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Varíola dos macacos: doença pode virar emergência de saúde mundial

Comitê de emergências da OMS deve decidir nesta quinta (23/6) se doença precisa de uma resposta de saúde pública internacional coordenada

atualizado

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Nigeria Centre for Disease Control/Divulgação
variola dos macacos
1 de 1 variola dos macacos - Foto: Nigeria Centre for Disease Control/Divulgação

O comitê de emergências da Organização Mundial de Saúde (OMS) deve decidir, nesta quinta (23/6), se mudará a classificação do surto de varíola dos macacos para emergência pública de interesse internacional. Este é o patamar em que está a Covid-19. O resultado da reunião, que acontecerá a portas fechadas, deve ser divulgado nos próximos dias.

O novo status visa alertar a comunidade internacional para a doença e organizar como será a ação mundial para evitar que o vírus continue se espalhando.

No site da OMS, a emergência de saúde pública de interesse internacional é definida como “um evento extraordinário que é determinado como o risco de saúde pública para outros Estados através da propagação internacional de uma doença que potencialmente requer uma resposta internacional coordenada”.

Caso seja aprovado, o comitê de emergências da OMS deve propor recomendações temporárias sobre como prevenir e reduzir a transmissão da varíola dos macacos, e decidir a resposta de saúde pública global.

Apesar do alerta, a entidade não considera que a varíola dos macacos possa causar uma nova pandemia, já que a doença é conhecida, não tem transmissão fácil e possui não só vacina com cerca de 85% de eficácia, mas também alguns medicamentos aprovados para combatê-la.

A varíola humana – causada por um vírus muito parecido – foi erradicada em 1979 e, no Brasil, pessoas nascidas antes de 1973 foram imunizadas na infância contra o vírus.

O surto de varíola dos macacos

Apesar de ter sido identificada em humanos pela primeira vez nos anos 1970, a varíola dos macacos ainda é uma doença endêmica de alguns países do continente africano.

A cepa que está em circulação em países fora da África é considerada mais transmissível, mas menos letal. Até o momento, no atual surto, foram registrados mais de 2 mil casos em 42 países, e nenhuma morte. O Brasil já confirmou nove pacientes infectados pelo vírus.

A OMS acredita que as primeiras pessoas que tiveram contato com o vírus fora da África estavam em festas de música eletrônica na Europa. A doença é transmitida por contato próximo com os fluidos das feridas dos pacientes, assim como pela respiração, mas o contágio é bem mais difícil do que o da Covid-19, por exemplo.

A maioria dos pacientes infectados são identificados como homens que fazem sexo com homens, levantando dúvidas se o vírus também seria transmitido por contato sexual. Nas últimas semanas, pesquisadores do o Instituto Spallanzani encontraram DNA do vírus da varíola dos macacos no sêmen de pacientes infectados, mas ainda não há confirmação sobre essa maneira de contaminação.

Sintomas da infecção

O período de incubação do vírus que provoca a doença varia de sete a 21 dias. Os sintomas costumam aparecer 10 ou 14 dias após o momento da infecção. Os primeiros sinais são febre, mal-estar e dor. Cerca de três dias depois, os pacientes passam a apresentar bolhas pelo corpo – parecidas com as da catapora. A doença termina em um período entre três e quatro semanas.

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