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Vacina contra chikungunya criada no Butantan é aprovada nos EUA

Fabricada pela Vanlneva, a vacina de dose única contra o chikungunya recebeu aprovação do FDA na quinta-feira (9/11)

atualizado

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Mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue e da chikungunya
1 de 1 Mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue e da chikungunya - Foto: null

A primeira vacina contra chikungunya do mundo foi aprovada pela Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora dos Estados Unidos, na quinta-feira (9/11).

Fabricado pela farmacêutica Vanlneva, da Áustria, o imunizante foi desenvolvido em parceria com o Instituto Butantan, de São Paulo. A vacina será submetida para aprovação no Brasil no primeiro semestre de 2024, assim que os estudos de fase 3 sejam concluídos.

Os resultados conhecidos, que serviram para a aprovação nos EUA, mostram que a vacina de dose única foi capaz de estimular a produção de anticorpos em 98,9% dos voluntários. O imunizante é feito de um vírus da chikungunya enfraquecido.

A FDA recomendaa a vacina para maiores de 18 anos que estão viajando para países onde a doença seja endêmica, como o Brasil.

“A aprovação é uma ótima notícia para todos. Estamos cada vez mais próximos de oferecer uma vacina contra chikungunya para a população. O Butantan tem muito orgulho de estar participando ativamente no processo de desenvolvimento”, afirmou em nota o diretor do Instituto, Esper Kallás.

Chikungunya: sintomas e transmissão

A chikungunya é uma doença viral transmitida pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus. Ela foi registrada no Brasil pela primeira vez há 10 anos e, desde então, já se espalhou para a maioria dos municípios brasileiros.

A infecção pode causar febre acima de 38,5° e dores intensas nas articulações de pés e mãos, além de dor de cabeça, dor muscular e manchas vermelhas na pele.

Apesar de ter baixa letalidade, a chikungunya pode deixar graves consequências. As dores articulares podem se tornar crônicas e durar anos. “Muitos desses casos ocorrem em pessoas jovens, que não conseguem mais nem trabalhar. Então essa arbovirose acaba tendo consequências não só na saúde, mas na economia”, aponta a diretora médica do Butantan, Fernanda Boulos.

A principal forma de prevenção atualmente é o controle dos vetores, assim como no caso da dengue. Isso inclui esvaziar e limpar frequentemente recipientes com água parada, como vasos de plantas, baldes, pneus, garrafas plásticas, piscinas sem uso e sem manutenção, e descartar adequadamente o lixo.

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