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Como saber se eu devo retirar o glúten da minha dieta?

Infelizmente, pessoas que reduzem o glúten sem nenhum tipo de desordem por trás podem ter prejuízos futuros

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Imagem de uma fatia de pão de forma escrito glúten
1 de 1 Imagem de uma fatia de pão de forma escrito glúten - Foto: iStock

Embora a tendência de tirar o glúten da dieta tenha influenciado nas escolhas alimentares de muitas pessoas, há muito o que ser esclarecido antes de retirá-lo por completo.

A quem não sabe, o glúten é um composto de proteínas presente nos cereais e no preparo de alimentos. É ele quem confere elasticidade à confecção de pães, por exemplo. Recentemente, começou a ser criticado até mesmo por muitos profissionais da área da saúde. Mas, quando realmente é necessário se abster?

Primeiramente, por se tratar de um composto de proteínas, o termo “intolerância” seria inadequado. As desordens existentes podem ser doença celíaca, presente em 1% da população ou outro diagnóstico, como a sensibilidade não celíaca ao glúten, presente em 5% da população.

No primeiro caso, o paciente recebe a indicação de erradicar completamente a substância da rotina, uma vez que ela provoca uma reação imunológica por não ser aceito pelo intestino. Sintomas como diarreia, dor, distensão abdominal e inchaço são os mais comuns.

No outro caso, o não celíaco que apresenta desconforto com o alimento pode receber o diagnóstico de sensibilidade não celíaca ao glúten. Em ambos os casos, antes de cortar fora de vez, é prudente uma investigação médica para ter o diagnóstico confirmando a doença.

Infelizmente, pessoas que reduzem o glúten sem nenhum tipo de desordem por trás podem ter prejuízos futuros pois, já que não insere a substância no dia a dia, quando houver a reinserção ao organismo é provável que rejeite-a e tenha reações, como desconforto gastrointestinal.

Além disso, na tentativa de substituir o glúten com medo das possíveis calorias presentes nos alimentos nos quais há a proteína, as pessoas começam a fazer substituições menos inteligentes. Dessa forma, optam por produtos que possuem farinhas bem mais calóricas, a exemplo da farinha de mandioca, arroz e amêndoas.

Por fim, o Conselho Nacional de Nutrição informa que “a recomendação indiscriminada para restrição ao consumo de glúten não encontra, atualmente, respaldo na ciência da nutrição e está em desacordo com o Consenso Brasileiro sobre Alergia Alimentar.”

(*) Thaiz Brito é nutricionista pós-graduanda em Nutrição Esportiva Clínica

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