metropoles.com

Infecção por Ômicron não garante imunidade duradoura, mostra estudo

Pesquisa feita pelo Imperial College London, na Inglaterra, mostrou que a variante consegue driblar a imunidade oferecida pelas vacinas

atualizado

Compartilhar notícia

Getty Images
Imagem colorida: mão de cientista com luva segura pote com amostra de variante Ômicron - MKetrópoles
1 de 1 Imagem colorida: mão de cientista com luva segura pote com amostra de variante Ômicron - MKetrópoles - Foto: Getty Images

Quando a variante Ômicron do coronavírus começou a se espalhar pelo mundo, cientistas acreditavam que os pacientes poderiam ter sua resposta imunológica aumentada contra novas infecções, assim como ocorreu com as cepas anteriores. No entanto, os casos de pessoas que adoeceram novamente em curto período de tempo se tornaram recorrentes.

Estudo realizado por pesquisadores do Imperial College London, na Inglaterra, publicado na terça-feira (14/6), mostra que a Ômicron tem maior escape contra as vacinas do que as variantes anteriores e deixa poucas marcas na memória no sistema imunológico.

0

O estudo contou com a participação de 731 profissionais de saúde do Reino Unido, todos vacinados com três doses.

Entre os que não tinham histórico de doença anterior, a infecção por Ômicron aumentou a resposta imunológica contra outras variantes – Alfa, Beta, Gamma, Delta e a cepa original do vírus. No entanto, a proteção contra a reinfecção por Ômicron foi baixa.

Não foi observado reforço na imunidade para os infectados durante a primeira onda da pandemia e novamente com a Ômicron.

Evasor imunológico

Os pesquisadores observaram que independentemente do histórico de infecção dos pacientes, algumas semanas após a terceira dose da vacina contra Covid-19 os níveis de células T que atuavam contra proteínas da Ômicron eram baixos e os níveis de anticorpos eram mais baixos contra a variante em comparação com as em circulação anteriormente.

“Descobrimos que a Ômicron está longe de ser um impulsionador natural benigno da imunidade da vacina, como poderíamos ter pensado, mas é um evasor imunológico”, disse o autor do estudo, Danny Altmann, ao portal de notícias do Imperial College.

“Não só pode romper as defesas da vacina, mas parece deixar poucas das marcas que esperávamos no sistema imunológico. É mais furtiva do que as variantes anteriores e se espalha sob o radar. O sistema imunológico é incapaz de se lembrar dela”, continuou Altmann.

Receba notícias do Metrópoles no seu Telegram e fique por dentro de tudo! Basta acessar o canal: https://t.me/metropolesurgente.

Compartilhar notícia