Segue repercutindo a declaração em vídeo do presidente do Bradesco, Octavio de Lazari Junior, no qual enaltece o Exército e conta que os dias que viveu no quartel foram uma referência para ele, quando prestou o serviço militar.
Opositores do governo Bolsonaro entendem que o vídeo é uma aproximação do CEO do Bradesco com o governo Bolsonaro, no qual os militares têm conquistado protagonismo que extrapola a caserna, como a interferência crítica à Justiça eleitoral.
Próximo de Lula, o coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), João Paulo Rodrigues, criticou a fala de Lazari, classificou de “aliança promíscua” do banco com os militares e afirmou se tratar de uma “fala golpista”.
“Fomos surpreendidos. Na véspera de uma eleição, o presidente do Bradesco fazer propaganda das Forças Armadas, em especial do Exército, que teve um comportamento ridículo na pandemia, além de desnecessário, é criar ideia de que os bancos, assim como o exército, querem participar de uma forma do processo eleitoral. É uma aliança promíscua que constrange a democracia. Na véspera de uma eleição, nos cheira a uma fala golpista. Tomara que a história nos diga diferente” – disse Rodrigues ao Blog do Noblat.
Quando o vídeo foi noticiado, a assessoria do Bradesco informou que se tratou de uma gravação pessoal e que não foi distribuído a público interno e externo, em declaração ao UOL. O vídeo teria sido produzido há dois meses em visita do presidente do Bradesco ao comando do quartel de Quitaúna, em Osasco (SP), que teria pedido uma mensagem de motivação aos recrutas.
