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OMS quer criação de corredor humanitário para levar oxigênio à Ucrânia

Diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus condenou o ataque de tropas russas a hospital ucraniano

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1 de 1 tedros ghebreyesus - Foto: Anadolu Agency/Getty Images

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, pediu, nesta quarta-feira (2/3), que um corredor humanitário seja criado imediatamente para levar oxigênio e outros suprimentos de saúde aos hospitais da Ucrânia, país vem enfrentando ataques da Rússia.

A primeira remessa de suprimentos destinados ao país possui 36 toneladas e será suficiente para atender às necessidades de 150 mil pessoas. A previsão é que os suprimentos cheguem à Polônia nesta quinta-feira (3/3).

“Há uma necessidade urgente de estabelecer um corredor para garantir que trabalhadores humanitários e suprimentos tenham acesso seguro e contínuo para alcançar as pessoas necessitadas”, disse Tedros em coletiva de imprensa.

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Segundo Tedros, a OMS liberou US$ 5,2 milhões do Fundo de Contingência para Emergências para a resposta aos conflitos. Estima-se que outros US$ 45 milhões serão necessários para a Ucrânia nos próximos três meses e US$ 12,5 milhões para apoiar os países vizinhos na atenção aos refugiados.

Escassez de suprimentos

O conflito entre Rússia e Ucrânia dificultou o acesso de itens básicos de saúde à população, como oxigênio para os hospitais, insulina para os diabéticos e vacinas para diversas doenças, como a Covid, o sarampo e a poliomielite. A guerra obrigou os empresários a fecharem as três principais fábricas de oxigênio do país.

O diretor de emergências da OMS, Michael Ryan, lembrou que, de acordo com informações já divulgadas, cerca de 2 mil ucranianos estavam precisando de oxigênio para o tratamento da Covid-19.

“Esse número aumentou porque agora temos pessoas com traumatismo também. O oxigênio salva vidas. Não é possível esperar e a Ucrânia precisa de oxigênio agora ou as pessoas vão morrer sem necessidade – aliás, elas estão morrendo sem necessidade”, afirmou.

Ryan lembrou com pesar de imagens de enfermeiras fazendo a ventilação manual de bebês em porões de hospitais. “Temos idoso na UTI, ninguém pode carregá-los para os porões e os cuidadores precisam permanecer ali, não podem fugir”, disse.

Ataques a hospitais

O líder da OMS foi veemente ao condenar os ataques de tropas russas a hospitais ucranianos. “Recebemos vários relatos não confirmados de ataques à infraestrutura de saúde e um incidente confirmado na semana passada, no qual um hospital foi atacado com armas pesadas, matando quatro pessoas e ferindo 10, incluindo seis trabalhadores de saúde”, disse Tedros.

“A santidade e a neutralidade dos cuidados de saúde – incluindo de trabalhadores de saúde, pacientes, suprimentos, transporte e instalações – e o direito ao acesso seguro aos cuidados devem ser respeitados e protegidos. Ataques aos que cuidam da saúde são uma violação do direito internacional humanitário”, afirmou.

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