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Solidariedade amenizou solidão durante a quarentena, diz pesquisa

Vizinhos prestativos, amigos mais presentes e a família unida, mesmo que à distância, tornaram isolamento social menos sofrido

atualizado

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Camila Quintero Franco/Unsplash
saúde mental
1 de 1 saúde mental - Foto: Camila Quintero Franco/Unsplash

Mesmo com o avanço da pandemia da Covid-19 e a necessidade de isolamento social, menos pessoas estão se sentindo sozinhas durante a quarentena, de acordo com uma pesquisa feita pela Florida State University, nos Estados Unidos.

Foram entrevistados 1.545 norte-americanos com idades entre 18 e 98 anos em três ocasiões: no final de janeiro, final de março e final de abril. Ao longo dos primeiros dois meses, houve uma leve queda no sentimento de solidão e um pequeno aumento na dificuldade de fazer conexões sociais. Porém, com o passar do tempo, as pessoas se sentiram mais amparadas — vizinhos prestativos, amigos que se tornaram mais presentes e a família mais unida, mesmo que de maneira virtual, tornaram a experiência da quarentena menos sofrida.

“No contexto da pandemia, que requer distanciamento social para um bem maior, as pessoas estão sentindo que estão no mesmo barco. Esse sentimento, mesmo quando fisicamente isoladas, pode ajudar a manter a solidão controlada“, escrevem os autores.

Pesquisas anteriores afirmam que o sentimento de solidão está associado a um aumento de 18% no risco de morte entre idosos que moram sozinhos. Outros levantamentos descobriram que pessoas que se consideram sós têm maior risco de doenças crônicas, como hipertensão, e de sofrer com queda no desenvolvimento cognitivo com o passar dos anos. Nos Estados Unidos, cerca de 35% dos adultos com mais de 45 anos se reconhecem como solitários.

Na pesquisa feita pela Florida State University, constatou-se que o sentimento de solidão era particularmente presente entre adultos com mais de 65 anos. Com o passar do tempo, os pesquisadores detectaram um aumento na percepção dos participantes mais idosos quanto à disponibilidade de outras pessoas para ajudar em tarefas do dia a dia.

“Apesar de algum impacto em indivíduos vulneráveis, na nossa amostra, não houve grande aumento na sensação de solidão e sim uma interessante resiliência em resposta à Covid-19”, escrevem os responsáveis pelo estudo no documento publicado na revista American Psychologist.

 

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