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Amendoim saudável? Proteste avalia 17 marcas do produto e dá veredito

A Proteste testou o teor de proteínas, gorduras saturadas e fibras totais presente em diferentes marcas de amendoim

atualizado

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pasta de amendoim
1 de 1 pasta de amendoim - Foto: Unsplash

O amendoim “ganhou a fama” de ser um alimento aliado da dieta por ajudar a dar saciedade e ser uma fonte natural de energia. Ao contrário do que alguns pensam, ele não é uma fonte de proteínas.

Para comprovar a qualidade dos produtos, a Associação Brasileira de Defesa do Consumidor analisou 17 lotes de marcas de amendoim integral encontrados no mercado. Os produtos, em geral, possuíam apenas um ingrediente na composição: o grão do amendoim triturado.

A Proteste testou o teor de proteínas, gorduras saturadas e fibras totais, além da presença de aditivos alimentares, bactérias e microtoxinas.

As marcas avaliadas foram: Fit Food, Santa Helena, Holu, Luke Overrun, Power1one, Eat Clean, Tocca, Taeq, Mandubim, Vita Power, Amendo Lovers, Castan Maria, Bio2, Da Colônia Amendo Power, Nutrissima, La Ganexa e Oner.

Entre elas, a que se destacou foi a marca Fit Food, levando 96 pontos na avaliação geral para altos teores de proteínas e fibras, além de menor teor de gorduras saturadas. A Mandubim também obteve boa colocação pela qualidade em relação ao preço.

Já no que diz respeito à contaminação e aditivos nos lotes analisados, nenhuma marca apresentou irregularidades e, por se apresentar como um produto integral, não são permitidos substâncias aditivas.

Para um produto ser considerado fonte de proteína, ele deve apresentar, no mínimo, 10% do Valor Diário Recomendado (VDR), sendo 50 g/dia. A porção de referência do amendoim — uma colher de sopa de 15g — tem, em média, 4 g e, para ser considerada fonte dessa macronutriente, teria que conter pelo menos 5 g.

Elas podem, sim, ajudar a alcançar a quantidade diária de proteína, entretanto, para atingir boa quantidade do nutriente, seria necessário ingerir alta quantidade da pasta, o que resultaria em alta ingestão calórica.

Apesar de terem passado nos testes, um detalhe deixou a desejar: embalagens sem lupa.

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A pasta de amendoim oferece alta quantidade de gorduras saturadas e, de acordo com a nova legislação de rotulagem, se o produto fornecer mais que 6 g em 100g de produto, deve receber a lupa “alto em gordura saturada”. No entanto, apesar de fornecer cerca de 8 g em 100 g, não apresentaram lupas.

O anexo XVI da Instrução Normativa n.º 75/2020 pode justificar isso. Existe uma lista de alimentos para os quais a rotulagem frontal é proibida, como as leguminosas. Para quem acreditava que o amendoim é do grupo das oleaginosas, eis um equívoco. O alimento está no grupo das leguminosas e, por isso, a adição da lupa de que é rico em gorduras saturadas é vedado.

Para produtos que levam ingredientes como aditivos, a exemplo das pastas saborizadas, o alerta de lupa pode ser recomendado pois, além de aumentar o teor de gordura saturada, pastas com aditivos não irão se enquadrar na legislação.

(*) Thaiz Brito é nutricionista pós-graduanda em Nutrição Esportiva Clínica

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