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Verrugas: quais são os tipos, por que surgem e como tratá-las

Dermatologista ensina qual a maneira correta de lidar com as protuberâncias que aparecem na pele

atualizado

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Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD)/Reprodução
Foto colorida de mão
1 de 1 Foto colorida de mão - Foto: Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD)/Reprodução

As verrugas são lesões benignas na pele, causadas pela contaminação do papiloma vírus humano (HPV). A infecção resulta no crescimento anormal da camada mais superficial da pele. Existem diversos tipos de verrugas e, normalmente, a aparência da lesão muda de acordo com a parte do corpo.

HPV é o nome genérico para um grupo de vírus que engloba mais de cem tipos diferentes. Além de serem transmitidos por via sexual, os vírus do grupo podem ser passados de maneira vertical (mãe/feto), por meio da saliva, de auto-infecção e de infecção por perfuração ou corte com objetos contaminados.

O dermatologista Antonio Gomes Neto, da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), destaca a importância de não cutucar verrugas, caso elas apareçam, pois há o risco de elas se espalharem. “Queremos apertar, coçar, arrancar de qualquer maneira, mas, o que a maioria não sabe, é que essa atitude, na verdade, pode dificultar a melhora”, explica.

Saiba quais são os principais tipos de verrugas:

Vulgares: é o tipo mais comum. As lesões são irregulares, endurecidas e ásperas e podem ser isoladas ou agrupadas. Costumam se desenvolver em áreas com mais atrito, como cotovelos, joelhos, mãos e ao redor das unhas.

Planas: têm a aparência de bolinhas e apresentam cor amarelada ou acastanhada, normalmente, são formadas por várias verrugas de até 5 milímetros. Aparecem mais comumente no rosto e dorso das mãos de adolescentes.

Plantares: aparecem na planta dos pés e costumam ser confundidas com calos. O peso do corpo faz com que elas cresçam para dentro, causando dor ao caminhar. As verrugas plantares apresentam pontos escuros no centro da lesão e, por essa aparência, são popularmente chamadas de “olhos-de-peixe”.

Filiformes: caracterizam-se por uma projeção mais fina e alongada. São mais comuns no rosto, pescoço, lábios e pálpebras. A incidência é maior em pessoas mais velhas.

Anogenitais: são lesões com aspecto de couve-flor. Costumam acometer regiões mais sensíveis como a mucosa genital feminina e masculina, a uretra, a vagina, o colo do útero e a região perianal. Estão relacionadas com infecções genitais e há uma conexão com alguns subtipos de HPV de alto risco, aumentando as chances de câncer genital, como o do colo do útero.

Como as verrugas surgem:

Cada organismo reage a infecção pelo HPV de modo diferente, significa que nem todas as pessoas contaminadas pelo vírus desenvolvem verrugas. Quanto mais fraco o sistema imune, maior o risco de tê-las.

Quando surgem, as verrugas costumam estar expostas na pele, nas regiões da mão, pés, cotovelos, joelhos e rosto. Por serem áreas abertas, expostas e de muito movimento, o primeiro instinto é mexer e tentar arrancá-las. Mas a melhor forma de tratar é não cutucá-las ou machucá-las, pois o sangramento faz com que o vírus se espalhe e nasçam outras.

Como tratar verrugas:

Tape a verruga com um curativo e agende uma consulta com o dermatologista. Na maioria dos casos, o tratamento para extração das lesões é simples e pode ser realizado pelo próprio paciente, em casa. O diagnóstico é clínico e o médico pode indicar a utilização de medicamentos tópicos, que podem conter ácidos, como o salicílico e o lático, em sua composição. Nos casos mais graves, pode ser necessária a remoção cirúrgica das lesões.

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