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OMS está disposta a aprovar versões genéricas de insulina

Medida tem como foco aumentar a concorrência e forçar a queda de preços do medicamento que, atualmente, é fabricado por apenas 3 empresas

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pessoa fazendo teste de glicose
1 de 1 pessoa fazendo teste de glicose - Foto: moodboard/Getty Images

Os mais de 80 milhões de diabéticos no mundo que precisam de insulina terão, em breve, opções mais baratas do medicamento. Isso porque a Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou nesta quinta (14/11/2019) que passará a certificar versões genéricas do hormônio, para incentivar a entrada de novos fabricantes e, assim, baixar os preços do produto. Atualmente, apenas três empresas, Eli Lilly, Novo Nordisk e Sanofi, fabricam e comercializam o remédio.

“A quantidade de insulina disponível é muito baixa e o preço é muito alto, por isso precisamos realmente fazer alguma coisa” afirmou Emer Cooke, chefe de regulamentação de medicamentos e tecnologias da saúde da OMS.

O processo de aprovação é chamado de pré-qualificação. Ele facilitará o processo para que entidades como as Nações Unidas e instituições de caridade médicas comprem as versões genéticas aprovadas de insulina. A pré-qualificação também assegurará aos países sem agências reguladoras representativas que os medicamentos aprovados são seguros para compra dos ministérios da saúde.

Este mesmo procedimento foi utilizado pela OMS em 2002, para ampliar o acesso global a medicamentos contra o HIV. Na época, quase 7 mil africanos morriam de AIDS todos os dias por falta de remédios, que chegavam a custar até US$ 15 mil por ano (algo em torno de R$ 62.841 em valores atuais). Hoje os medicamentos custam menos de US$ 75 (R$ 314,20) ao ano e passaram a ser fabricados na Índia, China e outros países com indústrias de genéricos.

Atualmente, segundo dados da OMS, há 422 milhões de diabéticos no mundo. Destes, 80 milhões precisam de injeções de insulina diariamente. O diabetes tipo 1 é uma doença auto-imune que normalmente começa na infância e destrói a capacidade do corpo de produzir insulina. Já o tipo 2 é caracterizado pelo excesso crônico de açúcar no sangue.

Embora a insulina esteja na lista de medicamentos essenciais da OMS há mais de 40 anos, cerca de metade dessas 80 milhões de pessoas não conseguem obter a insulina de que precisam, uma vez que os pacientes ou o sistema de saúde de seu país não podem arcar com o medicamento.

O aumento do diabetes é em parte resultado do crescimento da população e da expectativa de vida, mas é causado principalmente pela epidemia de obesidade e a falta de exercício físico, que contribuem para o diabetes tipo 2, segundo a OMS. Os sintomas da diabetes podem variar dependendo do tipo da doença, no entanto, de forma geral, são: sede intensa, urina em excesso e coceira no corpo. Sobrepeso e histórico familiar são fatores de risco. (Com informações do The New York Times)

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