Além de Cid, defesa de Bolsonaro quer jogar culpa em Wassef
Estratégia é isolar advogado e eximir o ex-presidente no desvio das joias; Cid assumiria o planejamento do resgate
atualizado
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![Foto colorida do presidente da República, Jair Bolsonaro, e o advogado Frederick Wassef durante coletiva sobre combustíveis no palácio do planalto -- Metrópoles](/_next/image?url=https%3A%2F%2Ffly.metroimg.com%2Fupload%2Fq_85%2Cw_700%2Fhttps%3A%2F%2Fuploads.metroimg.com%2Fwp-content%2Fuploads%2F2022%2F06%2F06213638%2FPresidente-da-Repu%25CC%2581blica-Jair-Bolsonaro-concedera%25CC%2581-coletiva-sobre-combusti%25CC%2581veis-no-palacio-planalto-2.jpeg&w=2048&q=75)
Os advogados de Jair Bolsonaro (PL) e de sua mulher Michelle adotaram uma nova estratégia depois dos depoimentos à Polícia Federal (PF) na última quinta-feira (31/08). Na ocasião, houve um grupo que ficou em silêncio e outro que falou. Um dos que falaram foi o advogado Frederick Wassef –que “falou demais” na avaliação da defesa do ex-presidente.
Wassef falou por quatro horas na sede da PF em São Paulo, enquanto o seu chefe ficou em silêncio em Brasília. Além de Bolsonaro e Michelle, Fábio Wajngarten (um dos advogados de defesa) e Marcelo Câmara também ficaram calados. Falaram Mauro Cid, Mauro Lourena Cid e Osmar Crivelatti.
O blog apurou que a estratégia do silêncio foi repassada pelos advogados de Bolsonaro também a Câmara e a Lourena Cid. O general do Exército negou o plano. Seu filho, Mauro Cid, falou por 10 horas, assumindo todo o planejamento de resgate das joias nos Estados Unidos. Nesta confissão, o ex-ajudante de ordens estaria mancomunado com Frederick Wassef.
O advogado de Mauro Cid, Cezar Bitencourt, está atuando para afastar a responsabilidade de Bolsonaro, e não a de seu cliente. Ontem (01/09), disse ao G1 que o ex-ajudante de ordens “assumiu tudo”. “Não tem nenhuma acusação de corrupção, envolvimento de Bolsonaro, envolvimento ou suspeita de Bolsonaro”, disse.
Sobrou para Wassef. O advogado foi apontado como o operador do esquema de recompra das joias. Ele já admitiu que foi aos Estados Unidos para recuperar o Rolex de ouro branco e diamantes. Em seu depoimento, Wassef também falou sobre o outro relógio desviado, da marca Patek Philippe, segundo apurou o blog. Essa fala foi reprovada pela defesa de Bolsonaro.