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Jejum intermitente pode levar à remissão da diabetes, diz estudo

Pesquisa chinesa mostra que a maioria dos pacientes que adotaram o jejum chegou à remissão prolongada da diabetes tipo 2 depois de um ano

atualizado

Getty Images
comida disposta em prato como um relógio

Nos últimos anos, o jejum intermitente tem se tornado uma das principais ferramentas para quem quer perder peso. O regime ainda é cercado de polêmicas, mas uma pesquisa da Universidade Agrícola de Changsha, na China, sugere que passar cerca de 16 horas sem comer pode até causar a remissão da diabetes tipo 2.

O estudo, publicado na revista científica The Journal of Clinical Endocrinology &Metabolism, analisou informações de 72 participantes com a doença entre 38 e 72 anos — todos receberam o diagnóstico da diabetes há pelo menos 11 anos. Os indivíduos foram divididos em dois grupos: um deles adotou o jejum intermitente por três meses, e o outro não mudou a rotina.

Depois dos primeiros três meses, cerca de 90% dos voluntários que começou o regime diminuiram as quantidades de remédios para diabetes. Desses, 47,2% (17 dos 36 indivíduos) tiveram remissão da doença, quando a hemoglobina glicada fica abaixo de 6,5% por pelo menos três meses sem remédio.

Um ano depois, 16 dos 36 participantes do grupo do jejum se mantiveram em um quadro controlado, atingindo a chamada remissão prolongada da diabetes. Entre os que adotaram o regime, houve uma diminuição de 77% nos gastos com medicamentos para diabetes.

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Diabetes pode ser controlada

“A diabetes tipo 2 não é necessariamente uma doença permanente. A remissão é possível se os pacientes perderem peso mudando sua dieta e hábitos de exercícios. Nossa pesquisa mostra que um jejum intermitente pode levar à remissão em pessoas com diabetes tipo 2, e essas descobertas podem ter um grande impacto nos mais de 537 milhões de adultos em todo o mundo que sofrem da doença”, escrevem os cientistas em comunicado.

Os voluntários que fizeram o jejum ainda emagreceram, em média, 5,96 kg durante o período do estudo.

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