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Dengue, chikungunya e casos das 2 infecções juntas crescem no Brasil

Projeto feito pela UFMG e laboratórios privados mostrou 7 vezes mais resultados positivos de chikungunya em 2023 do que em 2022

atualizado

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Imagem mostra mosquito Aedes Aegypiti na pele de uma pessoa - Metrópoles
1 de 1 Imagem mostra mosquito Aedes Aegypiti na pele de uma pessoa - Metrópoles - Foto: Getty Images/Reprodução

Os casos de pessoas infectadas com dengue, chikungunya e com os dois vírus ao mesmo tempo cresceram no primeiro semestre deste ano no Brasil, de acordo com um levantamento feito por pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e do Laboratório Hermes Pardini/Grupo Fleury.

Foram registrados sete vezes mais pacientes com chikungunya de janeiro a junho de 2023 do que em comparação ao mesmo período do ano passado. Os casos de dengue, por sua vez, triplicaram. Pessoas com ambas doenças simultaneamente representaram 11% dos casos em 2022, um número quase cinco vezes maior do que o usualmente registrado.

“Geralmente, a infecção mútua se apresentava em cerca de 2% ou 3% dos casos, então foi algo que chamou a atenção para reforçarmos o controle dos vetores Aedes aegypti no Brasil”, afirma o virologista Renato Santana, professor do Laboratório de Biologia Integrativa da UFMG.

O estudo investigou cerca de 62 mil testes realizados em 14 estados de todas as regiões do Brasil. Os dados regionais da pesquisa, separando cada um dos estados, ainda não foram divulgados.

Até 23 de agosto, 920 pessoas morreram de dengue no Brasil em 2023. O número está próximo dos 1.053 óbitos registrados no ano passado, que já foram o recorde de mortes da doença desde a década de 1980. O número recorde anterior era de 986 mortes, de 2015.

Agente de saúde do combate à dengue
Agentes de saúde estão com dificuldade para visitar domicílios desde a pandemia

Os pesquisadores apresentam como possíveis fatores do crescimento de casos o alto índice de chuvas no início deste ano e a dificuldade de acesso de agentes públicos de saúde para o controle de mosquitos desde o início da pandemia de Covid-19.

Xô, mosquito. Os cuidados contra a infecção

Tanto a dengue como o chikungunya são doenças virais transmitidas pelo mesmo mosquito, o Aedes aegypti. Ele também é o vetor do zika vírus e da febre amarela. Todas as doenças têm quadros clínicos semelhantes, a depender da gravidade da infecção, e, na maioria das vezes, a diferenciação só pode ser feita com testes laboratoriais.

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Os principais sintomas da dengue, por exemplo, são dor muscular e nas articulações, febre e fadiga.

A melhor forma de combater as doenças é evitar a ploriferação do mosquito. Retirar objetos que podem acumular água e facilitar a formação das larvas são dicas essenciais para que o Aedes aegypti não tenha onde se reproduzir.

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