Turnê curta de Charles no Canadá é “tapa na cara” da realeza, diz site
Especialista comparou a recente visita do príncipe de Gales com tours anteriores e avaliou mudança como um sinal de fraqueza da monarquia
atualizado
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A breve visita do príncipe Charles e da esposa, Camilla Parker, ao Canadá chamou a atenção dos súditos. O casal desembarcou no território nessa terça-feira (17/5) para um tour enxuto de três dias, período bem menor que viagens anteriores. A rapidez do encontro e o “descaso” com o Jubileu de Platina, segundo o expert Rafe Heydel-Manko, são um “tapa na cara da monarquia”.
Em entrevista ao GB News, o especialista em realeza britânica comparou a aparição relâmpago do príncipe de Gales ao território canadense a turnês anteriores e concluiu que “este é um sinal de que o atual governo do país não está muito interessado” na família real.
Heydel-Manko contextualizou que, em outros momentos, representantes da Coroa britânica faziam visitas mais longas, com duração de uma ou duas semanas. Em 1983, Charles esteve por mais de 15 dias no país, acompanhado da princesa Diana. Dado o histórico, “esta é a viagem mais curta que já vimos”, destacou.
Príncipe Charles e Camilla Parker
Príncipe Charles e a esposa Camilla Parker estão em um tour de três dias no Canadá Chris Jackson/Getty Images
Príncipe Charles
Charles é o novo rei da Inglaterra Tolga Akmen - WPA Pool/Getty Images
Príncipes Charles e William
Príncipes Charles e William, próximos na linha de sucessão ao trono Samir Hussein/WireImage/Getty Images
A mudança na duração da visita, segundo ele, é um sinal da fraqueza da monarquia em territórios que viveram sob o poder da Coroa britânica. O especialista usou como exemplos os protestos após a chegada de William e Kate na turnê no Caribe, bem como o movimento de derrubada de estátuas de reis e rainhas do Canadá. Ele também lembrou a “tensão” ligada às práticas imperialistas empregadas no país norte-americano.
“É natural imaginar que há um certo grau de apreensão. Por ser uma visita bem limitada, não haverá muito espaço para protestos públicos”, frisou.
Menos prestígio
A celebração de 70 anos da monarca britânica no trono, Jubileu de Platina, também terá menos importância do que em ocasiões anteriores.
“Por exemplo, o Canadá sempre emitiu medalhas de Jubileu e de coroação. Esta é a primeira vez na história que o Canadá não está emitindo um símbolo em homenagem às festividades da rainha”, pontuou.
“Apesar das manifestações da oposição no interior do país, as províncias estão produzindo suas próprias medalhas. Esses símbolos foram feitos, também, em protesto ao descaso de Trudeau, atitude do chefe de Estado que eu vejo como um tapa na cara da monarquia”, concluiu.
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