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Braga Netto pode não ser opção a vice, mas nome que sobrou a Bolsonaro

Para base de apoio do presidente no Congresso, indicação do general pode ser desespero conforme corre o tempo eleitoral

atualizado

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Novo ministro da Defesa, general Walter Souza Braga Netto
1 de 1 Novo ministro da Defesa, general Walter Souza Braga Netto - Foto: null

O anúncio de Jair Bolsonaro que seu companheiro de chapa será o general Braga Netto foi lamentado durante o dia pelos aliados do presidente da República.

Tomados de surpresa, parlamentares da base do governo acharam o sinal péssimo. Pode ser uma demonstração que, na falta de nome melhor e mais competitivo, Bolsonaro vai mesmo com  Braga Netto.

Bolsonaro disse em entrevista no domingo, quando anunciou o general como vice, que teria dez outros nomes excelentes para ser seu vice. Ninguém acreditou.

“Por que então ele fez a pior escolha? O general nada acrescenta. Já é sabido. O pior é que passa a mensagem que estamos sem opção e vai batendo o desespero conforme o tempo vai passando. Não foi bom” – disse um dos vice-líderes do governo na Câmara, que pediu que seu nome fosse preservado.

O nome da ex-ministra Tereza Cristina (Agricultura) voltou à baila recentemente, mas não durou duas semanas nas especulações. Não é com uma mulher na chapa que Bolsonaro vai apagar anos, se não décadas, sua péssima imagem perante o eleitorado feminino. E a ministra nunca esteve animada para essa vaga. Quer mesmo o Senado.

O nome de Damares Alves, que já foi cogitada, pode até voltar a ser pensado, diante da resistência a Braga Netto.

“Mas pouco acrescenta também. Quem gosta dela, já vota em Bolsonaro. Não atrai eleitor ou eleitora nova” – disse esse interlocutor bolsonarista.

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