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A nova moda em Brasília são os lagos artificiais com peixes e plantas

Nada de produtos químicos ou fundo de ladrilho. Aqui são as plantas e animais que cuidam da qualidade da água e mantêm o ecossistema

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Marcos Antonio da Silva/Genesis Ecossistemas/Divulgação
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1 de 1 IMG_8533-alta - Foto: Marcos Antonio da Silva/Genesis Ecossistemas/Divulgação

Tem sensação mais refrescante do que mergulhar em uma piscina durante um dia de muito calor? Talvez só pular em um lago de água fresca e transparente. Mas uma nova tendência de decoração possibilita viver essa experiência sem ter de enfrentar estradas de terra. Empresas especializadas estão construindo piscinas biológicas no quintal da casa das pessoas.

Os lagos artificiais não precisam de químicas nem materiais de ladrilhos. Os profissionais montam um ecossistema equilibrado com elementos naturais. “Fazemos uma mistura perfeita de peixes, insumos e bactérias”, explica Ricardo Caporossi Junior, dono da empresa Gênesis Ecossistemas.

Para instalar uma dessas piscinas em casa, é preciso desembolsar entre R$ 1.500 e R$ 3 mil, o m². Uma de concreto armado ou alvenaria, por exemplo, sai em média R$ 1 mil, o m².

A área mínima de contrução deve ser de 40m² e pelo menos 1,5m de profundidade para escavação. Em seguida, coloca-se uma manta para impermeabilização e mais uma proteção mecânica no fundo do buraco.

Depois, é preciso escolher o sistema de filtragem adequado à sua realidade para remover pedaços de folha e sujeira orgânica. Guy Retz, proprietário da Ecosys, conta que existem três tipos desse mecanismo. O primeiro separa uma área para as plantas subaquáticas, que vão ajudar a limpar a água. O segundo usa um filtro biológico e o último, um produto mais eficiente, que elimina a necessidade de plantas.

As piscinas naturais com área separada para plantas são muito populares na Europa, mas esse conceito não funciona em climas tropicais. A parte com muito verde fica cheia de matéria orgânica, cheira mal e se torna viveiro para sapos e rãs. “No Brasil, usamos um sistema de filtro e luz ultravioleta para eliminar a necessidade de flora. Assim, as pessoas podem nadar como se estivessem em Bonito, entre os peixes e dentro de uma água cristalina”, explica Guy.

Mas quem opta pela piscina mais natural possível precisa colocar plantas nas bordas para ajudar na limpeza da água. Essas hidrófilas consomem o material orgânico que se multiplica.

Porém, é preciso instalar rochas naturais para servirem de revestimento e acrescentar, eventualmente, uma areia específica nos cantos, com o objetivo de evitar que piscinas e lagos artificiais fiquem turvos. Se a água utilizada for encanada, os profissionais sugerem retirar o cloro para garantir a vida do novo bioma. Além disso, como parte da manutenção, a flora precisa ser refeita a cada três anos.

Os peixes também são parte essencial da piscina biológica ou orgânica. “Eles compõem o ecossistema da piscina. Os mais recomendados são as carpas Nishikigois, pois elas são mansas e têm o hábito de revirar o fundo do lago, fazendo com que as partículas de sujeira entrem em suspensão e sejam captadas pelo sistema de filtragem”, explica Ricardo Caporossi Junior, especialista em vida aquática. Nada impede que outros peixes façam parte da fauna do seu lago.

Marcos Antonio da Silva/Genesis Ecossistemas/Divulgação As piscinas biológicas logo se tornam um pequeno bioma, atraindo pássaros, borboletas, libélulas e sapos. “Criamos todo um ecossistema para que os peixes e as plantas fiquem em um ambiente que reproduza ao máximo a natureza”, conta Ricardo. Por isso, as manutenções periódicas são necessárias: só assim é possível manter o controle químico da água e a saúde dos peixes.

 

As piscinas são sucesso na Europa e se tornam cada vez mais populares no Brasil. Apesar de as empresas especializadas ficarem em São Paulo, elas atendem várias partes do país — inclusive Brasília. “Existe uma busca cada vez maior por esse tipo de projeto, pois é uma opção real. A principal vantagem é ter um ambiente completamente integrado à natureza”, explica Ricardo.

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