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Incontinência urinária: 4 em cada 10 mulheres têm, mas tema é tabu

Pesquisa mostra que 30% das mulheres não sabem que a incontinência urinária faz parte da menopausa; muitas têm vergonha de falar sobre tema

atualizado

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Imagem de mulher com vestido vermelho com as mãos na frente da bexiga - Metrópoles
1 de 1 Imagem de mulher com vestido vermelho com as mãos na frente da bexiga - Metrópoles - Foto: Getty Images

Quatro em cada dez brasileiras vivem com algum grau de incontinência urinária, segundo mostra a pesquisa qualitativa Menopausa e Incontinência Urinária, divulgada nesta terça-feira (14/3). A falta de informação e o tabu em falar sobre o tema são fatores que ainda limitam a procura por ajuda.

A pesquisa realizada pelo Data8, empresa especializada em dados sobre o público 50+, com a consultoria da No Pausa e apoio da marca Tena, mostra como a condição afeta a qualidade de vida das mulheres, com impactos na autoestima, insegurança para sair de casa, medo do odor, prejuízos na vida sexual e na saúde geral.

Estima-se que 12 milhões de pessoas sofram com incontinência urinária no Brasil. No mundo, são aproximadamente 420 milhões. As mais afetadas são as mulheres, que têm como fatores de risco a anatomia, idade, obesidade, número de partos realizados, diabetes e a menopausa. Mas três em cada dez pacientes não sabem que a incontinência faz parte da menopausa.

“A menopausa é diferente para cada mulher. Para algumas, a incontinência urinária impacta muito internamente na autoestima, por exemplo”, afirmou a ginecologista Joele Lerípio, pós-graduada em fisiologia do envelhecimento, durante coletiva de imprensa para apresentação dos resultados.

Qualidade de vida

A pesquisa foi realizada com seis mini grupos compostos por quatro mulheres com idades entre 40 e 60 anos, das cidades de São Paulo, Salvador e Porto Alegre. Os avaliadores consideram que o tamanho dos grupos foi decisivo para que as participantes se sentissem mais confortáveis para expressar suas dúvidas e expor situações vividas.

No primeiro momento, a maioria das participantes afirmou não ter incontinência urinária, mas contou ter episódios de escape de urina ao tossir, espirrar e praticar atividade física, por exemplo. A ginecologista explica que este é um erro comum no entendimento da condição, que pode e deve ser tratada nas fases iniciais para evitar o agravamento.

“A incontinência urinária é qualquer perda de urina que não foi voluntária, desde grande quantidade a uma gotinha enquanto corre, pula, tosse, por exemplo”, explica Joele.

Os tipos mais frequentes são:

  • Esforço: muito comum ao tossir, espirrar, pular, por exemplo;
  • Urgência: acontece mais na pré- menopausa, quando a mulher precisa correr para o banheiro porque não consegue se segurar;
  • Mista: combina a de esforço e de urgência. Recorrente na pós- menopausa;
  • Transbordamento: na pós menopausa acontece geralmente ao acordar, porque a bexiga enche durante a noite e, ao levantar da cama, transborda.

Tratamento

O tratamento pode ser feito com fisioterapia, exercícios de Kegel ou pompoarismo, radiofrequência, terapias com laser, medicações, cuidados paliativos ou cirurgia nos casos mais graves.

“A incontinência urinária é uma doença. Precisa ser tratada como tal”, afirma a ginecologista.

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