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Zolpidem: veja perigos de ficar “chapado” com medicamento para insônia

Zolpidem é utilizado em casos de insônia e efeitos colaterais incluem alucinações. Especialista alerta sobre uso indiscriminado do remédio

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1 de 1 Remédios jogados em superfície azul - Metrópoles - Foto: Myke Sena/Esp. Metrópoles

Nessa quinta-feira (11/8), o medicamento Zolpidem entrou para os assuntos mais comentados do Twitter depois que um usuário relatou ter tomado o fármaco, e, durante uma alucinação, gastado R$ 9 mil em um pacote de viagens.

Nos comentários, outros usuários da rede social informaram ter passado por situações parecidas envolvendo a droga, que geralmente é usada para tratar casos de insônia. De acordo com o psiquiatra Leonardo Rodrigues da Cruz, do Instituto Meraki Saúde Mental, o remédio deve ser usado somente com prescrição médica e por um curto período de tempo, já que pode causar dependência.

O especialista explica que as alucinações causadas pelo medicamento são incomuns, afetando entre 0,1% e 1% das pessoas que o ingerem. “Mas quem já faz uso de outros psicotrópicos, como antidepressivos, ou tem idade avançada, tem maior predisposição aos delírios”, afirma o psiquiatra.

O Zolpidem é um medicamento hipnótico que pertence à classe de drogas Z, os não benzodiazepínicos. Ele se liga a uma subunidade do receptor GABA, um dos neurotransmissores mais importantes no cérebro, e é indicado para tratamentos de insônia inicial ou manutenção.

Cruz acrescenta que o uso de doses acima da recomendação médica também pode acentuar os efeitos colaterais do Zolpidem, e alerta que o medicamento não deve ser usado de forma descontrolada, como algumas pessoas sugeriram no Twitter.

“O uso indiscriminado de Zolpidem pode associar-se à sonolência excessiva, dor de cabeça, sintomas gastrointestinais, sonambulismo, amnésia anetógrada (quando o indivíduo não consegue se lembrar de acontecimentos recentes), pesadelos, confusão mental, falta de coordenação motora e problemas para andar”, explica o psiquiatra.

Outro risco do uso indevido do Zolpidem é quando ele deixa de ser uma substância utilizada como medicamento e passa a ser consumida para escapar da realidade, ou associada a outras drogas, como álcool e sedativos.

“Há potencial de maior sedação, confusão mental e risco de maior ingestão de álcool, o que pode levar à perda de memória do evento, acidentes e comportamentos violentos. Pessoas com problemas de alcoolismo e que usam Zolpidem têm duas vezes mais chance de irem para a uma unidade de terapia intensiva (UTI), afirma o médico”.

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A prescrição para o uso de Zolpidem pode ser feita por profissionais de saúde, mas o ideal é que seja receitado por médicos de transtornos do sono, como psiquiatras e neurologistas, ou especializados em medicina do sono.

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