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No DF, homem mata cunhada que tentava defender irmã de agressão

Na briga, a filha do casal também acabou ferida. Assassino foi espancado por um grupo de familiares e vizinhos

atualizado

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Reprodução/PMDF
1 de 1 - Foto: Reprodução/PMDF

Um homem de 47 anos matou a própria cunhada à facada quando ela tentava defender a irmã. A vítima, Eliane Maria Sousa de Lima, 49 anos, foi atingida no peito no momento em que separava a briga do casal, na noite de domingo (21/04/19).

Na discussão, a filha do casal também acabou ferida pelo pai, identificado como Josué Pereira da Silva. Após o crime, o suspeito foi espancado por um grupo de familiares, na Quadra 11 do Gama.

O caso foi registrado na 20ª Delegacia de Polícia (Gama) como feminicídio. Levado ao Hospital Regional do Gama, o homem recebeu atendimento. Em seguida, foi encaminhado para carceragem do Departamento de Polícia Especializada (DPE).

Reprodução/Arquivo pessoal

O acusado vai responder por feminicídio, lesão corporal e por agressões relacionadas à Lei Maria da Penha. A pena prevista para esses crimes é de mais de 30 anos de prisão.

Feminicídios
Com a morte de Eliane, o DF registrou, somente neste ano, nove feminicídios. Na madrugada do dia 5 de janeiro, Vanilma Martins dos Santos, 30, foi morta com uma facada pelo homem que era seu marido há anos. Os dois viviam juntos no Gama e tinham um filho pequeno.

No dia 28 de janeiro, Diva Maria Maia da Silva, 69, recebeu cinco tiros no apartamento da família, na Asa Norte. O assassino era Ranulfo do Carmo, 74, também companheiro da vítima.

Apenas dois dias depois, foi a vez de Veiguima Martins, 56, morrer. Ela já havia registrado ocorrência por ameaça e lesão corporal contra o marido. Após matá-la a facadas no quarto do casal, o assassino ateou fogo no apartamento para tentar encobrir o crime e acabou morto também.

Ainda em janeiro, Patrícia Alice de Souza, 23, foi atingida por um tiro nas costas. As investigações concluíram que foi feminicídio.

Cevilha Moreira dos Santos, 45, foi encontrada morta no dia 11 de março, em Sobradinho. A vítima tinha marcas de facada no peito. O namorado dela é o principal suspeito. A polícia ainda não o localizou.

No dia 19 de março, o corpo de Maria dos Santos Gaudêncio, 52, foi encontrado em estado de putrefação e com cinco facadas na Quadra 2 da Fazendinha, no Itapoã. Policiais da 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá) prenderam Antônio Pereira Alves, 40, acusado de matar a namorada. O casal estava junto há cerca de dois anos.

O sétimo caso noticiado na capital da República, no dia 31 de março foi o de Isabella Borges de Oliveira, 25. O ex-companheiro dela, Matheus Cardoso Galheno, 22, a matou com um tiro no olho dentro de casa, no Paranoá. Em seguida, ele tirou a própria vida.

No dia 14/04/19, Luana Bezerra da Silva, 28 anos, foi esfaqueada pelo marido e morreu. Ela estava grávida de três meses.

Neste 2019, o Metrópoles iniciou um projeto editorial para dar visibilidade às tragédias provocadas pela violência de gênero. As histórias de todas as vítimas de feminicídio do Distrito Federal estão sendo contadas em perfis escritos por profissionais do sexo feminino (jornalistas, fotógrafas, artistas gráficas e cinegrafistas), com o propósito de aproximar as pessoas da trajetória de vida dessas mulheres.

O Elas por Elas propõe manter em pauta, durante todo o ano, o tema da violência contra a mulher para alertar a população e as autoridades sobre as graves consequências da cultura do machismo que persiste no país. Desde 1° de janeiro, um contador está em destaque na capa do portal para monitorar e ressaltar os casos de Maria da Penha registrados no DF.

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