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Pesquisa mostra que Ômicron escapa de forma parcial da vacina da Covid

Estudo em pré-print afirma que, em laboratório, nova variante Ômicron não dribla completamente a eficácia das vacinas contra o coronavírus

atualizado

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Breno Esaki/Agência Saúde DF
frasco de vacina com agulha
1 de 1 frasco de vacina com agulha - Foto: Breno Esaki/Agência Saúde DF

Uma pesquisa publicada em pré-print nesta terça-feira (7/12) mostra que a variante Ômicron tem escape apenas parcial da imunidade induzida pelas duas doses da vacina da Pfizer contra a Covid-19. Os números são preliminares, mas mostram uma redução de 20% a 40% na eficácia do imunizante. O levantamento foi realizado por cientistas do Instituto de Pesquisa em Saúde da África e da Universidade de KwaZuli-Natal, ambos na África do Sul.

Em pacientes que foram infectados com o coronavírus anteriormente, se recuperaram e tomaram as duas doses da vacina, o escape foi ainda menor, sugerindo que um booster do imunizante pode melhorar a proteção.

A pesquisa só leva em consideração os anticorpos, mas ainda há outros mecanismos de proteção que continuam funcionando contra o vírus. No Twitter, a cientista e coordenadora da Rede Análise Covid-19, Mellanie Fontes-Dutra, alerta que, por isso, os dados não podem ser considerados “uma medida de eficácia ou efetividade, e sim, de escape sobre anticorpos neutralizantes”.

“Os nossos resultados mostram que a Ômicron tem um escape extensivo. Porém, ele é incompleto em participantes que já tiveram a infecção. Doença prévia, seguida de vacinação ou booster provavelmente aumenta os níveis de neutralização e deve conferir proteção contra doença grave causada pela Ômicron“, escrevem os pesquisadores no documento.

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