A Pfizer informou, nesta quarta-feira (27/10), que pedirá autorização à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para o uso da vacina contra Covid-19 em crianças com idades entre 5 e 11 anos.
“A submissão do pedido junto à Anvisa para a aprovação do uso da vacina Comirnaty, da Pfizer/BioNTech, para crianças entre 5 e 11 anos, deve ocorrer ao longo do mês de novembro de 2021”, informou a empresa por meio de um comunicado.
A decisão foi anunciada depois de a farmacêutica ter conseguido parecer favorável da agência Food and Drug Administration (FDA) para o uso da vacina nessa faixa etária nos Estados Unidos. O painel de especialistas da agência norte-americana reconheceu, na terça-feira (26/10), que os benefícios da injeção superam os riscos.
Agora cabe ao Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) tomar a decisão final sobre o uso do imunizante em crianças entre 5 e 11 anos nos EUA.
Dose menor
A dose recomendada para esse público equivale a um terço da quantidade inoculada em pessoas maiores de 12 anos. Segundo resultados preliminares de estudos clínicos divulgados pela Pfizer, essa porção do fármaco garante níveis de anticorpos semelhantes aos desenvolvidos por adultos que receberam a dose completa.
O que se sabe sobre a vacinação de adolescentes contra Covid-19

As principais agências regulatórias de medicamentos do mundo já aprovaram a imunização de adolescentes com 12 anos ou mais contra a Covid-19Getty Images

A vacina da Pfizer/BioNTech é a única que pode ser aplicada em menores de 18 anos no BrasilPete Bannan/MediaNews Group/Daily Local News via Getty Images

A autorização para o uso emergencial em adolescentes com 12 anos ou mais foi dada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em junho deste anoIgo Estrela/Metrópoles

A Pfizer foi pioneira nos estudos clínicos com pessoas mais jovens e a primeira empresa a pedir a aprovação da agência brasileiraIgo Estrela/Metrópoles

Além de proteger os jovens contra os efeitos da infecção, a vacinação contribui para reduzir a circulação viral, protegendo também adultos e idosos mais vulneráveisGetty Images


A miocardite (inflamação do coração) foi apontada por estudos como um dos efeitos colaterais após a vacinação com imunizantes de RNA, como Pfizer e Moderna. O evento é considerado muito raroIgo Estrela/Metrópoles

A miocardite é mais comum entre os jovens, observada com maior frequência entre os meninos após a segunda dose. Ela pode causar dor no peito e batimentos cardíacos acelerados, sintomas que desaparecem em poucos diasIgo Estrela/Metrópoles

Cientistas alertam que o risco de desenvolver miocardite após a infecção pelo novo coronavírus é até seis vezes maior do que após a vacina e reforçam a necessidade da imunizaçãoGetty Images