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Saiba como proteger as crianças do vírus sincicial respiratório (VSR)

O VSR é o principal causador de infecções respiratórias em crianças pequenas. Casos estão aumentando e lotando hospitais

atualizado

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Mãe cuidando do filho
1 de 1 Mãe cuidando do filho - Foto: filadendron/ GETTYIMAGES

O aumento significativo de casos pediátricos de vírus sincicial respiratório (VSR) nos últimos meses preocupa os pediatras, que estão vendo os ambulatórios e as unidades de internação cheias novamente. O VSR é o principal causador de infecções respiratórias em crianças pequenas e a infecção pode ser evitada com medidas simples, aprendidas durante a pandemia da Covid-19.

Assim como os vírus respiratórios em geral, o VSR é transmitido por meio de gotículas contaminadas emitidas enquanto as pessoas doentes falam, tossem e espirram ou por contato com objetos e superfícies contaminadas.

Prevenção

Até o momento, não existe uma vacina específica destina à prevenção do VSR aprovada no Brasil, mas medidas não farmacológicas, como a amamentação e a vacinação contra influenza e pneumonia são estratégias que tornam o sistema imunológico das crianças pequenas mais robusto e evitam o agravamento do quadro.

Para a população em geral, a infecção pode ser evitada por meio de medidas não farmacológicas como:

  • Distanciamento físico;
  • Etiqueta respiratória;
  • Higiene das mãos;
  • Evitar o tabagismo passivo das crianças;
  • Evitar tocar os olhos, nariz ou boca sem a higiene adequada das mãos, após contato com superfícies ou objetos que possam estar contaminados;
  • Limpeza e desinfecção de objetos e ambientes;
  • Evitar o contato ou exposição de crianças com pessoas com sintomas respiratórios;
  • Evitar ambientes fechados e aglomerados para crianças menores de 2 anos;
  • Evitar que as crianças com sintomas respiratórios frequentem escolas e creches até a recuperação delas.

Erros comuns no tratamento de resfriados em casa:

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Grupos de risco

Os bebês menores de 6 meses de vida correm maior risco de agravamento do quadro, especialmente os nascidos prematuros, com cardiopatia congênita e displasia broncopulmonar (DBP) e outras doenças crônicas que podem atrapalhar o sistema imunológico ou dificultar a eliminação das secreções.

“Essas crianças correm maior risco e os pais e profissionais de saúde devem estar muito atentos. Em caso de serem atingidas pelo vírus, elas têm mais chance de hospitalizar, de precisar de ventilação mecânica e de morrer”, explica a pediatra Luciana Monte, coordenadora da Pneumologia Pediátrica do Hospital da Criança de Brasília.

Tratamento profilático

Para as crianças em maior risco, o Ministério da Saúde recomenda o uso do anticorpo monoclonal palivizumabe durante os meses de sazonalidade do vírus sincicial respiratório.

O palivizumabe, produzido pela Astrazeneca, está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS). “É uma forma de imunização passiva. Não é uma vacina. É como se nós oferecêssemos o anticorpo pronto para a pessoa. Ele reduz a atividade viral, gravidade e internação pelo VSR na população para o qual está indicado”, explica Luciana.

Devem ser aplicadas até cinco doses do medicamento com o intervalo de 30 dias entre elas, sem ultrapassar o período de sazonalidade do VSR para induzir a imunização passiva das crianças contra o vírus. Os atrasos na administração das doses devem ser evitados para garantir que a criança obtenha a melhor ação do medicamento.

“O período da aplicação deve começar um mês antes de o vírus circular para proteger os bebês, fazendo uma aplicação mensal por cinco meses. Enquanto o vírus está circulante, o bebê está com o anticorpo e consegue evitar a doença grave”, afirma a pediatra.

Devido às diferenças climáticas do país, os períodos de aplicação podem variar entre as regiões. No Norte, a aplicação do medicamento deve ser feita entre janeiro e junho; no Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste, entre fevereiro e julho; no Sul, entre março e agosto.

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