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Acusado de agredir ex, Admar Gonzaga é orientado a desistir do TSE

Ministro teria sido aconselhado a declarar publicamente não ter interesse em ser reconduzido à vaga que ocupa hoje na Corte Eleitoral

atualizado

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TSE/Divulgação
admar gonzaga tse
1 de 1 admar gonzaga tse - Foto: TSE/Divulgação

Está cada dia mais remota a chance de ser aprovada a recondução do ministro Admar Gonzaga ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em abril. É do Supremo Tribunal Federal (STF) o poder de votar as nomeações para a Corte Eleitoral. Acusado de agredir a ex-mulher Élida Souza Matos, a imagem do ministro saiu arranhada do episódio.

Nos últimos dias, Gonzaga visitou ministros do STF para mostrar provas de que ele não teria culpa no episódio. Inocente ou não, as ministras Rosa Weber e Cármen Lúcia, do STF, estão dispostas a vetar sua recondução.

Um ministro do Supremo chegou a sugerir que, diante das poucas chances de continuar nos quadros do TSE, Admar Gonzaga, que é advogado, deveria declarar publicamente que não tem interesse na vaga. Até o momento, ele não decidiu se vai acatar a sugestão.

Nesse sábado (30/3), quase dois anos após Gonzaga ser acusado de agredir a então esposa, a filha dele, Fernanda Gonzaga, de 24 anos, decidiu quebrar o silêncio. Segundo a advogada, Élida Souza Matos machucou a si mesma na noite em que registrou um boletim de ocorrência na 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul) contra o companheiro.

O ministro foi denunciado em 23 de junho de 2017. Aos policiais, ela contou que o magistrado a agrediu durante uma discussão na propriedade do casal, no Lago Sul, causando-lhe um ferimento no olho. No dia seguinte, no entanto, Élida tentou retirar a queixa, mas, como a Lei Maria da Penha não o permite, o processo continuou a tramitar.

Fernanda relata uma história diferente da que foi informada à polícia. Ao Metrópoles, a filha de Admar Gonzaga afirmou que, naquela noite, a madrasta teria sido a autora, e não vítima da ação. Além disso, detalhou uma relação difícil com a mulher.

“Não tinha uma relação de afeto, mas tinha uma convivência. O jeito como ela me tratava me fazia mal, mas eu queria conviver com o meu pai”, afirmou. (Com informações de O Globo)

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