metropoles.com

OMS se preocupa com África e sugere restrições contra coronavírus

Continente tem 1,2 bilhão de habitantes e deve se “preparar para o pior”, segundo o diretor-geral do órgão

atualizado

Compartilhar notícia

Representantes dos países africanos na Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmaram nesta quinta-feira (19/03), que o continente precisa se preparar melhor para enfrentar a pandemia do coronavírus, reforçando a capacidade de identificar casos de contaminados e com a adoção de medidas de restrição de circulação de pessoas. A África tem 659 casos de coronavírus em 30 países. As declarações da OMS à imprensa nesta quinta-feira tiveram como foco principal a região com 1,2 bilhão de habitantes e 54 nações.

A diretora regional da OMS para a África, Matshidiso Moeti, afirmou que identificar os infectados, isolá-los e descobrir de onde veio a contaminação é fundamental para conter o avanço do coronavírus. Além disso, ela defendeu a restrição de circulação de pessoas, o fechamento de escolas e sugeriu que as pessoas devam evitar aglomerações. “Quanto mais cedo adotarmos essas medidas de precaução antes que o vírus se espalhe, é melhor. É a coisa sábia a se fazer”.

Na quarta-feira (18/03), o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse que a África deveria se “preparar para o pior”. “Meu continente deveria acordar”, afirmou.

O cenário de países como China, Itália, Irã e Espanha, os mais afetados pela pandemia, começa a se espalhar pelas cidades africanas: centros comerciais fechados, ruas vazias, lojas sem movimento e escolas sem alunos. Uma das precauções manifestadas foi a possibilidade de contágio rápido em grandes capitais como Lagos (Nigéria), Cairo (Egito), Kinshasa (Congo) e Luanda (Angola), todas metrópoles com milhões de habitantes e condições precárias de saneamento e transporte público.

“Precisamos engajar as comunidades para criarmos uma rede de contato e adotar a vigilância. Todos os líderes locais e ONGs precisam estar à mesa para discutir esse assunto”, afirmou Owen Kaluwa, representante da OMS para a África do Sul, onde há 116 casos confirmados.

O país adotou medidas como a proibição da entrada de estrangeiros vindos de EUA, Reino Unido, China e Itália. Suspendeu aulas em escolas e universidades por um mês e fechou importantes portos. Bares e restaurantes terão de limitar o número de clientes e reduzir os horários de atendimento.

As autoridades também destacaram a necessidade de reforçar a capacidade de testes em parceria e cooperação com o setor privado. “Precisamos aumentar o acesso aos testes, a detecção e adotar as medidas necessárias”, disse Lucile Imboua-Niava, representante da instituição para o Senegal.

No Senegal, as escolas e mesquitas foram fechadas e os voos foram reduzidos drasticamente desde 13/03. Há 37 casos confirmados no país de 15 milhões de pessoas, onde um canal de televisão tem transmitido aulas para as crianças.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comSaúde

Você quer ficar por dentro das notícias de saúde mais importantes e receber notificações em tempo real?