Transmissão de Ômicron é maior entre o 3° e o 6° dia após sintomas
Estudo sugere que o tempo de isolamento deve ser maior do que cinco dias, como foi estabelecido no Brasil, pelo Ministério da Saúde
atualizado
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Um estudo feito por pesquisadores do Instituto Nacional de Doenças Infecciosas do Japão, publicado na última semana, mostra evidências de que as pessoas infectadas com a variante Ômicron do novo coronavírus são mais contagiosas entre o terceiro e sexto dia após o início dos sintomas ou diagnóstico.
Saúde decide reduzir isolamento mínimo por Covid para 5 dias
A conclusão foi feita a partir da análise de 83 amostras de testes de 21 pessoas comprovadamente infectadas pela Ômicron – 19 delas estavam vacinadas. Entre os pacientes, 17 desenvolveram quadro leves e quatro permaneceram assintomáticos.
De acordo com os cientistas, “a quantidade de RNA viral foi mais alta em três a seis dias após o diagnóstico ou três a seis dias após o início dos sintomas e diminuiu gradualmente ao longo do tempo, com uma diminuição acentuada após 10 dias desde o diagnóstico ou início dos sintomas”.
Depois do prazo de 10 dias, nenhum vírus infeccioso foi detectado nas amostras respiratórias, sugerindo que as pessoas vacinadas “provavelmente não liberam o vírus”.
Outros estudos
As evidências encontradas na pesquisa japonesa contrariam os resultados de outros estudos publicados nas últimas semanas, com a indicação de que o pico da transmissão viral ocorre entre um dia antes a até dois dias depois do surgimento dos primeiros sintomas.
Evidências sobre o menor tempo de transmissão levaram o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos, por exemplo, a reduzir a recomendação do tempo de isolamento de dez para cinco dias para os pacientes assintomáticos.
A decisão foi acompanhada pelo Ministério da Saúde nessa segunda-feira (10/1). Agora, a orientação é para que o isolamento mínimo seja de cinco dias, em casos assintomáticos e mediante testagem com RT-PCR.