A Pfizer informou, nesta sexta-feira (22/10), que sua vacina contra a Covid-19 demonstrou 90,7% de eficácia contra a infecção do novo coronavírus em crianças de 5 a 11 anos durante um estudo clínico realizado pela própria empresa farmacêutica.
No estudo com 2.268 participantes, apenas três crianças vacinadas com o imunizante desenvolveram a Covid-19 após ter contato com o vírus, enquanto 16 das que receberam doses de placebo acabaram doentes.
O que se sabe sobre a vacinação de adolescentes contra Covid-19

As principais agências regulatórias de medicamentos do mundo já aprovaram a imunização de adolescentes com 12 anos ou mais contra a Covid-19Getty Images

A vacina da Pfizer/BioNTech é a única que pode ser aplicada em menores de 18 anos no BrasilPete Bannan/MediaNews Group/Daily Local News via Getty Images

A autorização para o uso emergencial em adolescentes com 12 anos ou mais foi dada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em junho deste anoIgo Estrela/Metrópoles

A Pfizer foi pioneira nos estudos clínicos com pessoas mais jovens e a primeira empresa a pedir a aprovação da agência brasileiraIgo Estrela/Metrópoles

Além de proteger os jovens contra os efeitos da infecção, a vacinação contribui para reduzir a circulação viral, protegendo também adultos e idosos mais vulneráveisGetty Images


A miocardite (inflamação do coração) foi apontada por estudos como um dos efeitos colaterais após a vacinação com imunizantes de RNA, como Pfizer e Moderna. O evento é considerado muito raroIgo Estrela/Metrópoles

A miocardite é mais comum entre os jovens, observada com maior frequência entre os meninos após a segunda dose. Ela pode causar dor no peito e batimentos cardíacos acelerados, sintomas que desaparecem em poucos diasIgo Estrela/Metrópoles

Cientistas alertam que o risco de desenvolver miocardite após a infecção pelo novo coronavírus é até seis vezes maior do que após a vacina e reforçam a necessidade da imunizaçãoGetty Images
As duas doses são administradas com um intervalo de 21 dias. Cada uma contém o equivalente a um terço da quantidade inoculada em pessoas maiores de 12 anos. Segundo resultados preliminares, essa porção do fármaco garante níveis de anticorpos semelhantes aos desenvolvidos por adultos que receberam a dose completa, com 30 microgramas.
Os dados do estudo foram enviados à Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora dos Estados Unidos. A reunião com os integrantes da agência para a votação que vai decidir se o imunizante poderá ser aplicado nas crianças dessa faixa etária será realizada na próxima terça-feira (26/10).