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Sinovac faz testes para criar versão da Coronavac contra a Ômicron

Farmacêutica diz que, caso nova vacina contra Covid tenha resultados positivos, tem capacidade de produzir até 1,5 bilhão de doses por ano

atualizado

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Fábio Vieira/Metrópoles
A Coronavac é uma das vacinas contra a Covid-19 e foi desenvolvida pelo Butantan
1 de 1 A Coronavac é uma das vacinas contra a Covid-19 e foi desenvolvida pelo Butantan - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

São Paulo – O presidente da farmacêutica chinesa Sinovac, Yin Weidong, informou nesta terça-feira (7/12) que está realizando estudos para fazer atualização da Coronavac especificamente contra a variante Ômicron da Covid-19.

O anúncio foi feito durante simpósio realizado pelo Instituto Butantan, que distribui a Coronavac no Brasil. De acordo com a farmacêutica, caso haja resultados positivos de uma nova vacina, a Sinovac será capaz de produzir doses em três meses.

“Já há mais de 2,3 bilhões de pessoas que receberam a Coronavac em todo o mundo, e a Sinovac agora tem a maior cobertura global contra o coronavírus. E a partir da Covid, vimos o surgimento de novas variantes, em especial a Ômicron. A Sinovac prova-se eficaz também contra esta variante, e estamos desenvolvendo uma nova vacina baseada na Ômicron”, afirmou.

Yalling Hu, representante da Sinovac, explicou que a primeira fase do estudo vai analisar a capacidade de a Coronavac neutralizar amostras do vírus vivo da variante Ômicron em pessoas com diferentes datas de vacinação, idades e intervalo entre as doses. O resultado dessa etapa deve sair em duas semanas.

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Estudo do pseudovírus

Concomitantemente, será feito um estudo com um pseudovírus da variante Ômicron do SARS-CoV-2, que são versões do vírus construídas em laboratório e que podem ser manejadas em laboratórios com nível de segurança mais baixo. Essa fase também deve levar duas semanas.

A segunda fase é o estudo clínico, que vai analisar em pessoas a eficácia da Coronavac contra a cepa Ômicron. Caso haja resultados positivos, a Sinovac garante que consegue produzir novas doses em três meses, com capacidade de produção de 1 a 1,5 bilhão de doses por ano.

Outras fabricantes também já se mobilizam para avaliar o impacto da nova cepa na eficácia das vacinas. A Pfizer informou que já começou a fazer estudos sobre o tema, e espera que os resultados estejam disponíveis ainda no mês de dezembro. Somente após isso, a Pfizer irá avaliar se será preciso desenvolver nova versão do imunizante.

Segundo a farmacêutica, caso seja necessário uma nova vacina, o desenvolvimento será feito em seis semanas, e a produção em 100 dias a partir da fórmula pronta.

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