água-de-colónia do patrão.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-mediadobrasil-ad-23178790038" class="div-gpt-mediadobrasil-ad-23178790038" style="min-width: auto; display: block; min-height: 90px;"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Digo isto antes de oferecer as minhas perorações sobre Kamala Harris porque nada é mais divertido do que ler os comentadores portugueses a escrever como se fosse a prosa deles a impedir a Casa Branca de colapsar. Não há nada mais hilariante do que uma nulidade a levar-se a sério.</p>
<p style="font-weight: 400;">Pelo que vi, gosto muito de Kamala Harris. Os americanos de quem eu não gosto não gostam dela pelas razões que me levam a gostar dela.</p><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Para já, ri-se muito. É o riso de quem gosta de se rir. Ri-se sinceramente e, sobretudo, rise quando não se deveria rir, o que é um sinal de liberdade.</p>
<p style="font-weight: 400;">Beija o marido na boca, mesmo que estejam milhões de pessoas a ver. Isto é o mesmo que se rir. Mostra que não tem duas caras. Não é condescendente: não pensa que é preciso ter cuidado com o povo.</p>
<p style="font-weight: 400;">Quando fala em público, pensa em voz alta. Tenta dizer coisas profundas e, quando falha, volta à carga na próxima ocasião. A espontaneidade tornou-se tão rara que já ninguém a reconhece.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-2"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Gosta de música boa – de Mingus, por exemplo – e não tenta contrabalançar o bom gosto dela com exemplos popularuchos. Kamala Harris pode ou não ser brat (e a música de Charli XCX pode não ser grande coisa), mas, pelo menos, não faz de conta que adora as cantilenas robóticas de Taylor Swift.</p>
<p style="font-weight: 400;">Kamala Harris é uma burguesa de bom gosto. A mãe era oncologista e investigadora, o pai é historiador e professor universitário.</p>
<p style="font-weight: 400;">Parece ser uma pessoa feliz.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-3"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Se os americanos não gostam dela, o problema não é de Kamala Harris.</p>
<p style="font-weight: 400;">É deles.</p><div class="m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-mediadobrasil-ad-23178790038" class="div-gpt-mediadobrasil-ad-23178790038" style="min-width: auto; display: block; min-height: 90px;"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">
<p style="font-weight: 400;">(<em>Transcrito do</em> <strong>PÚBLICO</strong>)</p>


Kamala-e-Doug-Emhoff

Viva Kamala Harris! (Por Miguel Esteves Cardoso)

<p>Muitos, mas nem todos, respiraram aliviados com a nobre decisão do presidente Biden de se retirar da disputa pela presidência dos EUA. Biden poderá desfrutar um merecido descanso, após sua longa e exitosa carreira política. Os norte-americanos, e nós, demais habitantes deste planeta, poderemos ter melhores chances?</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-1"></div></div>
<p>São muitos os compromissos que têm de assumir quem se candidata à presidência da república, em qualquer país. Um antigo presidente do Banco Central dos EUA, Allan Greenspan, tendo trabalhado com vários presidentes do país, escreveu que gostaria de acrescentar uma emenda à constituição, que diria: “todo aquele, ou aquela, que for capaz de fazer tudo o que é necessário para se tornar presidente, será impedido de tomar posse”. Com tão grave advertência, como Trump, ou Kamala – se é que ela será confirmada – abordarão um dos mais graves e urgentes problemas globais da atualidade?</p>
<p>São dois os maiores desafios atuais: 1) acabar com a miséria e 2) (tentar) impedir o agravamento da mudança climática. Tratamos aqui do segundo repto.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-mediadobrasil-ad-23178790038" class="div-gpt-mediadobrasil-ad-23178790038" style="min-width: auto; display: block; min-height: 90px;"></div></div>
<p>Trump, negacionista, já disse reiteradas vezes, que as mudanças climáticas são uma farsa, e que em seu governo a orientação será, “furar, meu caro, furar”. Disse também que vai reverter toda a legislação, aprovada pelo Biden, que busca orientar os EUA rumo a uma economia de baixo carbono. Noutras palavras, em seu eventual governo serão amplificadas as causas das mudanças climáticas, cujas consequências são sentidas em todo o planeta, mais recentemente no Rio Grande do Sul.</p>
<p>Já a Kamala tem um histórico bem distinto, que dá alguma esperança na questão ambiental, mesmo lembrando da advertência do Greenspan. Enquanto vice-presidente, foi dela o voto de desempate para aprovar a legislação ambiental de Biden que, em sua carta de renúncia à candidatura, chamou de “a mais significativa legislação climática da história do mundo”. Ainda no início da sua carreira, como promotora distrital em São Francisco, ela criou a primeira promotoria de meio ambiente dos EUA. Mais tarde, ela fechou acordos multimilionários com empresas que violaram leis ambientais, entre elas a Volkswagen, a ConocoPhillips e outras. Como senadora, tornou-se copatrocinadora do <em>Green New Deal</em>, uma decisão parlamentar que propõe a rápida transição dos EUA para 100% de energia limpa, criando empregos bem pagos e  melhorias nos cuidados de saúde.</p><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div>
<p>Como candidata nas primárias democratas de 2019 ela apresentou uma agenda bem mais ambiciosa que o Biden, incluindo imposto sobre o carbono, banir o <em>fracking</em> por óleo e gás em terras públicas e US$10trilhões de investimentos para combater as mudanças climáticas.</p>
<p>Dados esses históricos dos dois prováveis contendores na disputa presidencial nos EUA, todos entre nós que esperamos ver nossos filhos e netos vivendo em um mundo menos ambiental e, por conseguinte, humanamente degradado, devemos torcer pela vitória de quem admite a ciência e reconhece os riscos que todos corremos.</p>
<p>&nbsp;</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-2"></div></div>
<p><em><strong>Eduardo Fernandez Silva . </strong>Ex-Diretor da Consultoria Legislativa da Câmara dos Deputados</em></p>


Imagem colorida de Kamala Harris e Donald Trump - Metrópoles

Brasileiros que viveram exílio no Chile irão à posse de Boric

Com a ditadura militar, vários políticos do Brasil seguiram para Santiago, onde viveram até a queda de Salvador Allende

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